A adolescência é um "lugar de paixões", um "sítio de Deus".
Ou de deuses.
Os meus (os meus deuses) foram, a dado passo, além dos que noutros lugares evoco, o Mel Ferrer (o príncipe Andrei Bolkonski da "Guerra e Paz" do Vidor e essa imaterial Audrey Hepburn que, para mim, encarnava (se de "carne" se pode falar a propósito dela...) um ideal absoluto de mulher. Durante anos, odiei o Gassmann por tê-la "desencaminhado" no filme, numa altura em que "dar um mau passo", não só na Rússia czarista mas também por cá, no Portugal dos pequeninos salazarista, equivalia à morte moral absoluta, definitiva...
"Sedotta e abandonata" e coisas do género: o Intendente (ali tão perto!) estava cheio de existencialmente trágicos "aftermaths" de "casos" como o da Natasha e do Anatole...
Ah e também cheguei, confesso, a nutrir uma paixãozeca razoável pela Anita Ekberg que também entrava no filme e me fazia irresistivelmente lembrar uma prima minha chamada "Nela" que por diversas razões me fascinava...
O "Lys" aqui já desactivado como cinema
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