sábado, 11 de outubro de 2008

"À Carl Sandburg..."

Carl Sandburg é, desde há muito, um dos meus homens de letras favoritos. Escritor profundamente imaginativo, inovador ousado da escrita poética é autor de textos que o saudoso O'Neill traduziu, um dia, para português. Logo que se "encaixe" no espírito deliberadamente des-ordenado deste "Diário" voltarei a ele e a uma abordagem merecidíssima da sua estimulante Obra. Para já fica no que gostaria de poder acreditar é um pouco o 'registo' sandburgueano um texto meu, escrito, também ele, há muito e que evoco, aqui, a propósito do cerco (propagandítico e agora também legislativo) feito a um certo partido político que nem me atrevo a nomear...
"Pronto", disse o cientista, esfregando as mãos de contente. "Consegui, por fim, sintetizar o princípio activo que pode dar um contributo decisivo para que se extingam definitivamente as dezenas de povos índios estabelecidos desde sempre nas terras ricas em petróleo e diamantes de S. O mais difícil está feito! Agora é só demonstrar cientificamente que os povos índios estavam condenados a extinguir-se naturalmente neste início de século!..."


Como gostava de dizer um saudoso professor meu de Física da "velha" Luís de Camões, o Coronel Ramos e Silva, sempre que nos lembrava as atribulações de final-de-ano: "À bon entendeur..."

Também este texto é para "bons entendeurs"...

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