Hoje, por uma razão qualquer, estou particularmente irado contra a "pornografia da virtude" que me cerca e oprime por todo o lado e das mais distintas maneiras.
"To make a long story short", farto de ser por ela perseguido, decidi, então, proteger-me fazendo como os crentes mas invertendo-lhes/subvertendo-lhes senão em rigor a (i) lógica em si, ao menos (chamemos-lhes) as circunstâncias fabulares ou mitiformes concretas com que eles usualmente preenchem a referida (i) lógica...
Assim, em vez de invocar anjos, arcanjos "and the likes of them", chamo em meu auxílio os meus próprios deuses e deusas subversores dessa vocação e desse imenso estímulo à (auto) castração que pode ser, usada sem verdadeiro critério, a "virtude"---deuses e deusas que, neste caso, são Madonna e (muito especialmente) Cicciollina, essa boa Cicciollina que, um dia, decidiu afrontar directamente o circo parlamentar de um país absolutamente único e luminoso, que já foi 'de' Dante e Miguel Ângelo ou Da Vinci (para já não falar dos meus admirados Pratolini, Calvino e Buzzati) e que hoje o destino decidiu punir impondo-lhe o supremo bufão que é Berlusconi...
Vem, pois, oh tábida bacante arrancar-me à garras impiedosas da ferocíssima demasiado honrada santidade!
Há purezas e inocências que corrompem!...
[Eloquente? Talvez mas também um tudo-nada nietzscheano, não?...]
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