É, juntamente com Renoir e Rouault o meu preferido da grande [e 'luminosa'!] família de artistas plásticos oitocentistas franceses.
Ao contrário de Renoir, que é o pintor das atmosferas das coisas e das pessoas vulgares, o mais pragmático e carnal dos três e de Rouault que é o trágico---e metafísico---da pintura moderna francesa, Utrillo é o artista dos espaços-espíritos, o homem dos fragmentos delicados das emoções---e também aquele que melhor capta o que Butor chamou "le génie du lieu"--- de uma certa Paris, muito mais interior e espiritual do que "a de" Renoir e incomparavelmente menos trágica e metafísica do que a de Rouault.
[Na imagem: Le Quartier Saint Romaine, por Utrillo]
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