quinta-feira, 16 de julho de 2009

"«Babs» Stanwyck, an unforgettable «Lady of Burlesque»"


O canal Mezzo oferece semanalmente um filme mais ou menos clássico directamente relacionado com a Música.

Há dias foi uma verdadeira preciosidade histórica intitulada "Lady of Burlesque" com a grande Barbara Stanwyck---que (devotadamente, como merecia...) registei em DVD.

Desse filme (e da extraordinária personalidade cinematográfica que foi Stanwyck, da qual revi, também, por c oincidência, muito recentemente o "gigantesco" "Clash By Night" de Fritz Lang com ela, Paul Lukas, Robert Ryan e uma juvenil Marilyn Monroe em início de carreira) deixo aqui uma memória ilustrativa na pessoa da própria Barbara Stanwyck, à época no auge da sua própria e notabilíssima carreira.

Já sobre o citado canal Mezzo (tal como o literalmente insubstituível "ARTE", todavia "criminosamente" banido da esmagadora maioria dos pacotes "oferecidos" pelos servidores da televisão por cabo) sempre foi minha opinião que, se em Portugal tivéssemos um poder político que não estivesse invariavelmente entregue a "merceeiros culturais" e boçais "guarda-livros e mangas de alpaca da inteligência", seria já obrigatório por lei que constassem dos pacotes básicos de serviço televisivo quie a qualquer operador de televisão, por cabo ou satélite, devia ser literalmente imposto.

Há, com efeito, entre nós, gente que passa uma vida inteira sem ter, uma única vez na vida, visto dois segundo sequer de um bailado qualquer, clássico ou moderno; ouvido dois compassos seguidos de uma peça sinfónica de Beethoven ou de uma das irrepetíveis óperas de Mozart ou mesmo Verdi ou Rossini, fora de um qualquer anúncio de... louça sanitária ou (sei lá!) de "pentes para os carecas", como dizíamos em crianças a brincar de ou fraldas descartáveis---ou ainda visionado um único filme a preto-e-branco, para muita gente sinónimo imediato e natural de "coisa antiga", "arcaica", "indigesta" e "mortalmente aborrecida".

Horroriza-me a constatação dessa culturalmente trágica realidade, cuja responsabilidade assaco, como disse, directamente a um poder político invariavelmente composto quando não por verdadeiros imbecis "de carreira" seguramente por autênticos analfabetos funcionais (e falo em sentido---praticamente---literal, ham?! Como o "outro" que não sabia quantos cantos têm "Os Lusiadas" ou o que---tutelando de modo verdadeiramente impensável escandaloso a Cultura!...---se referia com o atrevimento que, nos ignorantes, substitui a inteligência que neles não pôde desenvolver-se---às hoje, tristemente "célebres"... "Sinfonias de Chopin"...)

Prestando ao providencial Mezzo (ainda há quem, no meio da torrencial telenovelada e da inominável concursada que, para as luminárias da televisão serve de "serviço público") o tributo que merece pelo seu inestimável labor de divulgação, aqui deixo, pois, uma imagem de "Babs" Stanwyck que, não provindo do citado "Lady of Burlesque" (dirigido em 1943 por William Wellmann) recorda, como disse, ainda assim, o lado mais "ligeiro" e mais... "físico" daquela que foi, sem dúvida, um dos grandes expoentes (e incontornável referência) do cinema americano dos anos '40 e '50---um tempo em que, em Portugal, se ia ao cinema (ao "Olympia" ou ao "Terrasse") ver "a" Stanwyck, "o" Flynn, "o" Gary Cooper e/ou "a" Bette Davis...

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