sexta-feira, 15 de outubro de 2010

"Pois..."


E já sabem! Se entretanto eu morrer, não me acordem, ham?!...

[Na imagem: "Evolution", gentilmente cedido pore jonko48-dot-com]

3 comentários:

Ezul disse...

Ao que isto chegou! O leite com chocolate (que integra as merendas dos miúdos) e o iogurte líquido (e venham falar-nos da prevenção da osteoporose) vão sofrer aumentos a par da coca-cola. Desta, não sentirei a falta, certamente. Agora dos outros produtos, especialmente do iogurte, que faz parte dos lanches e dos almoços de quem não pode ir a casa e tenta comer algo minimanmente saudável...Ah, esquecia-me que a saúde não interessa nada, a não ser que renda dinheiro.Haja depressões, que elas renderão mais uns cobres à custa do aumento dos antidepressivos. São comoventes, as opções deste governo!...Um destes dias, se olharem bem para as estatísticas, ainda se lembrarão de cobrar imposto ao todos as pessoas que sofrem acidentes de viação neste País, ou por cada metro de floresta queimada...
Bem, mas o que renderia mesmo era um imposto sobre a corrupção...mas por que carga de água não o aplicam?
Pois...

Carlos Machado Acabado disse...

É o que eu digo, Amiga: se eu tiver a sorte de morrer, entretanto, que ninguém faça a maldade de me acordar!
Isto, porque, na morte, nessa simbólica mas, ao mesmo tempo, tão persistentemente real morte cívica e política, feita de irresponsabilidades [cegueiras, como lhes chamou o Saramago] e suicidárias cumplicidades da mais diversa natureza que marca de forma indelével a prática histórica da "portugalidade" mais recente, pelo menos, estou entre os meus...
Não anda, com efeito, este país a dormir há anos ou, se assim se preferir dizer: há anos a fazer tirocínio para a catelepsia que parece tê-lo acometido de vez, no aparente término da "Maldição do S" ["esse" de Salazar, "esse" de Silva, "esse" de Soares e agora "esse" de Sócrates]?...
De cada vez que Portugal se quer mais forte [e mais.. 'providencialmente'] suicidar é, invariavelmente, tentado a arranjar alguém cujo nome comece, de forma, assim, mais ou menos fatal, por "esse": terá começado, modernamente, para aí no Sidónio e continuou quase ininterrupamente por todos os restantes, uns atrás dos outros, numa trágica carreirinha de pantominices, arlequinadas e charlatices que vieram desembocar aqui a um "regime" em que os iogurtes são artigos de luxo e o cálcio do leite infantil uma "esquisitice" ou, quem sabe, uma "mariquice" dificilmente perdoável que é preciso "meter nos eixos" com mão de ferro...
E, no entanto, não é rigoroso dizer que temos alguns dos piores e mais incompetentes, intelectual e moralmente mais embaraçosos, políticos da "Europa".
Ná! Nós temos é um dos povos civicamente mais incompetentes e politicamente mais ineptos de que há memória porque persiste cegamente em escolher essa gente para liderá-lo e em rever-se, de um modo ou de outro, sempre, afinal, nela.
E enquanto não soubermos como mudar de povo tudo indica que assim continuemos alegremente, de triunfo em triunfo até ao "Fim", como já há um século e tal titulava o António Patrício...

Carlos Machado Acabado disse...

Concluindo: é o fado, como dizia "o outro!...