... Porque me pesa a consciência de ter andado, como disse, a semana inteira 'chatear' o Samuel que é sportinguista (e tem todo o direito a sê-lo, como é evidente---não te preocupes, Samuel, acontece aos melhores e, de qualquer modo, deixa lá, tem cura...) vou hoje publicar aqui (antes de 'fechar a loja' por hoje) uma imagem extraída do "Armazém Leonino" (que frequento com alguma regularidade, aliás e sempre com muita emoção---é uma fantástica viagem à minha 'futebolisticamente embasbacada' meninice...) e que é uma tripla homenagem: ao próprio Samuel e ao seu respeitabilíssimo e apenas cordialmente "atacado" sportinguismo mas, de igual modo, à minha própria infância (cujo imaginário é, em boa parte, preenchido com as fabulosas "separatas" a cores do "Mundo de Aventuras"---"I was a "Cavaleiro Andante" man, myself but..."---uma das quais re/publico hoje com a devida vénia do site atrás citado e finalmente àquele que foi, decididamente (com o Ângelo, o Arsénio, o Palmeiro e o Cavém) o meu ídolo pessoal de que já falei, aliás, aqui, por diversas vezes, no "Quisto": o grande Carlos Gomes, o homem com o qual, se me descuido, (quase...) "traía" o meu Benfica...
[A propósito, recordo aqui uma turma que tive composta por malta invulgarmente irrequieta e com grande propensão para uma certa "insurreição".
Como os tinha à sexta-feira, aos dois últimos tempos, as alas com eles começaram por ser... o diabo.
Então, um dia, lembrei-me de propor que dedicássemos cinco ou dez minutos por... duas aulas a falar de futebol.
Porque eles eram irrequietos mas uma excelentes rapaziada, lembrei-me de brincar com eles e, um dia, levei um cachecol do Benfica por debaixo do sobretudo.
Não tirei este durante um bom bocado e, por fim, quando senti que as "coisas" começavam a "desandar" porque já havia mais de uma hora de aula, abri o sobretudo, como por acaso, e, claro, foi a porta de entrada para a tal "conversa".
...A partir daí tornou-se uma espécie de private joke" nossas, o aparecimento em tempo de aula de qualquer coisa que lembrasse o Benfica: um marcador, uma caneta e até um poster na parede que eu próprio preguei no intervalo...
Até que um deles me desafiou: "Aposto que o Professor não deixava pôr ali um poster do Sporting!..."
Claro que deixei---aproveitando, aliás, para introduzir uma breve troca de impressões sobre a tolerância e o são espírito desportivo---se é que se pode chamar Desporto ao que hoje vulgarmente passa por tal mas essa é outra questão e fica para outro dia...
Seja como for, ficámos todos amigos e, a partir daí, eram eles quem me surpreendia diariamente com uma "coisa" qualquer do Sporting.
Ah! Já me esquecia!
A partir daí, as aulas tornaram-se muito mais rentáveis---que era (obviamente!) aquilo que eu pretendia...]
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