Julgo já ter aqui falado de duas das minhas melhores amigas pelas quais nutro maior e mais justificada estima: a "Tanas" [a matriarca da minha 'família animal'---"my family and other animals", como escrevia o mais novo e menos famoso dos Durrells, o Gerald, não o Lawrence, num título célebre---que já está comigo há mais de uma década...] e a "Noca", o mais terno e sociável dos amigos, mais ou menos recém-entrada na mesma.
[Interrompida esta 'entrada', encontro inesperadamente especiais dificuldades para recomeçar o texto e 'levá-lo' até onde queria.
Volto aqui a falar delas hoje por razões que se prendem não tanto com elas enquanto criaturas únicas e irrepdetíveis com as quais partilho, de resto, a maior parte do meu tempo mas com algumas concepções de natureza, chamemos-lhes: mais abstractas e mais teóricas que alimento sobre a realidade, se assim posso dizer.
Tenho, com efeito, por hábito observar essas duas excelentes companheiras de passeios [...]
[Interrompida esta 'entrada', encontro inesperadamente especiais dificuldades para recomeçar o texto e 'levá-lo' até onde queria.
Decidi, por isso, deixá-lo exactamente como está, transformando-o no justíssimo tributo que quero prestar à Amizade verdadeiramente única que me liga à Tanas e à Nocas, transferindo para uma outra 'entrada' as reflexões que tinha originalmente planeado fazer a partir da minha observação delas.
Este é, pois, a partir de agora, o texto delas.
Ah! Pois... e um bocadinho, também da Shakira que talvez, um dia, venha a conhecer---pessoalmente, poderei dizer assim?...]
6 comentários:
São lindas!
Eu também tenho uma bela companheira já á oito ano, uma bela e robusta rotteweiler, com quem gostaria mais de passear, e não o faço porque quase que lanço o pânico na cidade, quando saio com a pobre bichana, que além de ir com açaime e maneatada e com toda a papelada em ordem, parece assustar todos quanto passam por nós, menos os outros animais de quatro patas que aproveitando o facto de ela não poder reagir, que nos seguem numa devida distancia a ladrar.
E alem dela tenho dois gatos, lindos e companheiros.
E sempre ouvi dizer que quem não gosta de animais, não pode ser boa pessoa.
um abraço para si, para a Tanas e a Nocas
Olá, Ava!
Tem de me dizer como se chama a sua amiga...
Infelizmente há muita gente que tem, com os animais, o mesmo tipo de atitude preconceituosa que tem com as pessoas...
Da Nocas [que é a 'coisa' mais simpática e afectuosa deste mundo...] muita gente se me dirige dizendo: "Esses cães são muito maus, não são?..."
Da Tanas [que só faz barulho mas não faz mal a uma mosca...] volta e meia, dizem-me o mesmo...
"É pastor alemão, não? Esses cães são muito falsos e perigosos!"
E, vai-se a ver, são as duas coisas mais brincalhonas e cordiais que se possa imaginar...
Eu adoro cães e divirto-ne [e comovo-me!] muito a observá-los.
Concordo consigo quando diz que quem não gosta de animais, muitas vezes, também não será seguramente a pessoa mais naturalmente propensa a gostar das outras pessoas...
Eu defendo mesmo que os animais deviam ser integrados na educação das crianças, ensinando-as a respeitar os outros serss vivos, a compreendê-los mesmo, às vezes, não os... compreendendo propriamente mas aceitando-os pelo enorme potencial de afectividade, de tenacidade, altruismo e verdadeira generosidade de que eles são capazes.
Um abraço também para si e para a sua Amiga!
E volte sempre, ham?
O "Quisto" é uma 'casa' às suas ordens!
Lindas cachorritas! Eu sempre gostei de fazer festas aos cães que encontro na rua e nunca me dei mal por isso, apesar dos muitos avisos que ouvi. Se eles não gostam, são os primeiros a afastar-se. Mas não, não me lembro de um cão se ter afastado. Já a minha "margarida", lá terá as suas razões, trazidas do tempo em que andou abandonada e foge das pessoas a sete pés!
Mas eu gosto mesmo (eh, eh, eh),é de gatos, e esses sabem muito e gostam de jogar à defesa. Raros são os que,não me conhecendo, me deixam chegar perto. Os ingratos!!!!
:)
Estas cachorrinhas não são as minhas, ham?
Infelizmente, o meu computador teve a péssima ideia de, antes de me vir parar às mãos, ter casado com um tal "Vista" que, por sua vez, resolveu que o casal havia de obrigatoriamente dar-se mal, a partir daí, com tudo quanto é programa, a começar pelos que estão nos CDs de instalação da impressora---pelo que estou expressamente proibido de aceder ao "scanner" para digitalizar fotografias da verdadeira Tanas e da Nocas-"the-real-thing"...
Estas são o mais parecido com elas que achei na Net.
Eu, por acaso, também sou conhecido por fazer festas a todos os cães que vejo e raros são, como aqueles de que fala Ezul, os que fogem ou se recusam a um ameno "cavaco" comigo.
O meu pai era veterinário [deu, durante anos, consultas na União Zoófila] e a ele conheciam-no por tratar de tudo quanto era cão vadio com amostras que trazia do consultório.
A "doença", por isso, é hereditária...
Mas também tive um gato que adorava, um siamês, o "Simões", que morreu ao cair pela terceira vez [!] de um 6º andar...
Eu adorava aquele gato que dormia comigo na cama e que jogava futebol como ninguém...
Ainda hoje me lembro dele e das maluqueiras que fazíamos juntos...
Mas... parafraseando um cómico português já "falecido", eu "é mais cães", decididamente...
Acho que nunca iria conseguir voltar a ter um gato como o "Simões": afectuoso, brincalhão, terno...
Seguia-me para todo o lado, eu adorava-o, de facto!
Depois disso, tive uma gata, a "Sabina", uma gata cinzenta, linda mas brava como tudo, que entrava em tudo quanto era cozinha das redondezas e roubava [e estragava!] quanta comida achava!...
Depois do "Simões", era a última coisa de que eu precisava!
Passava dias a fio a apresentar desculpas aos vizinhos pelas postas de bacalhau de molho estragadas, pelos bifes meio comidos e por aí fora...
E, pronto decidi-me: vale mais ter, às vezes, de me levantar a meio da noite, vestir um sobretudo por cima do pijama e ir, aos tombos, estremunhado, levar uma coisa peluda com um sentido atroz de oportunidade e que acha que as árvores são as melhores... casas de banho do mundo a visitar umas cem umas atrás das outras, às duas ou três da manhã do que ter de andar a comprar bacalhau para dar às vizinhas ou a marinhar a árvores para "recuperar" uma gata maluca que aprendeu a subi-las mas se esqueceu completamente de aprender, também a descer...
Obrigado por pôr a sua "casa" à minha disposicção. Tenho que confessar que é um dos meus blogues favoritos, pela diversidade de ideias, pela cultura que ainda não encontrei em outros lugares que conheci, que me desculpem os outros lugares, que não têm nada de inferior, mas é uma preferência minha. Quando aqui entro e começo a ler os seus post e ver as suas colagens, tenho acesso a um mundo desconhecido, e sinto-me como uma criança no seu primeiro dia de aulas, ansiosa e aprender. E o amigo, se me permite que o trate assim, parece-me um excelente professor, obrigado!
Quando à minha "menina" chama-se Shakira, vai fazer oito anos em Abril e apesar do seu aspecto robusto é um doce de cadela, meiga, obediente, equilibrada, mais que muita gente.
Um abraço.
Agradeço sensibilizado as suas amabilíssimas palavras.
Uma festinha na Shakira!
Carlos
P.S. Claro que pode [e deve!] tratar-me como diz: fico muito lisongeado!
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