sábado, 1 de maio de 2010

"Walter Benjamin"


Ligam-me a ele, desde logo, uma passagem comum [embora dramaticamente diferente, embora a minha própria passagem por lá estivesse longe de ter sido marcada pela ausência de pathos e de drama...] por Port Bou, um lugar que essa passagem tornou, há muito, para mim, um lugar sob muitos aspectos referencial e até de algum culto.

Mais do isso, porém, liga-me a Benjamin uma certa visão in-fixa e deliberadamente descentral da realidade, uma visão in/essencialmente afuncional onde se situa, a meu ver, a chave da futura revolução incomparavelmente mais humanista do que socialista.

Ou, mais exactamente, talvez: antes humanista e, só depois, socialista.

O "flâneur" benjaminiano contém, a meu ver, precisamente as chaves mesmas do humanismo futuro.

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