...Ou "Grazy" como lhe chamava o meu Tio Jack!
Da minha Tia "Grazy" (uma alentejana de Moura a quem a vida pregou uma partida terrível transplantando-a quase sem escala das planícies escaldantes do Sul europeu--do "meu Alentejo", como cantava, como só ele sabia, o Piçarra---para a blitz londrina onde lhe morreu um filho, aliás) guardo várias memórias invulgarmente ternas entre as quais destaco um riso literalmente "de vidro" ou "de cristal" que ainda hoje me parece ouvir, retinindo-me alegremente nos tímpanos; um feitio em muitos aspectos semelhante, de resto, ao meu, assim tipo "parte-se-uma-perna-canta-se-uma-canção-e-a-coisa-fica-logo-metade-resolvida"...) e de uma vez que me levou ao cinema, ao Império, ver "A Desaparecida" do Ford.
Eu re/vejo muitas vezes o filme (para aí umas três ou quatro por ano...) mas sempre que o faço, digo baixinho um "olá!" muito especial à memória da minha Tia e ela, lá de onde está, responde-me sempre com outro.
É uma coisa maravilhosa ter uma Tia assim---que nos responde lá de tão longe quando a saudade aperta e a memória nos impele a visitá-la, mesmo que tenha de ser apenas em saudade e ternura!...
Recordo-a (e homenageio-a) aqui (é a da esquerda, em pé, ao lado da minha Avó Elvira) numa fotografia muuuuuuuuito antiga que não lhe faz, aliás, justiça alguma: por ser demasiado pequena mas, sobretudo, por ser muda. Se as pudessem ouvir rir, à fotografia à minha Tia, perceberiam o que eu quero dizer...
Paz à sua alma!
E, oh Tia, guarde "lá" um lugarzinho para mim que já não deve faltar muito para eu dar "aí" um saltinho a vê-la...
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