Teresa de Sousa continua, no "Público", para gáudio dos diversos ficcionistas, activos e passivos, do comentário político, a reinventar paulatinamente a realidade.
Para quem gosta de brinquedos [e tem, adicionalmente, qualquer aversão à História e à realidade em geral] as crónicas da boa senhora representam sempre uma verdadeira dádiva dos céus!
Na edição de hoje, num belo folhetim intitulado "As eleições britânicas à prova da crise mundial" lucubra, magistral e definitiva como sempre, a dado passo, a excelsa cronista:
"Dois líderes de enorme calibre dominaram a política britânica nas últimas três décadas: Margaret Thatcher e Toni Blair".
Ou seja: uma bêbeda e um patife inveterado; uma dipsomaníaca e um rematado aldrabão, um intrujão compulsivo.
"Maggy May", a única mulher com próstata e capaz de fazer trancinhas com os pelos do peito e "Toni Bleaagh", a própria forma que a sacanice mais filha-da-putona e bastarda escolheu para encarnar, tendo falhado de seguida Sá Carneiro [que encontrou já morto e que era, aliás, demasiado pequenino para oferecer um alvo seguro] e o outro que mesmo para sacana é francamente rasca demais.
"Maggy May" que enquanto por lá andou ainda conseguiu [entre duas demolições cirurgicamente aplicadas no edifício do Estado Social inglês herdado do pós-guerra que ela achava demasiado pródigo e excessivamente 'arrumadinho'] achar um espacinho para fazer uma guerra [e apoiar sempre muito animadamente todas as alheias que os caixeiros viajantes da geoporrada [na gíria: americanos] lhe iam lá oferecer à porta] e o tal "Bleaaagh" sobre quem a guerra [especialmente se fossem os outros a arriscar a vida a fazê-la por ele] exercia um evidente [e em nada menor!] fascínio e que encontraria, como se sabe, no Iraque o terreno ideal para demonstrar ao mundo como a Verdade não deve andar por aí sozinha porque pode constipar-se estando muito melhor abrigadinha em casa sem ver a luz e a bom recato dos micróbios da ambliopia que devem ser mais que muitos lá na Inglândia...
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"Dois líderes de enorme calibre"??!!
Diga lá isso sem se rir, se for capaz, oh! D. Teresa...
Ainda se fosse "dois filhas-da-p." da mais pura cepa, a aristocracia da malandragem, da subversão global e do rapinanço estratégico de matérias-primas por todo o mundo, eu ainda papava, agora "dois líderes de enorme calibre"!...
Como dizia o título da farsa [que julgo andaluza]: "Señora! Por Diós! No me pise que llevo chanclas!..."
Que é como quem diz: "Não me faça rir que ainda me salta a piruca..."
"Dois líderes de enorme calibre"!!!
Eu, heim!...]
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[Uma observação final respeitante ao "inquérito" da Inspecção-Geral da Educação sobre o aluno de Mirandela que morreu recentemente afogado no Tua: se eu ainda tivesse dúvidas de que há dois Portugais confirma-lo-ia, agora, definitivamente: no meu Portugal, morreu um jovem que andava numa escola que tinha obrigação de responder por ele e pela sua segurança mas onde os alunos saem pelas grades das vedações para se atirarem inexplicável---e inexplicadamente---ao rio, ninguém sabe ou parece querer saber por quê mas também não faz mal porque toda a gente agiu como devia, logo o aluno não deve ter morrido---não pode! Viola as leis da "realidade oficial"---deve estar só a fingir, para aí num limbo ou numa dimensão virtuais quaisquer onde aas leis da "única realidade legal" que é a que consta dos inquéritos oficiais não se aplicam, apenas para criar engulhos a uma escola e a um poder político tutelar, demonstrável---e demonstradamente!---exemplares, imaculados e inatacáveis; já no Portugal da tal Inspecção, pois, tudo não passou [não é, como se vê, possível que tenha passado!] de um lamentável equívoco ou de uma ilusão qualquer causada na superfície exterior do próprio real, assim tipo miragem no deserto, talvez pela passagem de um cometa desconhecido qualquer [ou por outra razão igualmente lógica que não interessa, porém, dada a respectiva irrelevância específica, apurar] uma vez que---lá está!---tendo toda a gente agido exemplarmente, o aluno fica automaticamente impedido de morrer não podendo, por isso, como é evidente, estar morto.
Q.e.d.
Se parece ter morrido, só pode ser, pois, erro de interpretação dos próprios pais ou má vontade destes mas não compete às inspecções especularem sobre meras hipóteses e questões inerentes à subjectividade crítica e analítica de cada um, não é?...
Pobre Portugal, que de inspecções [e gente] desta alimentas a tua inimaginável loucura colectiva e agora também, ao que parece, oficial!...]
[Imagem extraída com a devida vénia de doctor2008-dot-blogspot-dot-com]
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