Numa altura em que "os outros" gastaram já as palavras todas que lhe pertenciam de direito [com as palavras "Revolução", "Democracia" e "Liberdade" à cabeça] para aviltá-lo e traí-lo, vale a pena recordar toda a arrepiante pureza e digna sobriedade que caracterizam as que marcam o próprio instante fundador da Liberdade no Portugal moderno: por muito breve e malogrado que tenha sido o sonho, valerá, com certeza, a pena evocá-lo aqui, comovidamente, por uma vez livre dos implantes grotescos de "democracia", "participação" e "liberdade" que, a curto prazo, viriam, não apenas irremediavelmente maculá-lo como, pior ainda, ocupar abusivamente o espaço que por brevíssimos momentos foi de todos nós, portugueses e, por fim, apropriar-se mesmo tão vil quanto cobardemente dele...
http://www.youtube.com/watch?v=FUMQ8N9zQNg
[Na imagem: desenho de João Abel Manta ilustrativo da Aliança Povo-MFA na qual assentou o breve período de laboratório social e político que mediou entre 25 de Abril de 1974 e 25 de Novembro de 1975]
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