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"Help!"
Estive a ouvir as notícias e cheguei a uma conclusão: isto, bem vistas as coisas, só há uma palavra de ordem que nos liga (e pode objectivamente mobilizar!) a todos, hoje, em Portugal.
[No Portugal "sucático" em vigor, ai, isso, seguramente!...].
[Pausa]
SOCORRO!
3 comentários:
Li o seu comentário no "cantigueiro" sobre Lorca.
Para além de António Machado há outros, muitos mais. Que já foram publicados noutros blogues. Como por exemplo no Cravo de Abril.
Pelo meu já passaram, pelo menos, além destes dois, Miguel Hernandez e Rafael Alberti, por exemplo...
É e eu tenho enorme estima intelectual por qualquer deles mas nutro, de facto, por Machado uma admiração particular.
Comecei a lê-lo na Universidade nas aulas de Língua e Literatura Espanhola, um pouco por acidente e confesso que fiquei imediatamente "agarrado".
Há uma lucidez pungente, desesperada, frequentemente uma angústia (eu diria: corajosamente) disfarçada de sarcasmo mas, sobretudo, essa impiedosa, aceradíssima 'inteligência pessoalíssima da hispanidade' que considero, de facto, única, irrepetível---ou, pelo menos, dificilmente repetível.
Mal me foi possível, andei a percorrer Espanha de Sevilha a Colliure (onde está enterrado) passando por Sória (pelo liceu onde deu aulas e que conserva ainda uma "sala Machado" evocativa, pela "casa" e pelo célebre olmo---uma simpática e carinhosa falsificação de um devotado livreiro machadiano local) numa 'peregrinação' que, aliás, repeti, noutro momento, com Lorca errando de Granada (Fuentevaqueros) a Víznar onde foi assassinado e onde estarão ainda os ossos, numa vala comum, num lugar que hoje é... parque de merendas.
Voltando um pouco atrás: é claro que não discrimino mas Machado (como Lorca, aliás e Ungaretti, em Itália ou Eugénio e Herberto, entre nós entre tantos outros) é, de facto, para mim, pelo menos, um "caso".
Gostei de "vê-la" por cá, Maria!
Volte sempre que queira e traga as suas sempre bem vindas vivências de todo o tipo.
Continuando:
Aliás, eu próprio sou António Machado: Carlos ANTÓNIO de Carvalho MACHADO Acabado...
Escrevi com este "demi-nom-de-plume" (por razões óbvias...) na "Seara Nova", antes do 25 de Abril algumas coisas.
Curiosamente, eu que sou há muito "machadista praticante", descobri, um dia, já nos anos '80, em frente ao antigo Éden Teatro um minúsculo alfarrabista volante em cuja banca havia um livro ("Homo Ludicus", 1º volume) onde achei um curiosíssimo texto de 'António Machado' sobre sociologia do Desporto.
Encantado (perplexo por Machado ter alguma coisa sobre esse tema) comprei-o e fui-o lendo no eléctrico.
Boquiaberto fui-me dando conta de que já tinha lido aquilo em algum lado, antes.
Por mais voltas que desse à cabeça, não conseguia lembrar-me do sítio onde lera aquilo até que, de repente, se me fez luz no espírito: AQUELE 'ANTÓNIO MACHADO' ERA EU PRÓPRIO!!
A editoria "Compêndio" antologiou-me sem me "dar cavaco" (fez-me, aliás, cinco anos mais velho, na "biografia") e pronto!
Fiquei, como é natural, lisongeadíssimo (EU, ali, ao lado de Garrett e Pessoa, por exemplo!) e divertidíssimo, também...
É mais uma coisa a ligar-me ao grande António, meu homónimo de génio!
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