quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

"Haiti, Horror Sem Fim"


Também o meu coração está hoje, de um modo muito particularmente sentido e vibrante, completamente preenchido com a tragédia no Haiti e solidário tanto quanto se pode estar com o seu martirizado povo!


Hoje, com efeito, um dos países mais pobres do mundo descobriu, de súbito, novas e tragicamente sangrentas formas de ser inimaginavelmente infeliz...


Com ele, estão todo o meu daqui em diante silencioso respeito e a minha inexprimível dor.

2 comentários:

Ezul disse...

Aliás, uma sucessão de horrores! Fico a aguardar a acção da AMI e a hora de contribuir, na medida do possível.

Carlos Machado Acabado disse...

Mas o que se viu é, de facto, atroz!
Uma coisa é ouvir dizer "que" e outra é presenciar aquele espectáculo horroroso, dantesco, apocalíptico, indescritível!
Tive, em tempos, em Letras, um colega que esteve na guerra e que, quando, de repente, foi apanhado numa emboscada, ele que nunca tinha sequer imaginado uma situação daquelas, ao ver um soldado ser atingido, teve um ataque de pânico incontrolável que o fez saltar de onde estava abrigado e, completamente descontrolado, desatar a gritar: "A condição humana é miserável! A condição humana é miserável!"
Um dia, completamente embriegado, contou-nos isto [que teve, aliás, uma influência determinante na nminha decisão de não fazer, fosse como fosse, aquela maldita guerra].
Eu acho que perante uma situação-limite como a que se viu agora no Haiti, tudo o que se imagina saber sobre a vida e a morte fica, de repente, em causa; fica mesmo inteiramente ultrapassado e a pessoa entra ou cai, imagino eu, num território interior completamente novo e sem fundo de onde nunca mais se volta completamente.
Eu próprio [que estou aqui a milhares de quilómetros e felizmente bem longe daquele horror!] tive uma visão muitio fugaz mas também muito aguda disso ao ver as imagens da televisão.
É, de facto, um horror sem nome.
Uma sucessão de horrores, como diz, mas todos concentrados numa coisa única inimaginavelmente dolorosa e atroz para a qual não há palavras e onde tudo perde por completo [talvez definitivamente!] o sentido.
É uma daquelas coisas que dá vontade de atirar ao "rosto de Deus"... se Ele cá estivesse para responder por elas...