Volto, hoje, aqui a Gaudì, o prodigioso surrealizador da "Arte Nova" à qual, através da encenação meticulosa e torturada do caos, transmitiu um sopro de inquietante genialidade prodigiosamente visionária e pessoal.
Sobre Gaudì já disse aqui várias coisas: uma, que suponho não disse mas vou dizer agora, é que uma das razões pelas quais me fascina e perturba profundamente a sua Obra (mais do que simplesmente me encanta ou deslumbra) é porque Gaudì teve o mérito invulgar de saber sempre converter a Arte em Problema, isto é, de problematizar até, diria eu: até ao limite, no seu caso, o barroco e a tradição barroca peninsular, transformando-a num projecto não apenas plástica mas, sobretudo, crítica, filosoficamente nobre de questionamento (de auto-questionamento, também, é verdade!) e de incansável pesquisa.
De soberba, visionária e sempre inquieta(nte)mente convulsa pesquisa.
Com Gaudì, a "Arte Nova" enquanto Arte "burguesa" típica e limite com a sua lógica tantas vezes apenas epidermicamente encantatória ou mesmo facilmente fascinatória entra definitivamente na Modernidade cultu(r)al através daquilo que é, sobretudo, uma 'rebelião dialéctica', sempre 'angustiadamente inquieta e esclarecida' contra os limites.
[Na imagem: a inconfundível colunata oscilatória do Parc Güell.]
De soberba, visionária e sempre inquieta(nte)mente convulsa pesquisa.
Com Gaudì, a "Arte Nova" enquanto Arte "burguesa" típica e limite com a sua lógica tantas vezes apenas epidermicamente encantatória ou mesmo facilmente fascinatória entra definitivamente na Modernidade cultu(r)al através daquilo que é, sobretudo, uma 'rebelião dialéctica', sempre 'angustiadamente inquieta e esclarecida' contra os limites.
[Na imagem: a inconfundível colunata oscilatória do Parc Güell.]
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