terça-feira, 6 de julho de 2010

"Xiii, Patrão! Mas 'Isto' É Realmente Um País?! Disfarça bem!... [Ou imita mal...]"


O Banco de Portugal "esqueceu-se" de fiscalizar convenientemente o B.C.P. com as consequências que são conhecidas em termos dos avultadíssimos prejuízos causados aos depositantes e, mais tarde, a todos os contribuintes em geral, em resultado, por sua vez, da [chamemos-lhe assim] liberalidade excessiva de alguns accionistas de referência relativamente aos seus próprios bolsos, aliada, claro, à consabida má cabeça do governo.

Todos conhecemos essas consequências da negligência da entidade fiscalizadora, o Banco de Portugal, mas conhecemos também aquelas que toda essa inimaginável situação teve na "progressão na carreira" do principal responsável pela fiscalização em causa, Vítor Constâncio que passou claramente ao lado da "crise", saltando dali para um lugar europeu principescamente pago.

Agora, foi o Turismo de Portugal, entidade que regula [?] a actividade das agências de viagens que [como dizer?] "não se lembrou" de fiscalizar, de igual modo, como lhe competia, a veracidade das declarações de uma tal Marsans Tours que, assente numa declaração falsa que dizia não ter realizado negócios [venda dos chamados 'pacotes turísticos'] em 2009 se permitiu depositar em lugar dos até 250 mil euros que teria tido de depositar como caução para um caso de incumprimento e falência [?] como o agora ocorrido, caso tivesse sido obrigada a dizer a verdade sobre a sua actividade e sobre a sua contabilidade, 25 mil euros [que estão longe de bastar para indemnizar os incautos que cairam na esparrela de confiar na seriedade deles mas sobretudo na ingenuidasde de acreditar na competência fiscalizadora de quem na circunstância representa o Estado: um tal Luís Patrão que como diriam os brasileiros, pelos vistos, "não acha nada" [ou acha muito pouco...] na matéria].
Sobre o modo como, em Portugal, se nomeiam pessoas para cargos públicos de relevância teórica crucial e como se fiscaliza, depois, o seu desempenho, estamos conversados.
Basta um de nós dar um pontapé numa pedra [leia-se: consultar---mesmo apenas "à vol d'oiseau"---a lista dos suculentos cargos estatais ou dos privados conseguidos após "estágio"---ou sacrificado "tirocínio"...---no instrumental Estado de "pê-ésses" e "pê-pê-dês"] para imediatamente de lá de baixo saltar um ex-secretário de estado, um antigo ministro, um "boy" qualquer, carregadinhos todos eles das credenciais do costume: cartão do partido e "friends at high places"...
"The old boy's [ou "the old school tie"] network", lhe chamam com sarcasmo os anglo-saxónicos...

Assim sendo, já a ninguém passa pela cabeça pedir contas aos [não sei se posso dizer assim mas pronto...] aos "responsáveis": quando muito fazem-se figas [fazem-no os que ainda não ensandeceram conmpletamente neste imenso manicómio institucional em que transformaram já o país os Sócrates e Ca.] para que a promoção---o prémio natural da inépcia ou da inércia públicas ["take your pick!..."] entre nós não seja a promoção a um cargo onde possam, uma e outra destas singularíssimas "qualidades", conduzir de vez à implosão de um qualquer sector-chave da vida nacional, arrastando consigo na queda final [que, de resto, já não se adivinha distante mas enfim...] tudo e todos...

A única dúvida perante mais este "caso" de escandalosa negligência relativamente à defesa do interesse público, só pode, pois, na circunstância vertente, ser do tipo: "Para onde transitará em breve na suculenta lista dos privilegiados do regime o actual titular da tal Entidade que devia regular e não regula, preenchendo, desse modo, os requisitos básicos para... prémio?

É que, neste caso, estamos perante uma auspiciosa versão-boy da "estória" da pescada, que antes de ser já o era: é que se essa característica é precisamente um dos aspectos que permite identificar um bom número de "boys" de modo a inclui-los numa única categoria de gente, já repararam como se chama o homem?

É que este, além de preencher... os "tais requisitos essenciais", dispõe, "par dessus le marché", de um atributo verdadeiramente premonitório, ou seja, de uma qualificação autenticamente extra-extra-extra: é que este, além de Luís, como os reis de França, para poupar tempo e feitio, nasceu logo já... patrão...


[Imagem extraída com a devida vénia de trekp-dot-com]

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