quarta-feira, 12 de outubro de 2011

"Dois Amigos..."




...que nunca mais se reencontrarão deste lado da grande Inimiga [a Morte]

Na actualidade retratado em Carnaxide pela cunhada e Amiga Elisabete Ramos [Bé].

domingo, 9 de outubro de 2011

"Em Memória da minha Tanas"







No dia em que a minha Tanas e eu perdemos definitivamente a desesperada batalha com o cancro que ela vinha travando há algumas semanas e ela deixou de existir, quis recordá-la aqui e homenagear a sua para mim tão inesquecível quanto dificilmente repetível passagem pela Terra fosse como fosse.E que melhor maneira tratando-se do animal belíssimo que foi do que através da Arte e deste "Sleeping Dalmatian Dog". a Painting by Violano painting by artist Art Helping Animals?

quarta-feira, 20 de julho de 2011

"Não É O Ibis Não!"



Desde o enxovalho Danilo, o pior clube do mundo é mesmo aquele que até aqui foi o meu: o Sport Lisboa e Benfica ou a cfarica que por aí vegeta com essa designação usurpada de uma instituição que perdeu por completo o respeito por si própria, deixando-se subalternizar por clubes de província que se dão, como a imprensa ainda há pouco noticiava, ao luxo de infiltrá-lo e devassá-lo como a qualquer "Mija-na-Escada".



O enxovalho-Danilo serve, a meu ver, para provar que a única saída para o clube mesmo para alguém, como eu, que nutre pelo capitalismo e pelas lógicas organizacionais e relacionais que ele inevitavelmente pressupõe e traz consigo, o mais activo e feroz dos ódios e dos desprezos, ´consiste na aquisição do clube por um grupo económico e empresarial competente que lhe devolva a relevância negocial que manifestamente perdeu com gestões [e gestores"!] claramente de bairro".



Enquanto tal não acontecer e faro de vexames e humilhações, formulo o propósito agora com carácter definitivo de renunciar à condição de adepto e pequerníssimo accionista de um clube pelo qual perdi irreversível e definitivamente o respeito

quarta-feira, 29 de junho de 2011

"Peter Falk" [1927-2011]




Que ele seja recordado sobretudo por um papel televisivo diz, afinal, tudo sobre a nossa relação tópica com a Arte, neste caso a do espectáculo.


Falo, como já se terá tornado evidente para quem me lê e já viu a fotografia que ilustra este texto, de Peter Falk, actor "de" Cassavettes, outro grande esquecido, membro com Sinatra, Dean Martin, Peter Lawford, Joey Bishop, Richard Conte, Sammy Davis Jr. e/ou Angie Dickinson do famigerado "rat pack", actor nascido em Nova Iorque a 16 de Setembro de 1927 e recentemente falecido, por causas não-divulgadas, aos 83 anos.


Sem a grande vulgarizadora, impiedosa niveladora e imensa banalizadora que é a televisão, não passaria, ao que tudo indica de um fulano baixinho, um pouco vesgo que "apareceu em alguns filmes". Era, todavia, actor suficiente para que Cassavettes o tivesse escalado para o elenco de alguns dos seus filmesde referência como o clássico "Husbands" onde contracena com Gena Rowlands, esposa de Cassavettes, Ben Gazzara, Mia Farrow e o próprio Cassavettes.


Que tenha ficado mundialmente famoso por um papel menor numa série policial demasiado óbvia e caricatural diz, repito, tudo sobre o que somos enquanto sujeitos [ou talvez mais exactamente enquanto objectos...] de Cultura e frequentadores das diversas formas de Arte [e de pseudo-Arte] existentes .

"Que Vergonha Não Sermos Todos Gregos!..."








Há muito que venho defendendo a ideia de uma necessária especificidade estrutural dos partidos da Esquerda.
Não que eu faça como certos "comentadores" encartados que por aí para nosso mal [e dos nossos neurónios] pululam a categoriação das forças partidárias entre os partidos "de poder" e "os outros".
De poder são-no o P.C.P. e o Bloco que são poder democraticamente eleito num grande número de municípios e juntas de freguesia.
Não é portanto disso que se trata mas de defender que o grande problema da Esquerda em Portugal é o de ela ter aoparentemente aceite ser uma bas bandas do casaco de um sistema económico-político intolerável que, sob a pressão e a "Inspiração" [ou com o pretexto] da "europeização" dos diversos países da verdadeira Europa.
Ou seja: o de terem eles aceite encaixar-se assumidamente no sistema em lugar de, como até aqui preconizavam, seguindo correctamente os ditames do marxismo, trabalharem para transformá-lo.
E se o Bloco tem a alibi ou a desculpa de ter reconhecida e assumidamente apagado por completo o passado revolucionário, pondo a zero o respectivo conta-quilómetros ideológico, pelo qual se norteavam, a U.D.P. maoísta e o P.S.R. trotskista, tendo sido gerado precisa ou imprecisamente a partir desse dificilmente explicável quasi-edipiano gesto fundador, já o P.C.P. persistindo em auto qualificar-se de marxista e até leninista tem, a meu ver, muito a explicar nestas matérias envolvendo a respectiva integração formal no sistema.
Pessoalmente, sempre defendi que o papel dos partridos de Esquerda [nos quais não incluo por razões política e intelectual ou até moralmente óbvias, o repulsivo P.S. de Soares a Sócrates, in/digno herdeiro dessa miserável social-democraxcia que, nos anos '20 do século passado, na Alemanha, levou, com as trágicas consequências que se conhecem, Hitler "ao colo" até ao poder.]
Hoje, no caso português, é o neo-corporativismo caviar da ultra-direita de Passos, Portas e do tenebroso Cagão Fálix que encontra por generosidade de Sócrates e Cª limitada a poperta aberta para o poder, num momento em que tem as costas protegidas pelo espectro da crise que a ndranghette pê-ésse importou ou nacionalizou e que fornece ao canibalismo económico e social da direita o ensejo e a justificação para as malfeitorias que finalmente surgiram à luz do dia...
Ora, neste contexto, o que menos devia interessar à Esquerda [e daí a minha discordância de fundo com os que, como Daniel de Oliveira apontam o dedo à direcção do B.E. por ter falhado no caminho da conquista do poder nacional] seria gerir a ]seja-me permitido o vernáculo] porcaria cozinhada a meias pelo capitalismo global e pela escória técnico-política que com ela lidou no plano nacional, nestes últimos decénios.
Ora, neste contexto, o que menos devia interessar à Esquerda [e daí a minha discordância de fundo com os que, como Daniel de Oliveira apontam o dedo à direcção do B.E. por ter falhado no caminho da conquista do poder nacional] seria gerir a ]seja-me permitido o vernáculo] porcaria cozinhada a meias pelo capitalismo global e pela escória técnico-política que com ela lidou no plano nacional, nestes últimos decénios.
São conhecidas as consequências da cumplicidade em tempos estabelecida e institucionalizada entre Comunistas e pê-ésses franceses, no âmbito de um malfadado "Programa comum" de governo chefiado pelo inefável Mitrã do "outro": a criação ulterior de condições para a extinção a prazo do próprio P.C.F., um partido que no "maquis" tinha ganho direito a um respeito político que se julgaria insusceptível de poder desaparecer. Sobretudo, do modo inglório como o foi.
Ora, tal como a vejo a missão histórica da Esquerda não é hoje-por-hoje, na Europa, a de ganhar berlindes, cromos ou caricas à direita, como pretendem os adeptos da ideia de imolar a liderança do Bloco por não tê-lo conseguido levando a própria Esquerda ou parte relevante dela a encaixar-se [oui enquistar-se?] ulteriormente no próprio sistema.
A missão da Esquerda é hoje a de patrocinar a emergência de uma consciência política inexistente em Portugal, ao contrário do que acontece, por exemplo, na Grécia.




Em caso algum, o Partido Comunista deveria, a meu ver, ter abandonado a ideia [e o projecto!] de uma escola política que foi sua durante decénios e de que resultou, afinal, em larga medida, o seu triunfo em diversos pontos do globo; um projecto que assentava nas conhecidas 'células' [de empresa mas agora, também de cidadãos], células essas onde se dava da realidade uma visão teórica que não só não era a do poder como era, na realidade, a oposta a essa.




Não creio, com efeito, que a selvajaria económica, social e política instalada necessite para equuiolibrá-la de uma selvajaria "de esquerda": acredito convictamente que ela precisa, sim, de uma verdadeira e generalizada oposição por parte daqueles sobre os quais ela incide.

Não creio, por isso, que entrar no sistema, como manifestamente sucedeu com os partidos nacionais dessa área seja a via correcta para a actuação certa da Esquerda nos nossos dias!




Como acontece na Grécia, por exemplo.






Choca-me a ideia de um "Esquerda instrumental", operando continuamente para viabilizar, tornando-a tendencialmente habitável em termos económicos, sociais e políticos, uma direita intratável e canibalística, insusceptível de com ela se conviver institucionalmente sem se ser por ela devorado.






Como tudo leva a crer vá muito brevemente suceder em Portugal, hoje.






Eu acredito que com a espantosa quantidade de gente brilhante que possui na reaspectiva liderança, o Bloco de Esquerda mesmo sem possuir da realidade uma visão orgânica, está especialmente vocacionado para essa tarefa de consciencialização popular que é hoje, em meu entender a verdadeira vocação da Esquerda de um sistema sem esquerda e sem possibilidade de possuir uma que não seja necessariamente sua cúmplice e seu instrumento possibilitante.






Penso que o ideal seria que se criassem entre nós condições de conscialidade política que permitissem à sociedade portuguesa replicar em Lisboa, no Porto ou nas restantes cidades e vilas do território nacional uma Atenas que foi, como é sabido e como ainda há pouco lembrava um dos piores inimigos da Democracia, precisamente a pátria desta.

domingo, 5 de junho de 2011

"É o Que Vocês Merecem!"





Ao eleitorado do meu País que votou Passos Coelho depois de votatr Sócrates [e para se ber livre dele] como já tinhas votado antes Cavaco só quero dizer uma coisa:

terça-feira, 24 de maio de 2011





O que o "Jogo" noticia hoje relativamente ao Benfica, deixa-me profundamente inquieto: vem aí outra "artur-jorgice/manuel-damasice" das antigas. Prepara-se, ao que tudo indica, uma nova época de calamidade competitiva.

Eu percebo que um Spoting faça uma revolução no plantel---que não vale, de fscto, um caracol. Mas o Benfica??!! Com um plantel escolhido ou aprovado pelo treinador??!!

Se, no Clube, houvesse alguém que percebesse realmente de futebol e tivesse mesmo a remota noção de como posicionar-se institucional e desportivamente na competição, além de nunca-por-nunca-ser ter permitido o reforço da concorrência à custa do seu próprio trrabalho de scouting como sucedeu Falcao e Álvaro Pereira, essa pessoa estaria, neste momento, a questionar]-se] sobre o que falhou realmente na época pasada: se o plantel que o técnico, aliás, escolheu ou homologou e com o qual chegou a declarar não ter dúvidas de ir ser bicampeão [?], se o próprio técnico que não soube contionuar a rendibilizar aquele, em termos desportivos.

Jesus sabe [tem a exacta noção] do Clube em que se encontra?
Imaginará que é o lugar ideal para expweriências como esta de despedir o plantel completo?

E ele manda no Benfica?

Goza de imunidade avençada?

Quem, com efeito, mete o Clube na «aventura Roberto» [inquestionavelmente, um dos piores jogadores que alguma vez passaram pelo Clube em vários anos e um guarda-redes de andebol que se enganou no caminho para o pavilhão!!...] ceerceando as possibilidades orçamentais do Benfica, pode ficar tranquilamente à frente do futebol do mesmo, ditando leuis e fazendo toda a esopécie de disparates?...

Quem contrata Fernandez [futebolisticamente uma incógnita], Weldon [um jogador potencialmente útil para jogar ao lado de um ponta-de-lança habilidoso mas pouco forte no choque] e Jardel ]um futebolista vulgaríssimo] para dispensá-los pouco tempo depois, pode ser confiável para se manter à frente de um Clube como o Sport Lisboa e Benfica?
Dispensar [ou dispersar?] um plantel de internacionais que até já foi campeão é uma "solução" de loucos que um Clube com uma gestão competente, sobretudo, depois do "desastre Artur Jorge" nunca permitiria que se cometesse!
A menos que houvese dinheiro para comprar ao nível do Madrid ou do Chelsea e aí, então valeria a pene trocar...
Mas dispensar Aimar, o futuro nº 10 do Benfica, depois de Coluna e Rui Costa...] Cardozo [o melhor marcador do Clube] ou Carlos Martins [um todo-o-terreno de qualidade comprovada] com o indescritível Roberto não configuará uma competitivamente suicida ilustração do velho cliché do deitar fora o bébé com a água do banho?

Que vá o Roberto, mesmo sem retorno financeiro --eis um óptimo acto de gestão, no plano imediatamente desportivo e até mediaticamente financeiro: esse fulano, com as suas asneiras, fez sozinho o Clube perder mais dinheiro do que todo o plantel que o Benfica agora quererá dispensar, junto!

Eu fui dos que apoiatram a entrada de Jorge Jesus no Benfica: terei legitimidade para, admitindo ter-me enganado redondamente quanto à sua efectiva capacidade, assumir agora publicamente a posição de querer, para bem do Clube, o sweu afastamento, ao menos dos centros de poder do "meu" pobre Benfica!

É porque assim não acontece que eu penso que o futuro do Clube tem de passar por uma compra por parte de investidorezs privados capazes de perceberem, "à inglesa", como se gere uma empresa produtora de espectáculos desportivos!

O tempo do amadorismo já lá vai, no campo e também fora dele.

Num clube a sério, nunca aconteceria o escandaloso «leilão de campeões» que se anuncia...

De boa vontade cederia o meu simbólico lote de acções da Sad se fosse para que uma administração profissional [leia-se: competente] tomasse conta dos destinos do que é demonstravelmente ainda o maior clube português.



O que o jornal "O Jogo" noticia hoje relativamente ao Benfica, deixa-me profundamente inquieto: vem aí outra "artur-jorgice/manuel-damasice" das antigas. Prepara-se, ao que tudo indica, uma nova época de calamidade competitiva.

Eu percebo que um Spoting faça uma revolução no plantel---que não vale, de fscto, um caracol. Mas o Benfica??!! Com um plantel escolhido ou aprovado pelo treinador??!!

Se, no Clube, houvesse alguém que percebesse realmente de futebol e tivesse mesmo a remota noção de como posicionar-se institucional e desportivamente na competição, além de nunca-por-nunca-ser ter permitido o reforço da concorrência à custa do seu próprio trrabalho de scouting como sucedeu Falcao e Álvaro Pereira, essa pessoa estaria, neste momento, a questionar]-se] sobre o que falhou realmente na época pasada: se o plantel que o técnico escolheu, se este que o não soube rendibilizar em termos desportivos.

Jesus manda no Benfica?

Goza de imunidade avençada?

Quem, com efeito, mete o Clube na «aventura Roberto» [inquestionavelmente, um dos piores jogadores que alguma vez passaram pelo Clube em vários anos e um guarda-redes de andebol que se enganou no caminho para o pavilhão!!...] ceerceando as possibilidades orçamentais do Benfica, pode ficar tranquilamente à frente do futebol do mesmo, ditando leuis e fazendo toda a esopécie de disparates?...

Quem contrata Fernandez [futebolisticamente uma incógnita], Weldon [um jogador potencialmente útil para jogar ao lado de um ponta-de-lança habilidoso mas pouco forte no choque] e Jardel ]um futebolista vulgaríssimo] para dispensá-los pouco tempo depois, pode ser confiável para se manter à frente de um Clube como o Sport Lisboa e Benfica?
Dispensar [ou dispersar?] um plantel de internacionais que até já foi campeão é uma "solução" de loucos que um Clube com uma gestão competente, sobretudo, depois do "desastre Artur Jorge" nunca permitiria que se cometesse!
A menos que houvese dinheiro para comprar ao nível do Madrid ou do Chelsea e aí, então valeria a pene trocar...
Mas dispensar Aimar, o futuro nº 10 do Benfica, depois de Coluna e Rui Costa...] Cardozo [o melhor marcador do Clube] ou Carlos Martins [um todo-o-terreno de qualidade comprovada] com o indescritível Roberto não configuará uma competitivamente suicida ilustração do velho cliché do deitar fora o bébé com a água do banho?

Que vá o Roberto, mesmo sem retorno financeiro --eis um óptimo acto de gestão, no plano imediatamente desportivo e até mediaticamente finasnceiro: esse fulano, com as suas asneiras, fez sozinho o Clube perder mais dinheiro do que todo o plantel que o Benfica agora quererá dispensar, junto!

Eu fui dos que apoiatram a entrada de Jorge Jesus no Benfica: terei legitimidade para, admitindo ter-me enganado redondamente quanto à sua efectiva capacidade, assumir agora publicamente a posição de querer, para bem do Clube, o sweu afastamento, ao menos dos centros de poder do "meu" pobre Benfica!

É porque assim não acontece que eu penso que o futuro do Clube tem de passar por uma compra por parte de investidorezs privados capazes de perceberem, "à inglesa", como se gere uma empresa produtora de espectáculos desportivos!

O tempo do amadorismo já lá vai, no campo e também fora dele.

Num clube a sério, nunca aconteceria o escandaloso «leilão de campeões» que se anuncia...

De boa vontade cederia o meu simbólico lote de acções da SAd se fosse para que uma administração profissional [leia-se: competente] tomasse conta dos destinos do maior clube português.

segunda-feira, 23 de maio de 2011



Tive a sorte de, em criança, quando as mães mandavam os merninos como eu [quando podiam! Quando era possível] mandá-los jogar à bola para a rua, tendo especial cuidado com o polícia porque carros mesmo a dois passos da Almirante Reis e da Baixa eram tipo rua do-lá-vem-um; nessa fase da vida em que se jogava à biola na rua, que era das pessoas e não dos carros, com as pessoas a enfeitar, como hoje tive a sorte, dizia, de ter uma família onde a leilitura era uma prátiica e um prazer diários. Tive especialmente a fortuna de ter um tio, irmão da minha mãe, formado em Germânicas que foi o meu modelo, desde o curso e da profissão [professor de Inglês, algo que, por causa disso, sempre quis ser e nunca tive dúvidas de que viria a sê-lo!] à propriedade de uma biblioteca [que, desde a juventude tenho vindo a constituir eu próprio] onde se encafuava para ler, obviamente, e ouvir ópera.
Era um tio que me emprestava livros--aqueles que eu próprio não tinha dinheiro para adquirir: Eça, Camilo, o descafeinado "Júluio Dinis, , Junqueiro [quanto eu gostava do Junqueiro e dios seus truculentos arroubos iconoclastas que tanto me marcaram pela vida fora!] Soares de Passos cujo "Noivado do Sepulcro, a minha avó cantava, com uma melodia suturna a condizer com o conteúdo do próprio poema! Mas entre os livros emprestados figuravam tambném uns deliciosoamente arcaicos "Almanaques Betrand" pelos quais, devo dizer, se formou, por sua vez, o meu gosto em matéria de humor. Havia lá cavalheiros de casaca, senhoras de vestido até aos pés et al gente estranha que contava ou simplesmente protagonizava "estórias" fabulosamente divertidas, algumas das quais pela sua natureza 'picante' me escapavam mas que, ainda assim, me deslumbravam. E falo em sentido literal, ham?! Havia uma, então, que nunca mais esqueci e que me acode mesmo regularmente ao espírito desde que fomos todos, como país, amaldiçoados com uma praga chamada "socialismo democrático" ou "de rostio humano", como dizia "o outro" [o que nos meteu nesta imensa e dispensável alhada de uma "europa" onde nunca passámos da 2ª divisão ou "liga dos últimos"]. Era o caso de um pobrezinho, criança ainda, pernitas escanzeladas enfiadas em calções rasgados como saído de um desenho do Stuart ou de um romance do Dickens [que também li, na altura] que dizia a um familiar: "Pai! Carne assada é tão bom!!" E o outro, tipo famélico de operário da Revolução Industrial inglesa [muitas destas anedotas eram extraídas do velho "Punch", se bem me lembro...] intrigado: "Por quê, filho? Já comeste?" "Não!" respondia com triunfal , típica , infantil candura o inocente, "mas já vi comer!" Recordo-me sempre da imagem de patética miséria doas bonecoas do "Bertrand" e da frase que podia ser irónica e sarcástica mas que, na circunstância, era apenas inocente, quando me falam de "europas", "efe-éme-is" e das lorpas "socratices" que se sucederam, nessa matéria às não menos lorpas "soarices" de outros tempo. "A Europa é tão bom!" "Por quê? Vocês, portugueses, fazem parte dela?" Não! Mas já vimos fazer!"
Pergunto eu: Querem melhor retrato da saloíce nacional na sua versão-largo do Rato, para nosso mal, ainda em vigor?




[Imagem extraída com a devida vénia de history-dot-powys-dot-org-dot-uk]



Reblogadio do Facebook

quarta-feira, 18 de maio de 2011

"Uma pomba..."



...que até podia ser a famosa pomba da paz que roubei à Antónia Ruivo no Facebook..

domingo, 15 de maio de 2011

"Boas Novas benfiquistas"

Tenham cuidado os outros clubes!



...O Roberto, o grande pecado do Vieira e o verdadeiro vencedor da última Liga, que ganhou para oferecer a quem sem essa ajuda talvez não merecesse, parece que vai, finalmente, "com caixas"...



Ou como, de forma muito pitoresca, diz o meu "sobrilho" Ricardo Mira, "Vai com os porcos"...




[Imagem ilustrativa acabada de extrair da Net de bibo-porto-dot carago-dot-blogspot-dot-com]

"Open Again"



sexta-feira, 6 de maio de 2011

quinta-feira, 5 de maio de 2011





El periodico digital EL WEBGUERRILLERO es un medio para la comunicación y el debate de la izquierda anticapitalista, ecologista y solcialista global del siglo XXI, plural y diversa. Nuestro medio tambien se define como revolucionaria, internacionalista y feminista.



Se opone al sexismo, al racismo y a la homofobia.



Pero EL WEBGUERRILLERO no se identifica en particular con ninguna de las diversas corrientes ideológicas que conforman la amplia esfera del movimiento anticapitalista, ecologista o socialista.



Nuestro equipo está compuesto por personas que, como tales, tenemos cada uno/a de nosotros/as nuestra visión del anticapitalismo, ecologismo o sociallismo.



Nuestro periódico digital es único y tratamos a todos los sectores ideológicos del anticapitalismo, ecologismo y socialismo ( los anarquistas, los trotskistas, los estalinistas, los maoistas, etc. ) con el mismo respeto !!!Somos un medio de información alternativa donde los grupos sociales, los partidos políticos, y las personas identificadas con la izquierda anticapitalista, ecologista y solcialista sean de donde sean, defienda la orientación ideológica que defiendan, seran bienvenido de publicar sus artículos y volcar sus opiniones y debates en plena libertad, sin censuras, para que, entre todos, avancemos hacia aquello que nos une, y dejemos atrás aquello que nos divide.Ese es el fundamento ideológico del periodico digital EL WEBGUERRILLERO y nuestra política editorial.Quien no esta de acuerdo con este modo de funcionar, esta en todo su derecho de no leer, no publicar o no volver a tener el menor contacto o relación con nuestro periodico digital. EL WEBGUERRILLERO no obliga a nadie a leer o participar en sus páginas. Que, en definitiva,


EL WEBGUERRILLERO no se vende, tampoco a ningún dogma ideológico.


Seguiremos adelante con nuestra lucha por la libertad de expresión, pase lo que pase.!!!








QUE VIVA LA LIBERTAD DE EXPRESIÓN !!! Equipo del periódico digital EL WEBGUERRILLERO

terça-feira, 3 de maio de 2011

"Epitáfio para um Guerreiro Árabe Assassinado"

[...] tumba

Sê amável com a nobreza
Que aqui te vai confiada.
Que as taciturnas núvens
Te cerquem entre raios e trovões,
Chorando por seu irmão,
Que agasalhaste da chuva,
Sob esta laje tão larga,
Com lágrimas matinais e vespertinas.
Até as gotas do orvalho te choram
Derramando-se dos astros
Que te não deram sorte.
Para sempre a bênção de Alá
Sobre a tua sepultura

************* Incontáveis vezes

Para sempre!






[Al-Mu-Tamide, poeta arábigo-andaluz do século XI nascido em Beja , trad. port. Adalberto Alves ]






"Death to America" chants in Iran

"Há Crimes..."





... que têm a singular propriedade de gerar o efeito contrário ao pretendido pelos seus perpretradores.




A selvajaria ianque envolvendo o assassínio do seu ex-aliado Ussama Bin Laden, fez com que o meu unteresse pala cultura árabe, desperta nos tempos da Faculdade com a leitura dos poetas arábigo-andaluzes, ressurgisse reforçada por contraposição à barbárie dos cowboys ianques que levaram a cabo o crime.




*******************************************************************







A Segunda Morte de Gerónimo e Sitting Bull"! Incompl.





Verdadeiramente espantoso o modo como os Estados Unidos não aprendem com a História! Depois do genocídio dos povos índios sobre o qual assenta a sua identidade individual e colectiva, permitiram-se trazer para a actualidade, devidamente revestido de novas roupagens, esse criminoso acto fundador, confundindo, com a cumplicidade do mundo civilizado a que definitivamente essa pobre desculpa para um país não pertence, Justiça com vingança pura e simples e assassínio com política.


segunda-feira, 2 de maio de 2011




Do "Record": Roberto já custou 9 pontos"!
Até quando, Rui Costa?


Até quando vai este equívoco continuar?


Quem manda no Benfica, afinal?


Quem contrata?


O treinador?


Pois, exijam-se-lhe responsabilidades!


O Roberto é um guarda-redes de andebol com bons reflexos mas sem técnica nem "escola": não sabe sair e, pelos vistos, ninguém lhe ensina!...


Mas não é para isso que lá estão os treinadores?!..


Então, co-rersponsabilizem-se estes pelas "barracadas" do guarda-redes e pelos pontos que ele já fez perder! Ele que "valia pontos"...


E ainda se fosse só esse!...


Mas o Kardec é uma patética imitação uma lamentável caricatura de avançado, um autêntico cepo com pernas; o Weldon está à bica para ser "despachado", o Fernandez só de vez em quando "sai da caixa" onde o guardaram, ninguém sabe exactamente para quê...


Que diacho pensav esta tropa fandanga que vai fazer à Liga Europa?



Para já, o adversário é o Braga mas a "barracada" que se prevê não repercute só internamente!


Há no Clube uns fulaninhos patuscos que andam a hipotecar impunemente o prestígio do Benfica!...




Até quando, volto a perguntar?!...




O ciclo Jesus parece esgotado.

SOLDIER BLUE BUFFY SAINTE MARIE TO ALL TRIBES LOST



Requiem for civilization! To all tribes lost

Bury My Heart At Wounded Knee - Music Video



Blood-smeared "politics"...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

"A Crise Portuguesa" [reblogado do Facebook]




O sociólogo e filosofo francês, Jaques Amaury, professor na Universidade de Estrasburgo, publicou recentemente um estudo sobre "A crise Portuguesa". Aqui fica um cheirinho e.... que cheiro...

"Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrar crescentes tensões e consequentes convulsões sociais.

Importa em primeiro lugar averiguar as causas. Devem - se sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela CE para o esforço de adesão e adaptação às exigências da união.

Foi o país onde mais a CE investiu "per capita" e o que menos proveito retirou. Não se actualizou, não melhorou as classes laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou a esmo actividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo.

Os dinheiros foram encaminhados para auto estradas, estádios de futebol, constituição de centenas de instituições publico - privadas, fundações e institutos, de duvidosa utilidade, auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício, pagamento a agricultores para deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações, apoios estrategicamente endereçados a elementos ou a próximos deles, nos principais partidos, elevados vencimentos nas classes superiores da administração publica, o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na Banca, na especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção especialmente persecutória junto dos pequenos comerciantes e população mais pobre.

A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram, já que os partidos cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam, transformando - se num enorme peso bruto e parasitário. Assim, a monstruosa Função Publica, ao lado da classe dos professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas dispendiosas e caducas, tornaram - se não uma solução, mas um factor de peso nos problemas do país.

Não existe partido de centro já que as diferenças são apenas de retórica, entre o PS (Partido Socialista) que está no Governo e o PSD (Partido Social Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado. Mais à direita, o CDS (Partido Popular), com uma actividade assinalável, mas com telhados de vidro e linguagem publica, diametralmente oposta ao que os seus princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade. À esquerda, o BE (Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma linguagem difícil de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido comunista) vilipendiado pela comunicação social, que o coloca sempre como um perigo latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e portanto longe das realidades actuais.

Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré - fabricada não encontra novos instrumentos.

Contudo, na génese deste beco sem aparente saída, está a impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono, nesse fulcral e determinante aspecto. Mal preparada nos bancos das escolas, no secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema deste pequeno país; as TVs as Rádios e os Jornais, são na sua totalidade, pertença de privados ligados à alta finança, à industria e comercio, à banca e com infiltrações accionistas de vários países.

Ora, é bem de ver que com este caldo, não se pode cozinhar uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o "chefe" recomenda. Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente distância entre ricos e pobres.

A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e Tv oficiais, está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento dos sociais democratas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e calar quem levanta o mínimo problema ou dúvida. A selecção dos gestores, dos directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já descritos e ainda pelos contratos a prazo determinantes para o posto de trabalho enquanto, o afastamento dos jornalistas seniores, a quem é mais difícil formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes, foi notória.

Não há um único meio ao alcance das pessoas mais esclarecidas e por isso, "non gratas" pelo establishment, onde possam dar luz a novas ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da apregoada democracia.

Só uma comunicação não vendida e alienante, pode ajudar a população, a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras, enfim, a ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios."




[Imagem extraída com a devida vénia de duasigrejassatao-dot-blogspot-dot-com]

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Vitorino Magalhães Godinho [1918-2010]



Era uma referência da historiografia nacional, como lhe chamou o "Expresso". Foi, também, um nome maldito durante o antigo regime para quem a História era, sobretudo, um instrumento conveniente e dócil de glorificação e confirmação da natureza supostamente "providencial" do 'regime', natureza essa bem patente no restauro dos painéis de S. Vicente, onde Salazar "aparece" pessoalmente anunciado, como se sabe.

Vitorino de Magalhães Godinho como Sérgio devolveram à História o carácter distanciadamente científico e fenomenologicamente objectivo que a singularíssima historiografia do 'regime' desconheceu por completo.


Um texto de V. Magalhães Godinho transcrito de harmonia do mundo-dot-blogspot-dot-com



A República contra o analfabetismo

«A República nunca foi verdadeiramente aceite por um grupo de privilegiados que se sentia confortável com uma monarquia que era um regime liberal de fachada, mas que ocultava uma coligação de interesses. Isto num país em que a esmagadora maioria da população era analfabeta e sofria uma influência extrema do pároco local. Não estamos a falar da Igreja Católica de hoje, mas da que vivia uma fase de reacção ultramontana.
(...)
A República criou o Instituto Superior Técnico, Escolas Superiores de Comércio e Indústria, Faculdades de Letras (na Universidade de Coimbra substituiu a Faculdade de Teologia por uma de Letras, o que criou, como seria de esperar, muita reacção nos sectores mais conservadores) e desenvolveu um sistema organizado de Ensino Superior.
(...)
No ideário de 1910, Pátria aparece sempre associada a República. Esta é uma forma de Estado, mas é também uma forma de sociedade construída sobre a cidadania e em que o povo tem acesso à civilização moderna, caracterizada pelo espírito científico e pela livre criação artística»

Fonte: Jornal de Letras, Artes e Ideias JL, nº 1044, 6/10/2010.


[Reblogado de Harmonia do Mundo]



terça-feira, 26 de abril de 2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011

"Leopard Man" de Jacques Tourneur






No fim de semana sem Net ["courtesy of" Zon TV CAbo, quwe me vendeu um contrato de Net móvel num sítio onde não chega!...] ocupei-me a re/ver clássicos de cinema em DVD: De suma asentada: "Yellow Sky" de W. Wellman, uma espécie de "Johnnie Guitar" em potência, "Leopard Man" de Tourneur, "Birth of a Nation" de Grifith e, por fim" O Arrependido/"Out of the Past" de Tourneur.



Foi premeditadamente um fim de semana Tourneur.



Claro que "Birth of A Nation" é um clásssico absoluto, um monumento, repugnante como é e tudo---mas confesso que de todos, o meu preferido é o Tourneur com Robert Mitchum e Kirk Douglas, "Out Of The Past", um filme espantoso onde Tourneur capta muito bem uma certas atmosfera "negra", muito Raymond Chandler ou James Cain e lhe confere uma expressão plástico muito pessoal jogando magistralmente com a analogia noite/angústia, algo que desenvolve com irrecusávem maestria no cinematograficamente menos considerável "The Leopard Man", um filme onde Tourneur se revela algo convencional em termos de conteúdo latente: a luta do Bem contra o Mal mas inovador exaxctamente no modo como usa ss ferramentas do cinema, concretamente a iluminação, as sombras a fim de conferir expressão visual e especificamente plástica aos conceitos sobre os quaisios trabalha.


Não sendo um filme extraordinário, "Leopard Man" é um objecto cinematográfico interessante que faz lembrar Henry James e "The Turn Of the Screw" no sentido em que para sugerir o medo recorre sistematicamente ao vazio, neste caso, à sombra sobre a qual cada um é livre de projectar os seus próprios fantasmas e terrores pessoais, 'entrando' desse modo ssubtil, um pouco mais no próprio filme.


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Incompl.

"I Am Legend", adaptação cinematográfica de uma novela de Richard Matheson, uma alegoria da solidão e da hostilidade urbanas modernas.






Estou correntemente a escrever um texto onde me debruço sobre o que entendo poder ser um novo 'genre' cinematográfico a que chamei "caopic" ou seja, uma mistura de "epic" e de "caos". Trata-se a meu ver, de um tipo de narrativa à clef que utiliza formas aparentemente "inocentes" de quialquer sentido profundo ou conteúdo latente", como diria Freud, para além daquele que é sde forma óbvia o respectivo conteúdo patente.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Benfica...



...e a preparação da nova época!



[Imagem ilustrativa "generosamente cedida" por por abrantes-dot-blogs-dot-sapo-dot-pt]

quarta-feira, 20 de abril de 2011

25 de Abril

A liberdade é uma coisa cada vez mais virtual

[Do Facebook"


Freedom House ha pubblicato il rapporto Freedom on the Net 2011, che illustra lo stato della libertà di espressione in rete a livello globale. Le conclusioni non sono molto diverse da quelle ottenute da Reporters Without Borders nelle ultime due edizioni: «un crescente numero di governi si sta indirizzando verso la regolamentazione o la restrizione della libera circolazione dell’informazione in rete»



Negli stati autoritari, che «stanno bloccando e filtrando in maniera crescente siti associati all’opposizione politica», «obbligando i proprietari di siti a rimuovere contenuti politicamente e socialmente controversi» e «arrestando blogger e utenti che postino informazioni contrarie al punto di vista del governo». Ma anche in paesi più democratici, dove «molestie legali, procedure censorie opache e una maggiore sorveglianza» mettono sempre più a rischio la libera espressione.




Insomma, la tendenza è l’aumento del blocco di contenuti politici (in 15 paesi sui 37 esaminati), e in modo tutt’altro che trasparente; l’intensificazione di cyberattacchi contro i dissidenti;l’aumento dell’intervento statale per rallentare o bloccare l’accesso alla rete, specie nei momenti di sollevazione e rivolta politica.



Questa la mappa dei paesi coinvolti e il loro grado di libertà secondo l’indice di Freedom House:



sexta-feira, 15 de abril de 2011

Nella Morte di Vittorio Arrigoni


Pasquale Di Carlo 15/4 às 20:02 Vittorio Arrigoni L’ASSOCIAZIONE CULTURALE CASA ROSSA CONDIVIDE IL DOLORE DI CHI CON LA MORTE DI VITTORIO ARRIGONI SA DI AVER PERSO UN EROICO COMPAGNO CHE HA DEDICATO E SACRIFICATO LA PROPRIA VITA PER UN POPOLO MARTORIATO, IL POPOLO PALESTINESE. CIAO VITTORIO GRANDE CUORE, GRANDE UOMO.Palestinesi in lutto. Cerimonie ovunque nei Territori, un popolo dice addio a Vittorio I palestinesi di Gaza e della Cisgiordania si uniscono oggi per commemorare Vittorio Arrigoni, l'attivista italiano rapito e ucciso da un gruppo di sedicenti salafiti a Gaza City. Alle 16, come riferiscono dall'International Solidarity Movement, sono previsti due cortei: il primo partirà dalla piazza Al Manara di Ramallah (Cisgiordania) e l'altro dal parco del milite ignoto (Al Jundi al Majhull) a Gaza City. I partecipanti saranno accolti dagli attivisti dell'Ism, la stessa organizzazione in cui militava Arrigoni.Altri eventi sono in programma in tutti i Territori palestinesi, e un corteo spontaneo ha avuto luogo dopo le preghiere del venerdì nelle strade adiacenti al quartier generale dell'Onu di Gaza città. I villaggi di Bil'in e Al Masara hanno dedicato le loro celebrazioni settimanali a Vittorio ( fonte l'Ism ). Comunicato congiunto dei cooperanti italiani in PalestinaSembra di vivere in un incubo. Come spesso succede in Palestina, quando sembra che il peggio sia già accaduto - ci riferiamo all'inspiegabile uccisione di Jiuliano Mer Khamis a Jenin - il limite dell'orrore si sposta ulteriormente in avanti. Esprimiamo tutta la nostra sincera vicinanza alla sua famiglia, ai compagni dell'International Solidarity Movement e a tutti coloro che hanno avuto modo di conoscere Vittorio, soprattutto nel corso degli ultimi anni, in cui nella Striscia di Gaza è stato un costante riferimento per tutti noi.Nel dicembre 2008, unico italiano, decise di rimanere al fianco della popolazione di Gaza durante l'operazione Piombo Fuso, il massacro perpetrato dall'esercito israeliano che ha provocato circa 1.400 morti in meno di un mese. A questo si è aggiunto un lavoro quotidiano di responsabilità e grande umanità, accanto alla popolazione di Gaza, sottoposta alla punizione collettiva e ad un assedio illegale e brutale da parte del governo di Israele. Vittorio si è anche distinto per un eccezionale lavoro di documentazione delle quotidiane violazioni dei diritti umani della popolazione palestinese, oltre alle attività d'interposizione fisica e di accompagnamento dei pescatori e dei contadini di Gaza, impossibilitati a pescare e a lavorare le proprie terre.Oggi in diverse città della Cisgiordania e nella Striscia di Gaza sono in corso manifestazioni pubbliche per ricordare Vittorio e per chiedere che la legalità venga riportata nella Striscia di Gaza, per una giusta pace e per la liberazione della popolazione dal brutale assedio a cui è sottoposta ormai da quattro anni.Siamo accanto ai palestinesi di Gaza e li ringraziamo della commossa solidarietà che ci hanno dimostrano in queste ore, loro prime vittime e spettatori sgomenti dell'accaduto e primi orfani di questa voce che negli ultimi anni è stata la loro voce e la loro piu' diretta testimonianza.Invitiamo l'opinione pubblica a non operare la solita banale equazione, fuorviante e controproducente tra palestinesi, terroristi, islàm e fondamentalismi. Che questo sforzo di comprensione e di analisi dell'accaduto sia anche un segnale di dovuto rispetto alla memoria di Vittorio stesso, che con il suo lavoro di solidarietà incondizionata ha dimostrato come il sentimento di umanità non ammetta discriminazioni legate alle fedi religiose o alle appartenenze culturali e politiche.Facciamo appello alle autorità responsabili nella Striscia di Gaza perché facciano luce sull'accaduto. Ci aspettiamo che la comunità internazionale eserciti pressioni affinchè questa ennesima tragedia non serva a giustificare un ulteriore accanimento sulla popolazione civile di Gaza da parte delle autorità israeliane. Chiediamo anzi che oggi piu' che mai la popolazione di Gaza non venga abbandonata al suo isolamento, vittima inerme delle aggressioni militari, ma anche delle faide interne tra fazioni che assolutamente non la rappresentano. Le Ong italiane continueranno a garantire il loro impegno nella Striscia di Gaza, come fanno ormai da tanti anni, per sostenere le necessità della popolazione, per rafforzare le componenti della società civile impegnata quotidianamente nella difesa della dignità e dei diritti umani, per promuovere i principi della pace e della solidarietà internazionale, come ha fatto Vittorio negli ultimi anni della sua vita. RESTIAMO UMANI.L’ASSOCIAZIONE CULTURALE CASA ROSSA CONDIVIDE IL DOLORE DI CHI CON LA MORTE DI VITTORIO ARRIGONI SA DI AVER PERSO UN EROICO COMPAGNO CHE HA DEDICATO E SACRIFICATO LA PROPRIA VITA PER UN POPOLO MARTORIATO, IL POPOLO PALESTINESE. Da Associazione Culturale CASA ROSSA.


Ripublicato dal Facebook


[Imagem ilustrativa extyraída com a devida vénia de city-data-dot-com

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Se quisermos perceber algo da génese do cristianismo como teoria geral para a realidade [não tanto da realidade, como, sobretudo, diria eu, para ela] torna-se, a meu ver, necessário recorrer a Freud, o Freud de "Totem e Tabu" e ao que a psicanálise diz sobre a mecânica da formação do próprio pensar religioso primitivo, como tal. Para Freud, com efeito, o refetido Freud de "Totem e Tabu", o acto fundador do pensar religioso primitivo consiste na execução do Pai autoritário, ulteriormente devorado pelos respectivos filhos que, desse modo, simbólico, assimilam o próprio poder do assassinado. O cristianismo reinventa, sofisticando-o, este acto fundador, criando todo um temário de natureza cosmogónica e histórica que passa pela morte e ressurreição de Deus/Jesus, assassinado por inimigos e não já pelos seus. Gere, assim a culpa que, segundo Freud sobrevive à execução edípica, convertendo o acto neurotiforme de concelebrar com os outros executantes do crime o próprio acto libertador, num ritual de celebração da vítima idealmente apaziguada por ese mesmo acto redentor que é o sacrifício da missa e, no limite, numa genuina ética para toda a comunidade--uma ética baseada na ideia do clássico "amai-vos uns aos outros" .

Mais: vai ao ponto de des-fazer simbolicamente o próprio crime recorrendo a uma "complexificação significada" da percepção dos ritmos naturais, de acordo com a qual a natureza "morre" no inverno para ciclicamente renascer na primavera, que se acha, a meu ver, na origem do motivo da Ressurreição: o Pai devolvido ulteriormente à vida, no imaginário ritual dos que começaram por executá-lo e devorá-lo.


Tudo isto [a morte do Pai e o banquete totémico que se lhe segue] está, com efeito, ainda hoje muito claro no ritual da missa.


A verdade é que este esforço de abtractização ou terciarização operado pelo criatianismo no motivário religioso ritual se faz, a meu ver, acompanhar de uma caracteística que ainda hoje se mantém e que corresponde a uma certa perda de contacto do ctristianismo com a realidade. D


e facto, perda relativamente aos fundamentoas funmcionais pragmáticos da religião primitiva que faz com que

domingo, 10 de abril de 2011

"Não Aos câes de Guerra!"



“No pediremos perdón por el ataque.


No nos compete a nosotros mejorar la comunicación con los rebeldes.” -Russell Harding, vicecomandante de la OTAN-


Parece que lo de Libia se complica, por la falta de colaboración tanto de los rebeldes como de Gadafi. Los primeros, porque no son la infantería que la OTAN esperaba para seguir sobre tierra el camino que abriesen desde el aire. Ponen mucha voluntad y celebran con entusiasmo las victorias, pero son incapaces de aguantar una plaza conquistada más de una tarde. Y encima, no desaparece el recelo sobre quiénes son los llamados rebeldes.


En cuanto a Gadafi, tampoco está ayudando mucho al éxito de la misión.


Se queja la OTAN de que el libio coloca sus tanques en zonas pobladas, en vez de alinearlos en el desierto para que los aviones puedan practicar el tiro al blanco a placer.


No sabemos si los rebeldes están arrepentidos de haber llamado a la OTAN, pero sí declaran ya su decepción.


Ni les dan las armas esperadas, ni les despejan el terreno lo suficiente, y encima están negociando con el dictador bajo la mesa. Además, la operación no ha puesto fin a los ataques de los leales a Gadafi.


Y para rematar, el fuego amigo, pues distinguir desde el aire a los buenos de los malos siempre es complicado, y pasa lo que pasa.En lo único que se han dado prisa los atacantes extranjeros es en organizar la salida de petróleo de la zona oriental. Oficialmente es para garantizar ingresos a los rebeldes, pero nadie explica cómo se va a comercializar.


Ahora se entiende que se dieran tanta prisa en reconocer a los rebeldes como representantes legítimos de Libia, para evitar la irregularidad que supondría disponer de los recursos de un país soberano.No sabemos cómo saldrá la OTAN de este callejón sin salida.


Tampoco sabemos si Gadafi caerá, le facilitarán una salida digna o le permitirán seguir en el poder, aunque sea con medio país. Por ahora, lo único cierto es que los rebeldes no van a ganar, no como esperaban. Si Gadafi sigue, ellos pierden. Pero si el dictador es expulsado, o si el país se divide y se quedan con la zona oriental, no será por méritos propios sino por la ayuda extranjera, y estarán en deuda con sus salvadores.


Y tengan por seguro que se cobrarán la deuda.Por: Isaac Rosa [no Facebook]


[Imagem ilustrativa "gentilmente cedida" por charroquedaprofundura-dot-blogspot-dot-com]

sexta-feira, 8 de abril de 2011


Uma circunstância que, devo dizer, me interessa especialmente na Bíblia é o modo como ela evidencia a circunstância cosmovisional da péssima relação entre Cristianismo e realidade.

À maneira das formas de religiosidade que a antecederam, incluindo as mais primitivas, a Bíblia é, sobretudo, um tratado sobre como ignorar causal e organizadamente o real.

Não há no discurso bíblico uma teoria da realidade: há uma teoria [ou uma teorização para essa mesma realidade.

A questão da morte, por exemplo. É típico do modo de pensar do homem primitivo [que demonstravelmente o projecta nas representações religiosas que lhe são próprias] tentar intervir sobre o real, apoderando-se dele para negá-lo enquanto objecto, situado para além do desejo tornado, mais ou menos arbitrária e aleatoriamente um logos.

Quando vemos o modo como os egípcios, por exemplo, mas não só. "alimentavam" e "armavam" os seus mortos, percebemos como, para eles, a morte não existia, de facto.

Ora, o que, a meu ver, faz o cristianosmo é admitir implicitamente o mesma inexdistência da morte só que, mais uma vez, como sucedia relativamente ao motif do tabu, sofisticando e complexificando o à sua maneira o motif original.

A Bíblia dá-se, como disse, muito mal com a realidade.

Não nega já a morte daquelas formas cruaas de algumas religiosidades que a antecederam: continuando a dar de comer aos [não] mortos, por exemplo.

Recorre à ideia de milagre para fazê-lo.

Na verdade é um pensamento reconhecivelmente neurótico o que se plasma na miraculogia crística. É a tentativa de subverter, fazendo-o reverter, o curso natural da realidade, isto é recolocando a realidade, à revelia da dimensão tempo, no ponto exacto onde ocorreu uma "crise". Como as crianças que recorrem, muitas vezes, ao expediente do sonho para evitarem aceitar o que ass inquieta e/ou assusta, a Bíblia confere dinmensão cognicional e moral ao próprio delírio.


Como em certas formas tópicas de neurose, verifica-se um virar a cara ao objecto-realidade, e um refazê-lasimbólica ou simbologicamente a posteriori num código autónomo comandado pelo desejo, um código alienado do real, no exacto sentido em que deixa este objectualmente intocado, agindo segundo uma i/lógica caracteristicaamente mágica, sobre imagens suas.

O milagre, tal como o vejo, configura, em última mas real instâsncia, um sintoma da 'neurose organizada' que é o "Conhecimento" mágico-religioso.

Por todo o lado, como sucede no episódio de Marta e Maria achamos sinais desta aversão ao real, que irá fundamentar o dualismo maniqueizante corpo vs. alma que demonstravelmente marcará toda a "civilização moral" do Ocidente.

Na sessão da Casa Fernando Pesssoa, a propósito de Françoise Dolto, falou-se, de forma abundante, no cristianismo como integrador do Eu logo como "cura" em termos especificanmente psicanalíticos. Eu vejo-o muito mais como sintoma e como neurose geradora de sintomas que ele tente reconstituir e a esses sim, reintegrar num discurso que é acima de tudo, como digo, "neurose organizada". Claro que celebrando o triunfo da esperiritualidade o pensar crístico visa reintegrar ou "curar" fornecendo um sentido moral ao seu drama o Eu dividido entre pulsões e opções que o dilaceram. Mas essa suposta "cura" é sempre conseguida com o "empochement" o "pôr entre parênteses" de uma parte substantiva do real, no que ele tem de mais sensível, imediato, próximo e concreto. Na realidade o que se passa é que Deus criou um ser naturalmente inconciliável consigo próprio que está condenado a auto-mutilar-se para se tornar possível


É esta a leitura que faço de algum motivário crístico básico, depois plasmado numa teoria vastíssima de representações culturais laicas que copiam ponto por ponto o discurso e a cosmovisão crísticos. De facto neste, a morte não existe: é um mero argumento ou expediente imaterial, meramente teórico , de Deus, algo insubstantivo e insubstancial de que Deus se serve para testar a própria Criação. Como sucedeu com Cristo na cruz. Não conheço melhotr forma de evidenciar o contencioso entere pensar crístico e a realidade do que a ressurreição, ou seja, a negação total do tempo como lei do real e por conseguinte deste enquanto objecto com "leis" e um funcionamento próprios.

Quando Deus através de de Cristo cura os enfermos e ressuscita os mortos, desiobedece às leis naturais, descaulalizando todo oedifício funcional e funcionante do próprio real enquanto tal:é ainda uma vez, o tal pensar mágico-neurótico impondo o seu peso à realidade, alienando-a de si mesma ao transformar-se um símbolo e/ou ideia de si.

Hegel de em seguida Marx, debruçaram-se classicamente sobre este quadro dialectizante entre objecto e ideia sendo que, à sua maneira, Berkeley e os idealistas se deram conta também do conflito possível de ser gerado entre ambas.


Ilustração "Religion in a Rapidly Changing world/Body and soul", colagem sobre papel de Carlos António Machado Acabado]


Ainda a sessão na Casa Fernando Pessoa sobre a bíblia vista pelos olhares cruzados de teólogos e psicanalistas. Indescritivelmente incómodo! Sala cheia.

Sessão passada numas escadas íngremes de costas para a mesa. Iniciativa estimulante e proveitosa para o trabalho que estou a elaborar, o textro do meu "Portugal Diatópico". Discordâncias várias, porém impossibilidade de manifestá-las pelo incómodo da situação...


Como debater o qwue quer que seja, ir com um interlocutor que se advinha mas se não vê? Discordância: relativa ao motivo de Adão e Eva.


Negado pelo teólogo interveniente a propósito a sua natureza "normativa" e especificamente "moral".


Discordo frontalmente! E a discordância não é só minha. Alguém, na sala, referiu o fundo edipiano do motivo. Em meu entender, Adão e Eva são a tentativa de explicar a dor, de situá-la num percurso em busca do sentido para ela.


Isso é óbvio! Também o defende o teólogo interveniente.


Agora, o que eu acho também é que a Bíblia não é algo historicamente isolasdo e, chamemos-lhe assim: espontâneo. Tal como o vejo o discurso bíblico, surge como a intelectualização de um pensar religioso ou mágico primitivo que ele intelectualiza e sofistica.


O motivo do tabu, por exemplo. O que o texto bíblico faz com Adão e Eva é sofisticar o motivo primitivo do tabu que a tragédia grega, ela própria retoma no motif da hybris.


Em que sentido e com que forma se opera a sofisticação em causa? Num sentido e de uma forma que aponta, diria eu se fosse crente. para a dignificação da ideia de indivíduo, de pessoa--o que representa um passo em frente no sentido da humanização do pensamento religioso. Quando lemos o "Rei Édipo", ficamos com uma ideia muito clara do modo como se [des] articulam entre si, a ideia de acto e de acção, nas teogonias primitivas, digamos assim.


Ou seja, como ao indivíduo é recusado o direito à própria culpa. Édipo, com efeito, não é senhor da sua. O casamento com Jocasta como o parricídio são cometidos na relativa mas real Inocência dos verdadeiros contornos do crime. Claro que há crime! Assassínio e usurpação.


Mas é impossível não ver como Édipo não possui uma imagem total da realidade que lhe possibilitasse uma provável opção moral alternativa, i.e. indo no sentido oposto ao que tomaram os seus actos, praticados na ignorância da verdadeira identidade de ambos os seus comparsas no mito, designadamente da da sua vítima, Laio. Algo de impessoalmente semelhante ocorre no tabu que pode ser violado, desencadeando as mais terríveis consequências, sem que a identidade do violador seja efectivamente relevante.

Ou seja, há nestas formas pré-bíblicas de causalidade objectual com asdmissíveis ou extrapoláveis reflexos no plano "moral", ou, pelo menos ,da responsabilidade humana uma des-pessoalização e uma demonstrável e tópica des-dignificação do papel da acção humana na transformação e, por conseguinte, na construção de realidade.

O que o discurso bíblico, em meu entender, traz é precisamente a dignificação do papel do indivíduo nessa mesma transformação/construção.

Não se trata de dualismo, como foi dito. De ver o homem como um rival de Deus. Trata-se de vê-lo como verdadeira e integral pessoa.

Deus não fez o mundo para si. Fê-lo para o homem. Não faria sentido que continuasse a deliberar por este porque nesse caso, este nunca verdadeiramente existiria. Permaneceria fatalmente como um reflexo ou um eco fragmentar do próprio Deus!

por isso, diria para concluir, creio firme e creio que fundamentadamente na natureza moral do motivo adâmico.


[Na imagem: "Paradise Lost", colasgem sobre papel de Carlos António Machado Acabado]

terça-feira, 5 de abril de 2011

Martin Luther King "I have a dream"

El asesinato de Martin Luther King (4-4-1968) fue un acto de terrorismo de Estado, ejecutado por los servicios secretos de los Estados Unidos, encabezados por J Edgar Hober. King fue una víctima más de la brutal purga de opositores que el régimen capitalista yanqui práctico durante los años 60 (Malcom X, líderes de los Panteras Negras, etc.)Martin Luther King destacó, además de por su lucha contra la disgregación racial, por su ferrea oposición a la guerra de Vietnan y su apoyo a las luchas de los trabajadores (negros y blancos), por sus derechos laborales.La enorme influencia que estaba ejerciendo el Dr. King entre las masas trabajadoras, era algo que la oligarquía gobernante en Estados Unidos no podía permitir. Como dijo un íntimo amigo suyo "King estaba organizando la campaña de la gente pobre y eso era algo que no podían permitir". [Do Facebook enviado por Luisana Medina]
El asesinato de Martin Luther King (4-4-1968) fue un acto de terrorismo de Estado, ejecutado por los servicios secretos de los Estados Unidos, encabezados por J Edgar Hober.

King fue una víctima más de la brutal purga de opositores que el régimen capitalista yanqui práctico durante los años 60 (Malcom X, líderes de los Panteras Negras, etc.)Martin Luther King destacó, además de por su lucha contra la disgregación racial, por su ferrea oposición a la guerra de Vietnan y su apoyo a las luchas de los trabajadores (negros y blancos), por sus derechos laborales.La enorme influencia que estaba ejerciendo el Dr. King entre las masas trabajadoras, era algo que la oligarquía gobernante en Estados Unidos no podía permitir.

Como dijo un íntimo amigo suyo "King estaba organizando la campaña de la gente pobre y eso era algo que no podían permitir".


[Do «FAcebook» enviado por Luisana Medina

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Beckett's "Voidotopy: "En Attendant Godot""




"Hamlet" or "À La Recherche d'Un Langage Commun"


"La Cerisaie" de Tchekov or "the slumber of XiXth century Russian bourgeoisie" ,


Colagens sobre papel impresso de Carlos Machado Acabado
hekov

Domenico Schietti no FAcebook

Domenico Schietti Ciao a tutti, come va?Dopo il bastone, la carota, tendiamo nuovamente la mano al governo mondiale cercando il dialogo, rilanciamo le nostre proposte:Approfondimenti sulle mie 7 proposte al governo mondiale, fate largo, devo parlare!http://www.facebook.com/note.php?note_id=210688788942229Abbiamo il governo mondiale in pugno, abbiamo le prove del complotto globale:Scala reale, le 5 prove del complotto globale: acqua, antiparassitari, cellulosa, fibre tessili ed energia gratis!http://www.facebook.com/note.php?note_id=206868469324261Abbiamo le prove che a Fukushima si tratti di un attentato:Bastava aprire la porta per fare uscire l'idrogeno: Fukushima, attentato NWO, stategia del terrore!http://www.facebook.com/note.php?note_id=208548882489553Siamo pronti a colpire, come vi abbiamo dimostrato inducendo il suicidio ai nuclearisti, spezzando la vita ai leader del governo mondiale, ma siamo anche pronti al dialogo.Grazie dell'attenzione!Domenico Schiettihttp://domenico-schietti.blogspot.com/


[Republicado do Facebook]

domingo, 3 de abril de 2011

"Portugal Diatópico": algumas breves notas sobre a "Tanatopia ou pensar tanatópico nacional"


Do trabalho que tenciono elaborar tendo em vista um possível mestrado suberidinada ao tema da "Tanatopia Nacional", hipoteticamente designado por "Portugal Diatópico", consta um capítulo dedicado à ditadura de Salazar, na qual vejo claramente uma modalidade de fascismo. Não simplesmente de ditaduira política mas especificamente de fascismo. Convém, com efeito, como faz Fernando Piteira dos Santos [*] distinguir entre ambas as circunstâncias ou vategorias do viver comum. A ditadura é claramente um conceito político. Falar de ditadura situa-nos inequivocamente na Política. Mas falar de fascismo naquele sentido históricamente circunscrito que remete para os anos 20 e 30 do século passado é, na realidade, falar de economia.


Ou seja, para se estudar o fenómeno dos fascismos é necesário como faz Álvaro Cunhal quando questiona [e desautoriza!] o método de abordagem histórica dos historiadores burgueses, como Gama Barros e o próprio Al. Herculano, que acusa de possuirem uma visão socialmente redutora da História e das suas dinamias estruturais de natureza económica, social e política [**] a propósito da ascensão da burguesia comercial portuguesa na Idade Média; para estudar o fascismo, dizia, é absolutamente imprescindível em meu entender também, possuir um ângulo de abordagem dialéctico [i.e. não-fenoménico ou casuisticamente "fenomenalizador" da realidade, algo que não escapa, por exemplo, a Palmiro Togliatti ou ao grande Gramsci [***] os quais não se deixaram iludir pela aparência política do fenómeno fascista, fazendo-o, antes remontar do ponto de vista da respectiva génese e essência, a um estádio de desenvolvimento preciso e perfeitamente identificável do capitalismo industrial moderno. Estamos, neste ponto concretamente, perante a "distopia" envolvendo o conceito de [para remeter a uma paráfrase de Luddendorf [****] "capitalismo total" ou "totaler Kapitalismus" uma distopia alimentada pelo grande capital infustrial, ou seja, a projecção [ou a 'contaminação'] da Política por um determinado modo de entender e realizar historicamente a economia--especificamente o paradigma económico piramidal e violentamente expansionista nascido na [e da!] usina industrial saída da revolução industrial inglesa.

Começa aí, aliás, o que chamo o paradigma economocrático contemporâneo, assente na ideia de que existe um paradigma de relações de produção que se fixou firmemente à História [tão firmemente que passou, a dado momento teórico, pelo menos, a identificar-se com ela] paradfigma esse que todas as formas situadas na super-estrutura cultu[r]al do modelo [da Artee à própria Política] são chamadas a forçosa e forçadamente "demonstrar". Trata-se, pois, de usar a Política como um "argumento da Economia" e é por isso, impossível debater o fascismo sem lhe penetrar na estrutura até chegar ao respectivo núcleo que é, volto a insistir, económico e não político. Consiste, de resto nisto mesmo a economocracia: na utilização abusiva e disfuncional [completamente alienada] da Política, convertida, pois, num mero revestimento politiforme in-fixo e in-substantivo das formas de poder económico [económico -financeiro].
Os fascismos surgem a meu historicamente como a tentativa de encontrar na Política os instrumentos capazes de manterem a História económica e social dos povos compltamente imóvel, conferindo a posteriori a essa "ideal" imobolidade, o carácter vinculativo de lei.
O fascismo representa, pois, para as classes desprovidas de poder económico, social e político uma doença--uma infecção---da economia, não exactamente da Política que se deixou, neste contexto, aprisionar e até apropriar pela primeira. É o que perceberam os já referidos Gramsci e Togliatti [*****] e que, pelo contrário, desperceberam muitos dos que intervieram ainda não há muito numa polémica sobre a questão de saber se o salazariasmo e a ditadura foram ou não um fascismo genuíno, polémica em larga mediuda lançada por uma observação de J. Hermano Saraiva que defendia a suingularíssima tese de que Salazar foi um "antifascista" porque asim se terá, a dado passo declarado.


Escreve Togliatti [citado por F. Piteira Santos ******] que "o fascismo é o sistema de reacção integral mais conseqwuente que jamais erxistiu até hoje nos países em que o capitalismo alcançou um certo grau de desenvolvimento. Esta afirmação (...) é motivada pela supressão sistemática total de qualquer forma de organização autónoma das massas".


Em sociedades industrializadas como a alemã e a italiana dos anos 20 do século passado, onde a organização de massas alcançou formas particularmente eficazes e operantes, o fascismo atinge o objectivo em causa de esterilizar a organização autónoma dessas mesmas massas, através do recurso ao direccionamento tutelado da actividade das massas, especialmente [et pour cause...] proletárias.



É este facto que leva, a meu ver, que alguns não reconheçam primeiro ao sidonismo e, em seguida ao salazarismo, essa natureza tópica ou ortoxamente fascista.



Tudo [ou quase tudo] na relação entre o salazarismo e as massas vai, ao contrário do que ocorre com o regime imposto à Itália pelo truculento Mussolini ou pelo fácil demagogo Hitler, no sentido da discrição e do cinzentismo oratório e sócio-político mas isso, corresponde, a meu ver, a um traço essencial da sociedade portuguesa, adaptando-se o projecto do grande capital, sobretudo agrário, nacional a um paradigma de sociedade onde inexistiu sempre até ao século XIX um movimento operário unitário e actuante, devido Ao modo como se organizou economicamente a sociedade portuguesa: fora das grandes unidades industriais, topicamente substituidas por uma rede dispersa onde predominavam os núcleos atesanais dificilmente indutores de formas de intervenção social e de organização política unida e consistente.


O 28 de Maio, efectivamente, porta de entrada histórica [e especificamente política para o salazarismo] vem, como é sabido, pôr forçadamente termo a um período de agitação política resultante dos conflitos entre várias facções republicanas, i.e. ele vem ocorrer numa sociedade cansada de guerras sociais que muita da população não entende de tal modo, são os extractos mais escalrecidos da burguesia republicana quem os desencadeia, não na forma de revolução popular genuína mas muito mais na de golpe ou intentona militares.


É precisamente isso que explica, a meu ver, que o salazarismo chegue ao poder dispensando-se de fazer o que fizerem Mussolini em Itália e especialmente Hitler, na Alemanha: desviar ou ter de "recuperar" para si, ganhando-o à esquerda revolucionária, um movimento operário pré-existente e asctivo.


Ou seja: aquilo a que os líderes nazi-fascistas aspiram, a saber: o ordem social e política nos exactos termos em que a concebe e deseja o grande capital financeiro, vai o salazarismo encontrar de mão beijadsa na medida em que a portuguesa da época é uma sociedade sedente de acalmia social e predisposta a submeter-se a um líder que a assegure ou, no mínimo, a prometa.


Daí, diria eu, não se pôr ao 'regime' a necessidade de "vir para «a rua»", inexistindo no salazarismo esse tipo de movimentação "callejera" que sem dificuldade reconhecemos na Alemanha hitleriana e pré-hiteriana assim como na Itália de Mussolini.


Se nos colocarmos no tal ponto de vista fenoménico ou fenomenalizador que não é o de Gramsci e Togliatti [ou Dimitrov, que também analisou o fascismo sobre ele produzindo reflexões hoje clássicas] tendemos a deixar, como sucedeu com alguns intervenientes na polémica que atrás refiro, envolvendo a [in] admissível natureza fascista do salazarismo, que aspectos realmente circunstanciais como este da [quase] inexistência de movimentos de massas à [erxtrema] direita, como o que na Alemanha foi liderado pelos S.A. de Röhm, nos iludam.


Mais do que a forma circunstancial, está em causa para uma definição ou identificação consistente do fascismo, aquilo que nele é projecto económico-político determinante e profundo, aquilo que nele é programa teórico de articulação entre a Economia e a Política---entre os "deveres# históricos de cada uma delas, um quadro no qual vigora primariamente um conceito perfeitamente reconhecível que poderá ser identificado pelo lema "politica ancillae economiae". A política é uma projecção institucionalizável [mais tarde: institucionalizada no paradigma corporativo] da economia, do modelo de relação vertical-funcional vigente na fábrica cabendo à política a missão primária de conferir feição operativa obrigatória ao referido modelo.


E isso, o salazarismo consegue fazendo-se alfaia funcionante dos grandes interesses agrários que numa sociedade eminentemente rural como a portuguesa representam as forças do capital plutocrático.


A portuguesa é, pois, uma sociedade estruturalmente disponível para a ordem, que não é, ao demagogo necessário pacificar porquanto ela está mentalmente predisposta, ou seja, a aceitar sacrificar uma autonomia de intervenção siocial e política que lhe é, por razões históricas precisas, estranha, à passividade e à percepção da História como uma mera étapa [quasi-sacrificial, em muitos casos] no caminho de uma perfeição que, muito mais do que política é de natureza metafísica e, portanto, essencioalmente contemplativa.


Até um "socialista" como Antero não parece hesitar em discorrer, aliás com característica eloquência poética, num soneto ["Nirvana"] dedicado ao republicaníssimo Guerra Junqueiro sobre "um vácuo tenebroso aberto para além do Universo luminoso" o qual, uma vez atingido pelo "pensamento absorto" faz com que este veja "com tédio [...] tudo quanto fita".


Até um "socialista" pode, pois, colocar-se nessa posição, em meu entender, cultu[r]almente estabilizada e tópica, de situar o horizonte natural do pensamento humano para além da realidade concreta, num ponto nebuloso só atingível pela supressão ou suspensão da vontade , situado para além da própria existência física dos indivíduos.


Mas Antero é apenas um dos escritores e poetas que conferem dignidade intelectual a um modo de abordar a realidade que visa sempre a respectiva superação ou "empochement" não-dialécticos. De facto, toda uma plêiade de ultra-românticos faz gala em existir fora e já para aklém da realidade, numa espécie de «circuito cosmovisional» não apenas não interrompido e não detido pela Morte como até, ao invés purificado por ela que é usada para testar a consistência desse amor perfeitro porque naturalmente desmaterializado.

Possuem esta natureza, por exemplo, os amores, os "noivados do sepulcro" descritos por Soares de Passos em algumas das suas melhores e mais populares poesias, onde a Morte [Thanathos] aparece sinvariavelmente como a entrada iniciática num além-mundo completamente espiritualizado cujos limites [ou ausência deles] ela, como disse, experimenta e testa, sendo daquela a pedra de toque literalmente essencial.