Li, um dia destes, no imprescindível "Público" [jurem que desta vez não me fazem ir confirmar qual foi, ham?!...] de uma assentada dois textos---um de José Manuel Fernandes, outro do sempre melancólico e infeliz-por-gosto Vasco Pulido Valente---coincidentes num ponto: aquele que conclui que um PSD, ao que parece, para já, incapaz de gerar mais Cavacos que o metam por fim na ordem [numa ordem qualquer que aquele tipo de fulano que o compõe não se distingue propriamente pela esquisitice em matéria de levar pancada de um ferrabraz ou de um valentão político das dúzias qualquer----nem precisa de ser muito grande, tem é de saber pôr-se verbalmente em bicos de pés mais que os outros de modo a ficar visível por todos os que o rodeiam na habitual chusma ou cáfila de "ganâncias muito vaga e muito constrangidamente federadas"]; li, dizia, então, um destes, no "Público-nosso-de-cada-dia" com que noticiaristicamente ainda me vou regularmente alimentando, que um PSD qualquer assim identificável nos condenou a todos a um P.S., por sua vez, inimaginavelmente corrécio e intrujão, ideologicamente ainda mais sucateiro [ou... "socrateiro"?] do que o costume ou do que a sua própria tradição interna e vocação original...
Ora, sabendo nós que o tal P.S. desde que surgiu [lá não sei onde e por encomenda expressa de uma América que viu logo nele uma promissora gazua feita à medida para "abrir democracias" que à época se anunciavam e que ninguém daquele lado---sempre tão astuto e comilão!---do oceano sabia exactamente de que eram capazes, depois de terem precisamente não apenas re/nascido como---mais assustador ainda!---terem tomado o gosto a re/nascer]; ora, sabendo nós, então, que tipo de "menino" era aquele "pê-ésse" e que tipo de "meninos" eram a maioria daqueles "pê-ésses" que tomaram, na altura, nota da "encomenda", não me parece de maneira alguma exacta, a conclusão acima referida, devo dizer!
E eu diria até exactamente ao contrário que, estando nós fartinhos ["marrecos"!] de saber que colecção de cromos se tinha apressadamente reunido para "parir à pressa um partido" à altura das "exigências... históricas" do grande capital financeiro estadunidense reunido em conclave para escogitar a maneira mais expedita de nos "trompicar" a História e "torcer o pipo" à nascença a qualquer veleidade de maturação social e política autónoma que fôssemos capazes de, como país, encontrar, o mais apropriado e mais rigoroso, seria---exactamente, ao invés, repito---dizer que, antes de qualquer outra análise ou reflexão de natureza histórica, social e/ou política, o pressuposto analítico que é essencial, por imperativo de rigor exegético estabelecer como ponto de partida é que foi antes um pê-ésse sempre estruturalmente burlão ---um verdadeiro "natural" da trapacice e da moscambilha---nos seus própositos ou nos seus... "ornamentos" exteriores [chamam-lhe eles...] "ideológicos" ["aquilo" mais do que um partido nunca passou de um pretexto para a pouca-vergonhice económica e política pura e simples, de uma marioneta transcontinental política com uns... "rabiscos mais ou menos ideomórficos confusos por cima"] que nos condenou a um Passos Coelho "constitucionalmente desempoeirado" ["apertado" por uma autêntica manada de "barões da finança à desfilada", ávidos de carniça social e com típica propensão para "açougueiros económicos e políticos", espantarocados ainda por cima por uma crise-estado que nunca mais acaba de nos surpreender com coisas sempre piores que as anteriores e de lhes fornecer, àqueles tais barões, pretextos para pendurar sociedades inteiras nos "talhos ideológicos e sociais" de que são donos; foi esse pê-ésse, dizia, quem, afinal, nos condenou a um pê-ésse-dê-com-Passos-Coelho-dentro, um pê-ésse-dê "artista da finta política" e mestre consumado no jogo de emboscar sociedades incautas, para quem substituir o tal pê-ésse que nos terá, assim, tramado de vez equivale a privatizar tudo o que mexe num raio de não-sei-quantos quilómetros de pátria moribunda, metendo de vez o país num saco e atirando-o também de vez ao mar de onde nem sequer numa manhã de [muito...] nevoeiro seja capaz de voltar a sair!...
O pê-ésse-dê condenou-nos a essa calamidade pública---de inimagináveis dimensões da indignidade interna e externa--- que foi o sucatismo?
Uma ova!
Alguém, ao dizer isso, está a "ver o filme todo ao contrário"!...
Foi, ao invés, essa económica e socialmente trágica "encomenda de Washington e de Bona" que foi o tal "pê-ésse" em má hora nascido numa Alemanha qualquer [demasiado!] perto de si que nos condenou a todos à infausta procissão do Senhor-dos-Passos que aí se anuncia e que raia, ameaçadora e voraz, num horizonte social e político colectivo onde já pouco resta de político e ainda menos de social quanto mais até já de... horizonte!...
Esperem-lhe só pela pancada!
[Imagem extraída com a devidíssima vénia---e uma imensa admiração pela subtileza da solução encontrada!---de fabiodefreitas-dot-wordpress-dot-com...]
Sem comentários:
Enviar um comentário