...escassos dias depois de Pina Bausch, Merce Cunningham confirmando um lugar comum... comum que pretende que morte visita os artistas sempre duas vezes... de cada vez.sexta-feira, 31 de julho de 2009
"Morreu Merce Cuningham..."
...escassos dias depois de Pina Bausch, Merce Cunningham confirmando um lugar comum... comum que pretende que morte visita os artistas sempre duas vezes... de cada vez.quinta-feira, 30 de julho de 2009
"Não Se Esqueçam De Mim, Ham?!!..."
Já basta de forrobodó!...
"Se Não Contarmos Com A Morte Do Doente, A Operação Foi Um Sucesso!..."
Há um "estória" engraçada que li há muitos anos num daqueles livros de anedotas que fizeram as delícias da minha meninice (o "Cara Alegre", o "Mundo Ri" e, muito especialmente, emprestados criteriosamente, um a um, por um tio professor, o deslumbrante "Almanaque Bertrand", janela mágica para um mundo fantástico onde deambulava permanentemente uma multidão de gente excitantemente vestida de velhas casacas de "rabona" e/ou vestidos até aos pés; onde os polícias eram ainda "os cívicos" e onde havia "cozinheiras" e "criadas de fora" "a granel", de coifa e avental, passeando-se animadamente pelas páginas decoradas com arabescos a negro nas margens e poemas de pessoas chamadas Branca de Gonta Colaço e Fernandes Costa---este último, aliás, o director, a pesssoa a quem eu devo, ainda hoje, as horas de autêntico êxtase leitor, consumidas no saudoso sótão da minha Avó, na Rua Palmira aos Anjos); páginas onde regularmente desfilava, por via dessa gente excitantemente "impossível" e "arqueológica" (onde "luzia, por sua vez, ainda algum emocionante André Brun"...) todo um mundo já, definitivamente morto e enterrado ("perdido", diriam o Conan Doyle e, depois dele, o Tod Browning ou o Spielberg...)---mas, por isso mesmo, irresistívelmente fascinante!---nos idos de '50, quando me chegou, pela primeira vez, às mãos.[Já agora e só para completar o raciocínio---isto é um raciocínio, ouviram?!...---sugiro a consulta, mesmo rápida, por exemplo, do "Público" de 27.10.08, à notícia redigida por Catarina Gomes intitulada "Portugal não tem registo de erros de medicação, que são responsáveis por sete mil mortes anuais nos E.U.A."
Sabem o que é que isso me faz lembrar, agora?
A "guerra do Solnado"!...
É! Na "guerra do Solnado", há uma parte em que, interrogado sobre o "poderio" naval do exército em que milita, o Solnado esclarece: "Não! Marinha não temos!"
E, imediatamente a seguir, acrescenta: "É... de fato de banho!..."
Aqui, podia ser: "Não! Estatísticas, não temos: isto de números é... conforme!"
Ou (por que não?): "tem... dias!"
É menos exacto?
Lá isso é mas, em compensação, é muito mais... imaginativo e divertido!]
[Imagem ilustrativa extraída com a devida vénia de cartoonstock.com]
segunda-feira, 27 de julho de 2009
"Algumas Questões Teóricas Ligadas À Ideia Política de Desenvolvimento" (Texto em Construção)

Uma coisa é certa: não é seguramente (ao contrário do que sucedeu em tantos outros momentos da História nacional, designadamente até à década de setenta do século passado---desde, de um modo mais remoto, as primeiras, tímidas e, sobretudo, forçadas tentativas de "industrialização" do País levadas a cabo ainda em plena ditadura, na sua fase "marcellista"); o que caracteriza o analfabetismo tecnológico, dizia, não é, pois, nos nossos dias, o desconhecimento da existência dos objectos dessa mesma tecnologia.
Porque é possível considerar (porque é crítica e analiticamente legítimo considerar) que, as sociedade em causa (muitas delas antigas potências coloniais formais) trouxeram afinal para o interior de si mesmas o "desenho conceptual" básico, primário, das antigas relações coloniais entre o colonizador e o colonizado.
domingo, 26 de julho de 2009
"E por Falar Em Monroe..."


"The Misfits"
Grande parte da crítica desfez o filme.sábado, 25 de julho de 2009
"Mais algumas memórias"

"Aligeiremos, Então, Um Pouco o 'Tom'..."

[Na imagem: Gary Cooper e Madeleine Carroll em "Northwest Mounted Police" de Cecil B. de Mille]
"Dois Importantes Dialectizadores no (e do) Cinema"

Dois/três desconstrutores (ou, poderíamos talvez chamar-lhes mais adequadamente: "dialectizadores") essenciais do Cinema aqui recordados a propósito da 'entrada' mais abaixo onde se fala especificamente de "western" apresentando-o (muito argumentativa e, também---e sobretudo!---muito provocatoriamente) como sendo, em última instância, O Cinema:"E Por Falar Em 'Coop'..."

Aqui está ele, o herói de inúmeras tardes de puro deslumbramento no velho "Olympia" de 1950 e tal a.L.F., que é como quem, de 1950-e-qualquer-coisa, antes de La Féria...Quando a Escola era "risonha e franca" e nenhum espertalhão se tinha lembrado ainda de "fazer a barba aos clássicos", para gáudio dos parolos que vêm regularmente vê-los barbeados, em ruidosas excursões diárias....
Outros tempos.
Melhores?
Piores?
Outros tempos, em todo o caso...
...E o velho 'Coop' ("a man made os steel on a horse made of gold" como na canção...) é indiscutivelmente parte integrante, absolutamente incontornável, deles!...
"High Noon" de Fred Zinnemann
Escolhi por duas razões essenciais este famosíssimo plano de "High Noon" de Zinnemann para ilustrar a tese de que um certo (e, se calhar, 'perfeito', puro) paradigma de "cinema" ou de "cinematicidade" (de... "film-hood") está, todo ele, idealmente, no "western" onde, de facto, salvo raras excepções, o "Teatro" (ou "teatralicidade") não acham, a não ser muito indirecta e muito remotamente, eco reconhecível; escolhi-o plano em causa, dizia, porque ele, efectivamente, na sua aparente simplicidade (um homem com um chapéu e uma estrela no peito desce uma rua deserta, no fundo, nada mais do que isso) possui, de facto, uma "carga sémica" poderosíssima, muito dificilmente esquecível ."«Para Grandes Males, Grandes Remédios!...»" ou «Ministra da Saúde 0 - Senhora da Saúde 1»"
Legenda: ---A ministra da Saúde não garante vacinas contra a gripe A para todos os portugueses...
---Isso é incrível! Acho que o primeiro ministro devia demiti-la e substituí-la por alguém que tivesse um verdadeiro plano de saúde para o País!
---E foi o que ele fez! Na prática retirou o poder para gerir a crise à ministra da saúde e entregou-o inteirinho à... Senhora da Saúde que é de muito maior fiabilidade e eficácia e já está, de resto, há muito habituada a substituir, entre nós, políticas inúteis e ministros incompetentes!...
sexta-feira, 24 de julho de 2009
"Good News!..."
Afinal, diz-me a Estela, o Triplov não acaba! [Imagem alusiva: colagem de Carlos Machado Acabado, originalmente publicada em http://umnaoalexandreonirico.blogspot.com/]
quinta-feira, 23 de julho de 2009
"O Triplov Acaba!"
Tive agora mesmo a brutal notícia de que o Triplov vai acabar![Imagem extraída de fastfoodfever.com]
"Un Homme C' Est Rare"
Uma das minhas colagens de que gosto especialmente e que "fala" de algo (porque fala de algo!) que nos envolve a todos, ibndependentemente da cor, idade ou sexo: a desumanização civilizacional expressa na utilização exaustiva (e intensiva!) do humano por um ou vários "sistemas" (pelos vários "círculos" do «sistema», talvez seja mais exacto e mais rigoroso dizer deste modo) ao qual ele, humano, na realidade apenas interessa secundária ou mesmo "terciariamente" na (in!) justa medida da sua estr(e)ita utilicidade contextual e/ou instrumental, digamos assim."Este País É Uma Loira Burra..."
...e por isso, escolhi para ilustrar a 'entrada' imediatamente a seguir a imagem de uma mulher, loira, bela mas idiota como as "loiras das estórias", adequadamente amputada da própria cabeça sem, todavia, do facto parecer ter-se dado conta."Fatalidades..." (T.i.P, text in progress)

quarta-feira, 22 de julho de 2009
"Stanley Kubrick"
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Homenageando um dos cineastas mais visionários e geniais que conheço, deixo aqui alguns fotogramas extraídos da sua (fabulosa!) Obra.
De cima para baixo, fotogramas de "Paths Of Glory" (1957, Kirk Douglas), "Lolita" (1962, James Mason e Peter Sellers), "2001, A Space Odyssey" (1968, Keir Dullea), "A Clockwork Orange" (1971, Malcolm McDowell) e "Barry Lyndon" (1975, Ryan O' Neal).
terça-feira, 21 de julho de 2009
" O 'mito' de «Gnoseotópolis»: a «gnoseotopia» ou a ficção (falsamente!) política da «gnose futurológica»" [T.I.P., text in progress]
Com uma média de "quase um ministro por hora" a anunciar com as adequadas trombetas a mirífica "retoma" que há-de , como D. Sebatião, vir em breve confirmar as excelsas virtudes sistémicas do capitalismo vigente, o capitalismo pós-industrial neo-liberal ("soft" dos "pê-ésses" e "hard core" dos 'outros')---tudo isto, configurando, no fundo, uma versão "revista" do célebre "fim-da-História" decretado e, imediatamente a seguir, revogado por Francis Fukuyama ainda não há muito; com este "golpe de "marketing" económico-político a chegar-nos regularmente a casa via televisão, via órgãos de propaganda oficial impressa (nos jornais onde o poder político opera no sentido de condicionar a respectiva linha editorial, teleguiando esta estrategicamente através da escolha regular das administrações; com tudo isto, então, por um lado e com a fábula, não menos tópica e regular, de uma tal "Gnoseotópolis" (o termo é da minha responsabilidade, não da governo) ou "(so)ci(e)dade do conhecimento" a saltitar de forma tão constante quanto alegre e ligeira, nas lucubrações (em regra, todavia, cultu(r)almente vácuas e delirantes) de um Estado-de-partido onde, todavia, nada ou muito pouco parece entender-se e funcionar em matéria de 'fomento estrutural e orgânico de futuridade', numa era histórica em que esta última, a futuridade, ou começa organizada e competentemente a ser preparada na cuidada, na esclarecida determinação de paradigmas educacionais estratégicos, consistentes e, sobretudo, inteligentes---isto é, naturalmente aptos a responder em tempo real às contantes (e sempre novas) questões levantadas pela História---ou está fatalmente condenada a apenas reproduzir, de um modo ou de outro, o 'espírito' e genericamente a realidade da velha Arcádia setencentista, actualizada apressadamente no rosto quie (como dizer?) vira sempre inutilmente para a própria História; com tudo isto, dizia, a bater-nos diariamente à porta na forma de discursos e mais discursos, de entrevistas e mais entrevistas, de 'recados' e mais 'recados' da magistratura política chovendo ininterruptamente sobre a Cidadania, vale, em meu entender, a pena reabrir aqui um livrinho já com muitos anos (vai, na realidade, fazer quarenta!...) editado pelo extinto jornal "O Século" nuns episódicos "Cadernos" de que chegaram, aliás, a ser editados vários números e onde esse (por essa altura, já 'crescidinho') século XX português tentava---como podia---discorrer em ditadura sobre um futuro que a todos nos parecia, porém, imensamente fantástico e sempre, de um modo ou de outro, na prática inalcançável e alheio.

