quinta-feira, 13 de novembro de 2008

"Sejamos (por uma vez...) claros----e (já agora...) verdadeiros, também, para variar..."

Sejamo-lo, pois! Claros e, por uma vez, verdadeiros, quero eu dizer. Vejamos:

a) Quando alguém afirma possuir a única solução para alguma coisa, directa ou indirectamente, envolvendo dezenas de milhar de pessoas---um país inteiro ;

b) Quando essa suposta "única solução" bate de frente na oposição de mais de 80% (mais de oitenta por cento!) das pessoas directamente envolvidas;

c) Quando são exactamente esses 80% quem deveria dar consecução material à tal "única (e mirífica, iluminada!) solução";

d) Quando bate, de igual modo, de frente na resistência de confrades prestigiados situados no interior do próprio círculo ideológico (se é que se pode falar de ideologias no caso do partido dito "Socialista" mas enfim...) do suposto "iluminado" ou "iluminada";

Quando isto acontece e, ainda assim, a criatura em causa consegue não manifestar a mínima dúvida sobre a "razão" que se obstina em afirmar que lhe assiste para se colocar no próprio centro da hostilidade geral, então, das duas, uma: ou a pessoa em causa é, de facto, um génio que está séculos à frente do seu próprio tempo ou se passa exactamente o contrário---e aqui cabe a cada um determinar, de acordo com os seus próprios padrões e critério pessoal, qual possa ser o exacto contrário de uma pessoa competente, esclarecida, lúcida e (minimamente) capaz de exercer um qualquer cargo político numa sociedade democrática do século XXI, quanto mais o de ministro.
Em qualquer dos casos, ou porque anda demasiado depressa ou, pelo contrário, demasiado devagar, a solução para... uma "solução" deste talante apenas pode ser: "rua com ela!", "solução".

...E, claro, rua com ela, pessoa que, cega, teimosamente, se obstina, contra tudo e contra todos, em tentar impô-la.


[Imagens extraídas, com a devida vénia, de wehavekaosinthegarden.blogspot.com]

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