sexta-feira, 30 de abril de 2010

"A direita alia-se a si mesma para combater a crise..."


Uma constatação inquieta: Sócrates e o "sucatismo" que ele arrastou consigo para o poder em Portugal começam a tornar-se francamente preocupantes!

A personagem não tem manifestamente a mínima noção de como gerir com um mínimo de erficácia e competência a parte que nos coube como país na verdadeira "disaster area" em que se converteu o capitalismo neo-liberal e "monista" pós-socialista de hoje.

Com a sua corte de insuportáveis nulidades amestradas e emplumadas, desde o inefável ministro não-sei-de-quê que já foi comissário não-sei-de-quê [sem que quem quer que fosse, já nem digo, "lá fora" mas em Portugal tivesse dado... pelo que quer que fosse] até àquela criatura com irresistível vocação para Hermeseta que, jura a personagem, tutela a Educação [o que mostra bem o desamor da criatura pela verdade, uma vez que como qualquer português mesmo mal informado sabe, a Educação em Portugal extinguiu-se, ao que tudo indica, definitivamente entre nós no recente consulado Rodrigues-Lemos-Pedreira de tenebrosa memória.

Seja como for, incapaz de rumar para onde quer que seja que se pareça sequer com um projecto autónomo para o País de modo a criar as condições necessárias para que este tenha uma perspectiva e uma linha de rumo independente no meio da tal "crise" de que toda a gente fala, optou, agora, as criatura por se encostar a esse inefável monumento vivo ao ridículo pedante e pomposo que é o tal Coelho que é Passos e que supostamente seria oposição a esta coisa chilra, desavergonhadamente inepta e incapaz que é o "sucatismo"...

Numa altura em que mais do que nunca seria bom que a sociedade portuguesa começasse seriamente a consider hipóteses fora de um quadro bipartidáriomanifestamente esgotado e, aliás, co-responsável activo, nuns casos, passivo noutros, com a tal "crise" com a qual se declara, agora, profundamente surpreendido, surge este singularíssimo [ou talvez nem tanto...] conúbio entre a esquerda da direita e a direita da esquerda fechando mais ainda um leque de opções para sair da crise, já de si manifestamente esgotado e fechando, de passo, a trôpega e fanadíssima "democracia à portuguesa" num anel de ferro do qual não se vê como---para mais, repito, no presente quadro de impensável [e irresponsável!] "fechamento [quase?] total à direita"---poderá ela alguma vez sair, sem ser à custa do esmagamento final de uma classe média fadada há muito para bombo da festa de incompetentes e vagabundos políticos de toda a espécie, que é como quem, "roupa de franceses" dessa espécie de repelente e fatal "lumpen politicagem" que continua, tão teimosa quanto impunemente, a passar entre nós por "classe política"...

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