sábado, 27 de junho de 2009

"Barry Lyndon", «fisicamente o mais belo dos Kubricks»"

Pessoa amiga falou-me ainda bem recentemente dele e nomeadamente do actor (Ryan o' Neill) que nele desempenha, ao lado de Marisa Berenson, o papel-título.

Muito justamente grato, o "Quisto" faz absoluta questão de oferecer à pessoa amiga em causa este fotograma como tributo à excelente ideia que foi essa de lembrar-nos a todos da existência de um dos mais belos e imprevistamente... "problemáticos" filmes de Kubrick.

'Problemático' por sê-lo particularmente a temática que comporta?

De modo algum!
Apenas por ter deixado virtualmente sem reacção a Crítica--que sempre esperou (e tentou, de resto, "ver" nesta sumptuosa adaptação de um texto um pouco menos conhecido de Thackeray) significados ocultos e conteúdos subliminares complexos na Obra do realizador de "Lolita" e "A Clockwork Orange".

Aparentemente, em "Barry Lyndon", Kubrick terá apenas tentado (e logrado, aliás--é preciso reconhecê-lo!) um filme esplendoroso e prodigiosamente envolvente, carnal, física (sensualmente!) 'excitante' onde (como no muitíssimo mais explícito e incomparavelmente mais violento "Lolita", por exemplo) o amor e a abjecção se cruzam, ainda assim, subtilmente--aqui, todavia, repito, de um modo incomparavelmente mais ínvio e discreto do que nesse doloroso exercício de devorismo autofágico e cruel 'apogeu suicidário' que é a mais famosa adaptação cinematográfica do texto nabokoviano.

Porém, a sequência em que Redmond Barry humilha publicamente o enteado é do mais puro e dilacerante "hard core" Kubrick...

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