No dia em que revi (para aí, pela... enésima vez!) "The Prisoner of Zenda" na versão do Richard Thorpe com o Granger e a Kerr, não resisti a homenagear aqui com um novo fotograma aquele que, de acordo com o meu (admito que muito próprio e discutível...) critério/gosto pessoal é, ainda hoje, um dos mais seguros e eficazes filmes "de aventuras" jamais feitos.
É também, para quem gosta de reportar os filmes que vai vendo, a todo um conjunto de circunstâncias históricas, políticas, antropológicas, etc. extra-cinematográficas e objectualmente contextualizantes, uma obra em que se percebe nitidamente a intenção (de Anthony Hope, que escreveu a obra original, desde logo) de pôr uma classe social que, a partir do final do século XVIII, se apropriara formal e definitivamente da História---a burguesia, triunfante em 1789---a ensinar "valores" (de humildade, humanidade e de honesta operosidade a uma aristocracia cujo papel naquela mesma História é cada vez menos central assim como possui uma fundamentação objectual cada vez menos indiscutível e efectiva...
Sem comentários:
Enviar um comentário