segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Na morte de Lhasa de Sela


A propósito do desaparecimento da cantora Lhasa de Sela, falecida de cancro, permito-me reproduzir aqui on comentário que inseri no blog "O Cantigueiro", de Samuel.


"Any man's [or woman's...] death diminishes me because I am involved in mankind"!

"Não conhecia Lhasa de Sela mas choro-a obviamente como ser humano chorando nela todos quantos a Morte leva, em particular se são jovens e, ainda por cima, talentosos.

Diz-se, com inimaginável crueldade e [quase?] sadismo, que a morte leva os que ama---e que os leva jovens precisamente porque os ama.

Eu prefiro chorar todos, jovens e menos jovens, conhecidos e anónimos, "irmãos todos" na humanidade e na dolorosa fragilidade que nos distingue da matéria bruta e inanimada, com as espantosamente intemporais palavras da sublime "Valediction" de Donne com as quais abri este comentário e que são aquelas que, invariavelmente, de imediato, me ocorreram ao espírito em circunstâncias como a presente.

Descansa, pois, em paz, Lhasa!

A gente vê-se, um dia destes, ham?..."

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