Como recordo noutro ponto deste "Diário", "le coeur a des raisons que la raison ne [re] connait pas"...
Por que exacta razão a dado momento da minha adolescência cinéfila, nutri, por exemplo, uma paixão assolapada, "devoradora", por uma actriz secundaríssima que profissionalmente, ficaria, sobretudo---pouco ou quase nada...---conhecida como a dupla de Sofia Loren, tendo constado do elenco de meia-dúzia, se tanto, de exemplares globalmente esquecíveis [senão mesmo ignoráveis] do "peplum" tardio: Scilla Gabel, de seu nome?
Confesso, nesta matéria, a minha completa ignorância---e, todavia...
...Todavia, a dada altura, quem me queria ver era em tudo quanto era "lobby" de cinema popular ["Lys", "Royal", "Rex", "Imperial" e por aí fora] a esquadrinhar ansiosamente as fichas artísticas de "pastelões" verdadeiramente inomináveis [recordo em particular um, "Ercole e la Regine di Lidia" com o fatal Reeeves, que vi no Éden e onde julgo que intervinha também a Gabel e um "epustuflante" "Sodoma e Gomorra" dirigido por um Robert Aldrich em plena decadência criativa e profissional] em busca do nome, para mim, mágico da minha "deusa" de... celulóide.
Olhando hoje o rosto da mesma, interrogo-me como foi possível ter-se desenvolvido---e com tal furor!---uma paixão que apenas o rosto angelical da trágica Annamaria Pierangeli e, mais tarde, a aparência imaculadamente britânica [até no cicio] da 'perfeita' Julie Andrews lograram partilhar...
2 comentários:
Eu era mais Humphrey Bogart!
:)
... que eu cheguei a tentar imitar com recurso a uma gabardina azul escura com "orelhas"...
Só não me atrevi a usar chapéu, como ele...
:)
Enviar um comentário