quinta-feira, 8 de abril de 2010

"O Jesus escolheu mal a equipa!..."

Que pena estes terem "metido baixa"---e logo todos praticamente ao mesmo tempo!!
Dê-lhe a gente as voltas que der, estes é que deveriam ter jogado!
Oh! Jesus, escalaste mal a equipa, pá, estás a ver?!
Então tinhas ali mesmo "à mão" o Coluna, o Ângelo, o Zé Augusto, o Mário João e o Cruz e deixa-los ir todos para a bancada, pá??!!
Que raio de critério o teu, homem!!
Assim, obrigado! A jogar com as reservas, tínhamos mesmo era de perder!!!...

[Eu estou a brincar mas estou pior do que se me tivessem arrancado dois dentes a sangue frio, ham?...
Dois, não!
QUATRO!
Quatro dentes a sangue frio!
Safa!
Rrrrrrr!]

6 comentários:

Gonçalo disse...

Foi pena amigo Carlos. Penso que se perdeu uma oportunidade única de ganhar esta prova afinal o Liverpool é agora a equipa mais forte das quatro.Não percebi o porquê do David Luis a lateral-esquerdo, isso foi uma invenção do Quique Flores, além da entrada do Sidnei e da saída do Maxi Pereira.
Enfim, se fosse de outro modo talvez também não tivesse dado.
Eu já lhe deixei dois comentários em textos mais atrasados sobre a selecção e o problema dos naturalizados e a entrevista de Luís Filipe Vieira na SIC.

Eu para ser sincero consigo, por vezes perco um bocado a paciência com os blogues. Entendo o blog como um espaço de total liberdade para uma discussão saudável e construtiva cada vez mais necessária actualmente mas quando me farto de encontrar (não é o seu caso nem o meu) formas requintadas de censura em que o autor põe logo certas condições para aprovar os comentários, sinto que esse não é o meu mundo.Para quê um blog se não for para partilhar e aprender com os outros?

Um abraço
Gonçalo

Carlos Machado Acabado disse...

Amigo Eusébio:

Começo mais uma vez por estar de acordo consigo a propósito do David Luís.
Eu sou, como o meu Amigo saberá talvez, desde há muito, um entusiasta do Jorge Jesus [do Jorge Jesus/treinador, que, conmo benfiquista, é o único que me interessa, ham?!].
Acho-o um computadorzinho futebolístico---mas um computadorzinho ACTIVO, i.e., não um daqueles que só têm lá dentro estatísticas e curiosidades.
O Jorge Jesus sabe exactamente o que fazer com o conhecimento que vai recolhendo e é isso que faz dele, a meu ver, juntamente com o Mourinho, um dos dois técnicos verdadeiramente... "estratosféricos" do futebol português.
Como dizia um colega meu de Filosofia, a propósito do Herman "de outros tempos": é de uma "categoria existencial à parte".
O J.J. tem "inventado" equipas e jogadores por onde passou e, no caso que verdadeiramente me interessa---o do Benfica, como eu costumo dizer "o único desporto que pratico com gosto"---"reinventou", mesmo, o Clube que era uma coisa que parecia, ainda não há muito, completamente impossível ou, no mínimo, altamente improvável, no curto prazo.
Mas, de facto, essa eu também não percebi: o David Luiz é um jogador fantástico [faz lembrar um pouco o Humberto Coelho no modo "global" e imperial como se mexe no campo] mas fica, a meu ver, limitado ali.
Só mesmo o J.J. saberá por que razão fez aquilo mas, efectivamente, assim "à vista desarmada"...
Não foi por aí, no entanto, também acho: ao Benfica actual para ser "outra coisa" [e não apenas uma excelente equipa, sobretudo, 'local'] faltam alguns detalhes importantes: falta um grande guarda-redes, um guarda-redes verdadeiramente grande, quero eu dizer, não um daqueles que brilham aqui e ali e dão uma "barraca" imensa, logo a seguir [esses são bons para os Bragas e para os Marítimos que por "aí" existem] e um ponta de lança igualmente "a sério" daqueles que, quando lhes surgem meias oportunidades, as transformam magicamente um... duas.
Desses que 'matam' os jogos e "soltam", assim, a equipa para jogar futebol e... marcar mais.
E falta, claro, aquilo que o Jorge Jesus já percebeu há muito que é preciso erradicar de vez e que são as falhas na seriedade competitiva, que é o que evita que se entre num jogo completamente "de lado" i.e. a perder com as Navais 1º de Maio, por 2-, logo aos cinco ou seis minutos.
É que quando se entre assim com os... "liverpuis" já não há remédio...
Mas isso corrige-se, agora o resto, a falta das tais verdadeiras estrelas é que é pior...
É preciso muuuuito dinheiro e esse...

Carlos Machado Acabado disse...

Enfim...
Como diz a canção "Haja saúde que, um dia, hás-de voltar" mas, às vezes, custa, de facto, mais perder as ilusões do que uma pessoa de quem gostamos ou de quem julgávamos gostar...
E olhe que eu sei exactamente aquilo de que estou a falar...
Sobre os comentários que diz ter feito: vou já vê-los.
É um tema que me interessa especialmente: não gosto de "chico-espertices" e nesse domínio, elas até "fervem"!...
Relativamente "àquilo" da censura: também aí, acordo total!
Aliás, aí, nesse domínio, acordo ainda maior, se possível!
Eu leio diariamente o "Público" e dantes até o ia actualizando noa edição online.
Um dia, 'cortaram-me' um comentário [sobre Fidel Castro] que foi, dizia o provedor para quem reclamei, "denunciado".
Não gostei nada mas acabei por... fingir que aceitava.
Depois, outro "corte" do mesmo tipo: sobre Mário Soares e uma referência ao livro de Rui Mateus envolvendo o "verdadeiro Mário Soares", segundo ele [que com ele privou e tem, por isso, obrigação de conhecê-lo].
Bom, aí foi demais: eu gosto pouco que brinquem com a minha independência, assumo a responsabilidade daquilo que digo e escrevo, não admito tutelas de tipo algum: escrevi ao provedor e acabou-se!
Continuo a ler o jornal na edição impressa mas para dar cobertura a meras paródias pretextuais e formais de liberdade [a democracias vigiadas] não contem comigo!
Recentemente, decidi, também, deixar de colaborar em blogues que submetem a publicação de posts a uma espécie de "exame prévio" que me incomoda profundamente.
Que me repugna intelectual e civicamente!
É uma posição de princípio de não vou, eu próprio abdicar---ainda que possa entender alguns dos argumentos invocados, em casos específicos, para fazê-lo.
Mas não gosto, de facto: é instintivo!
Tem, por isso, o meu Amigo toda a razão: é que não há pachorra para aquilo de nos tutelarem, com um paternalismo verdadeiramente insuportável, a liberdade de opinar.
"Boa" ou "má", a opinião é um património estritamente pessoal que devemos defender com unhas e dentes---algo que só a cada um de nós diz respeito e que não devemos, em caso algum, permitir que nos roubem!
Quem não quer ouvir, que não abra as portas à opinião---e pronto!
"Quem anda à chuva, molha-se": se não tem... guarda-chuva, que fique em casa que aí, em princípio, não chove!...
Um abraço!

Gonçalo disse...

É verdade caro amigo! Infelizmente é verdade que muita gente o faz e quando são pessoas da minha geração a tomar essa atitude ainda me incomoda mais! Eu no meu blog assumi desde o início que escreveria o que entendesse desde que não enxovalhe ninguém,e assumi também logo de que não eliminaria ou avisaria disso, nenhum comentário que me fosse desagradável.É claro que cada autor tem o direito de usar esses mecanismos e de facto quem anda à chuva molha-se.O grande problema é que eu começo a ver "a coisa a generalizar" de um modo preocupante.É preocupante quando começa a ser díficil o confronto de ideias sem descer ao insulto, é quanto a mim mais um sintoma da frágil democracia e de uma postura verdadeiramente cívica que não temos.

Gonçalo disse...

E também eu sou um grande admirador de Jorge Jesus, mais até do que do Mourinho. Eu não sou amigo dele mas conheço pessoas que são suas amigas e é impressionante, o homem respira futebol! Eu já vi o Jorge Jesus a ver jogos da 2ª e 3ª divisão, dizem que ele tem um arquivo de jogadores actuais e antigos da 1ª Liga até aos Distritais e de internacionais, num trabalho feito ao longo dos anos mas com muita paixão.Nos treinos dá uma atenção aos pequenos pormenores quase doentia, é daqueles que suam bem o que ganham.É claro que vai haver sempre quem embirre, conheço alguns adeptos do Benfica que o vão fazer quandos a coisas não correrem bem,porque é do Sporting,por causa de mascar, pelas calinadas que dá,etc.
É a antítese do polido Quique mas quanto a conhecimentos de futebol nem vale a pena comparar.

Carlos Machado Acabado disse...

Sempre foi a minha escolha!
Sobretudo, desde os tempos do "Belém".
Eu só tinha um certo receio de que um certo tipo de "vedeta" não aceitasse facilmente [ou até não aceitasse de todo!] o tipo de intransigente rigor e de escrupulosa minúcia que caracterizam o modo de o Jesus se relacionar tipicamente com o futebol.
Há sempre quem "já saiba tudo" e não precise de "aprender mais nada"...
Felizmente, o Benfica percebeu que de futebol percebe o técnico e não se mete e, além de saber, o Jesus também se soube impor por si [a qualidade e o saber fazem-no mais natural e mais facilmente do que qualquer "decreto"] e o resultado vê-se.
Ontem, errou, claramente: fintou-se a ele mesmo...
"Aquela" do David Luiz era, de facto, não uma mas duas vezes má [limitava o jogador e sobressaltava indesejavelmente a mecânica global do sector] mas há que aceitar que quem... "anda à chuva, se molhe".
Como pessoa, não me interessa minimamente.
Eu sempre defendi, aliás, que com figuras públicas [até artistas, poetas, etc.] a melhor maneira de nos "darmos bem" com eles e de apreciar-lhes despreconceituosamente a obra ou obras é... não nos darmos, pura e simplesmente, com eles.
Nunca falha!
É um privilégio que o anonimato nos permite e de que todos, artistas e público, apenas podemos, diz-me a experiência, beneficiar...
Agora, continuo é com um "melão" danado, ham?...
No caso do futebol, 'perceber' e 'sentir' nem sempre... "dão resto zero", como dizia a minha Professora da primária...
E o jogo de ontem confirma-o...