Já imaginaram, por exemplo, uma ministra da saúde [quando, um dia, houver em Portugal ministros e saúde, claro...] a declarar com o ar mais sério deste mundo que a "doença e a morte não têm contribuído para a qualidade do sistema de saúde em Portugal" e que, por isso, o governo a que pertence vai propor à assembleia da república a ilegalização definitiva de uma e outra?
Que "a realidade é ilegal" e que o "lobby" ou a "corporação" por ela liderados devem ser "metidos na ordem com a necessária firmeza", em nome das «boas práticas epistemológicas, cosmovisionais e de consciência» e «especificamente cívicas e políticas»?
Que o País não pode ser abandonado ao arbítrio de "uma qualquer realidade que ninguém sabe quem é e o que pretende verdadeiramente dos povos da História" e que, "quando a ficção e os factos se contradisserem consistentemente entre si, a quem deve ser reconhecida razão é à ficção porque "é muito mais vistosa" e estimulante e até dizem que abre o apetite às crianças franzinas que se recusam a comer a Blédine de maçã dizendo que sabe a uma coisa feia que que eu agora não digo mas todos sabem que geralmente é castanha, mole e cheira mal?
AINDA não imaginaram?!
Pois bem: não desanimem, ham?
Não desesperem que Roma e Pavia não-se-fizeram-num-dia, que com boa vontade [e a gente certa...] tudo se consegue e que, de qualquer modo, daqui até às próximas eleições com o Vital Moreira no caso e o Lacão na jogada não hão-de faltar ocasiões para que a catástrofe seja perfeita e total e para que a m. cumpra finalmente o seu [patriótico e bem português, heim!...] dever...
[Imagem "Berry", da Net]
Sem comentários:
Enviar um comentário