Eu vejo nos E.U.A. algo que pode ser entendido como o ponto teórico e também reconhecivelmente prático para onde confluiram e onde se tornaram realidade concreta, instituicional, algumas das principais ideias e até pulsões que a História do Ocidente moderno viu nascer, comportou e acabou por exportar.
Basicamente, eu diria que os E.U.A. são uma Europa capitalista sem a cultura que foi permitindo a essa mesma Europa fazer nascer da desigualdade que o capitalismo tem de forma intrínseca e necessária---de forma nuclear---associada a si uma consciência ética e crítica realmente autónoma, detida e gerida por elites intelectuais [e intelectual/inteleccionalmente independentes] e capaz de reflectir autonomamente sobre o que no plano institucional, oficial e simplesmente oficioso, objectivo ou objectual, ia acontecendo.
De facto, os E.U.A. foram a primeira nação moderna a "integrar", num sentido muito próximo daquele que Umberto Eco atribui às palavras "integrar" e "integrado" as suas elites comprometendo-as na tarefa de gerar formas próprias, formas tópicas, de expressar-se em abstracto na forma de uma "cultura" minimamente estável e em si mesma reconhecível, digamos assim.
Eles são também aquilo que pela sua brutalidade "total" o fascismo não conseguiu ser: o apogeu da dinâmica de apropriação progressiva da História pela burguesia [ou "aristocracia espontânea" e "total"] que, na minha própria visão crítica [e de episteme] da realidade, se integra, por seu turno, no movimento incomparavelmente mais amplo de desintegração estrutural da realidade em geral de que os fenómenos de fragmentação [ou de "fragmentacionalidade tópica"] que a "prise du pouvoir historique" pela burguesia vai naturalmente originar são, diria eu, a expressão microcósmoca inevitável ou mesmo "fatal".
E "fractal" também, já agora...
Basicamente, eu diria que os E.U.A. são uma Europa capitalista sem a cultura que foi permitindo a essa mesma Europa fazer nascer da desigualdade que o capitalismo tem de forma intrínseca e necessária---de forma nuclear---associada a si uma consciência ética e crítica realmente autónoma, detida e gerida por elites intelectuais [e intelectual/inteleccionalmente independentes] e capaz de reflectir autonomamente sobre o que no plano institucional, oficial e simplesmente oficioso, objectivo ou objectual, ia acontecendo.
De facto, os E.U.A. foram a primeira nação moderna a "integrar", num sentido muito próximo daquele que Umberto Eco atribui às palavras "integrar" e "integrado" as suas elites comprometendo-as na tarefa de gerar formas próprias, formas tópicas, de expressar-se em abstracto na forma de uma "cultura" minimamente estável e em si mesma reconhecível, digamos assim.
Eles são também aquilo que pela sua brutalidade "total" o fascismo não conseguiu ser: o apogeu da dinâmica de apropriação progressiva da História pela burguesia [ou "aristocracia espontânea" e "total"] que, na minha própria visão crítica [e de episteme] da realidade, se integra, por seu turno, no movimento incomparavelmente mais amplo de desintegração estrutural da realidade em geral de que os fenómenos de fragmentação [ou de "fragmentacionalidade tópica"] que a "prise du pouvoir historique" pela burguesia vai naturalmente originar são, diria eu, a expressão microcósmoca inevitável ou mesmo "fatal".
E "fractal" também, já agora...
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