sábado, 20 de março de 2010

"Lisboa, Declaração de Amor"


Lisboa,
com os teus segredos, o teu fundo mistério, a tua sábia altitude
o teu sangue aceso, luminoso, sempre encostado à Luz
se faz música;

com a tua ilimitada água, uma sede perfeita;
Com o teu infinito, uma ordem
que queima e abrasa

sem fatigar

Com as cicatrizes todas do teu espaço definido e límpido
de puro vidro ou fogo, dia!

O dia em que virás sobre o mar.

3 comentários:

Ana disse...

Não me lembro de ter lido poesia tua! Lisboa foi a musa!

" o teu sangue aceso, luminoso,
sempre encostado à Luz "

Uma declaração de amor, que como lisboeta agradeço, pela forma bela como a expressas.
Um beijo, Carlos.

Carlos Machado Acabado disse...

Um beijinho, também, Ana.
Eu gosto, de facto, muito de Lisboa só que...
...só que, de lisboeta em Lisboa, já há tão pouco...
A maior parte do que existiu está na nossa memória.
Que memórias guardas de Lisboa, Ana?
Tens de me contar isso, um dia...

Ezul disse...

Contemplo o poema e cada palavra como se fossem janelas que eu pudesse abrir para ver Lisboa!
:)