Relendo "Of Human Bondage" de Maugham, voltaram-me, por momentos, ao espírito, consideravelmente mais organizadas, algumas reflexões que havia, mais ou menos, avulsamente, feito sobre um pequeno conjunto de outros autores envolvendo aquilo que imagino poderem ser algumas "constantes fundamentantes subsconscientes" das respectivas obras.
Em todos eles sempre me pareceu, ciom efeito, de um modo ou de outro, admissível a existência de dois aspectos chamemos-lhes: "témicos", comuns a todos eles:
a) uma mais ou menos clara reserva [senão mesmo medo] relativamente à figura tópica da Mulher e
b) uma pulsão auto-punitiva latente mas também demonstravelmente persistente [um estado de possível e, sobretudo, estável crise de auto-estima] habilmente sublimadas e secundariamente recodificadas, uma e outra, sob a forma "simbólica" [formalmente para-neurótica?] de 'trama ficcional'.
Em Kafka, este último aspecto é muito claro.
A sua auto-redução simbológica a "insecto" em "Die Verwandlung"/"A Metamorfose" consitui um exemplo clássico e bem, conhecido.
Mas também "Das Urteil"/"O Processo", o propósito de castigar o 'herói' através da sua colocação numa espécie de "combóio fantasma" formalmente judicial ou judiciário---uma ideia muito comum, aliás, no Cinema de Hitchcock onde esse mesmo projecto se transforma, em meu entender, mesmo numa reconhecível 'constante témica' ou "topo"---me parece perfeitamente identificável por baixo da construção ficcional enquanto "anedota" e/ou até enquanto "apólogo político" que secundariamente também é, geralmente, admitido que possa constituir.
No que se refere à Mulher, há claramente uma linha contínua ligando Hitchcock e Chaplin---uma linha que não deixa, de resto, de passar, de igual modo, por Kafka e, de um modo muito evidente, por Maugham: pelo Maugham de "Of Human Bondage", seguramente.
Falo, especificamente, de Kafka, Chaplin e Alfred Hitchcock.
Em todos eles sempre me pareceu, ciom efeito, de um modo ou de outro, admissível a existência de dois aspectos chamemos-lhes: "témicos", comuns a todos eles:
a) uma mais ou menos clara reserva [senão mesmo medo] relativamente à figura tópica da Mulher e
b) uma pulsão auto-punitiva latente mas também demonstravelmente persistente [um estado de possível e, sobretudo, estável crise de auto-estima] habilmente sublimadas e secundariamente recodificadas, uma e outra, sob a forma "simbólica" [formalmente para-neurótica?] de 'trama ficcional'.
Em Kafka, este último aspecto é muito claro.
A sua auto-redução simbológica a "insecto" em "Die Verwandlung"/"A Metamorfose" consitui um exemplo clássico e bem, conhecido.
Mas também "Das Urteil"/"O Processo", o propósito de castigar o 'herói' através da sua colocação numa espécie de "combóio fantasma" formalmente judicial ou judiciário---uma ideia muito comum, aliás, no Cinema de Hitchcock onde esse mesmo projecto se transforma, em meu entender, mesmo numa reconhecível 'constante témica' ou "topo"---me parece perfeitamente identificável por baixo da construção ficcional enquanto "anedota" e/ou até enquanto "apólogo político" que secundariamente também é, geralmente, admitido que possa constituir.
No que se refere à Mulher, há claramente uma linha contínua ligando Hitchcock e Chaplin---uma linha que não deixa, de resto, de passar, de igual modo, por Kafka e, de um modo muito evidente, por Maugham: pelo Maugham de "Of Human Bondage", seguramente.
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