quarta-feira, 20 de outubro de 2010

"O Benfica, Esse Gigantesco, Esse Eterno [E, No Fundo... «Identitário»] Flop..."


Não virá a propósito, até reconheço, mas não resisto a deixar aqui registada esta [no fundo, já completamente conformada] conclusão: este Benfica era mesmo uma frágil e, em larga medida, acidental coincidência de Jesus mais Ramires e Di Maria mais debilidades alheias, entretanto corrigidas: um fortuito 'arranjo dos factos' que não resistiu à inclemente prova final da realidade...

O resto para além da 'fórmula' em causa, o miolo, a suposta [e demasiado apressadamente dada por adquirida] "substância" resumia-se, afinal, a ilusão de óptica, folclore passageiro ---e [se alguma coisa...] pouco mais.

Há, no entanto, em tudo isto; no gigantesco fracasso que é cada vez mais comprovadamente o Benfica de hoje, uma espécie de lado perversamente positivo que não se deve deixar de, ao menos com sarcasmo e por sarcasmo, considerar: até na mediocridade e na insuficiência, o Benfica permanece o clube mais emblemático e representativo de Portugal.

Num país de Barrosos, Sócrates, Soares, Cavacos, Santos Silvas, Lellos e, agora, também, de Ângelos Correias e Passos Coelhos, com efeito; num país sem horizontes, um país acocorado, "eurovegetativo", sem verdadeiras perspectivas, já meio afundado ou mesmo completamente encalhado em si mesmo por efeito de desonestidades e inépcias de todo o tipo; infindavelmente cateléptico, irregressivelmente lobotomizado e, no fundo, sempre irremediavelmente adiado---e falhado!---como país, de facto, que melhor imagem "competitiva" para o Portugal dos últimos trinta/trinta e tal anos---o que hipotecou criminosamente as esperanças que lhe foram generosamente postas todas ao alcance da mão em Abril de '74---do que um Benfica que só parece realmente destacar-se a falhar objectivos, a frustrar expectativas e, de um modo geral, a trair as ilusões que, uma após outra, vai semeando e invariavelmente, logo em seguida, gorando?...

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