Tive a sorte de, em criança, quando as mães mandavam os merninos como eu [quando podiam! Quando era possível] mandá-los jogar à bola para a rua, tendo especial cuidado com o polícia porque carros mesmo a dois passos da Almirante Reis e da Baixa eram tipo rua do-lá-vem-um; nessa fase da vida em que se jogava à biola na rua, que era das pessoas e não dos carros, com as pessoas a enfeitar, como hoje tive a sorte, dizia, de ter uma família onde a leilitura era uma prátiica e um prazer diários. Tive especialmente a fortuna de ter um tio, irmão da minha mãe, formado em Germânicas que foi o meu modelo, desde o curso e da profissão [professor de Inglês, algo que, por causa disso, sempre quis ser e nunca tive dúvidas de que viria a sê-lo!] à propriedade de uma biblioteca [que, desde a juventude tenho vindo a constituir eu próprio] onde se encafuava para ler, obviamente, e ouvir ópera.
Era um tio que me emprestava livros--aqueles que eu próprio não tinha dinheiro para adquirir: Eça, Camilo, o descafeinado "Júluio Dinis, , Junqueiro [quanto eu gostava do Junqueiro e dios seus truculentos arroubos iconoclastas que tanto me marcaram pela vida fora!] Soares de Passos cujo "Noivado do Sepulcro, a minha avó cantava, com uma melodia suturna a condizer com o conteúdo do próprio poema! Mas entre os livros emprestados figuravam tambném uns deliciosoamente arcaicos "Almanaques Betrand" pelos quais, devo dizer, se formou, por sua vez, o meu gosto em matéria de humor. Havia lá cavalheiros de casaca, senhoras de vestido até aos pés et al gente estranha que contava ou simplesmente protagonizava "estórias" fabulosamente divertidas, algumas das quais pela sua natureza 'picante' me escapavam mas que, ainda assim, me deslumbravam. E falo em sentido literal, ham?! Havia uma, então, que nunca mais esqueci e que me acode mesmo regularmente ao espírito desde que fomos todos, como país, amaldiçoados com uma praga chamada "socialismo democrático" ou "de rostio humano", como dizia "o outro" [o que nos meteu nesta imensa e dispensável alhada de uma "europa" onde nunca passámos da 2ª divisão ou "liga dos últimos"]. Era o caso de um pobrezinho, criança ainda, pernitas escanzeladas enfiadas em calções rasgados como saído de um desenho do Stuart ou de um romance do Dickens [que também li, na altura] que dizia a um familiar: "Pai! Carne assada é tão bom!!" E o outro, tipo famélico de operário da Revolução Industrial inglesa [muitas destas anedotas eram extraídas do velho "Punch", se bem me lembro...] intrigado: "Por quê, filho? Já comeste?" "Não!" respondia com triunfal , típica , infantil candura o inocente, "mas já vi comer!" Recordo-me sempre da imagem de patética miséria doas bonecoas do "Bertrand" e da frase que podia ser irónica e sarcástica mas que, na circunstância, era apenas inocente, quando me falam de "europas", "efe-éme-is" e das lorpas "socratices" que se sucederam, nessa matéria às não menos lorpas "soarices" de outros tempo. "A Europa é tão bom!" "Por quê? Vocês, portugueses, fazem parte dela?" Não! Mas já vimos fazer!"
Pergunto eu: Querem melhor retrato da saloíce nacional na sua versão-largo do Rato, para nosso mal, ainda em vigor?
Era um tio que me emprestava livros--aqueles que eu próprio não tinha dinheiro para adquirir: Eça, Camilo, o descafeinado "Júluio Dinis, , Junqueiro [quanto eu gostava do Junqueiro e dios seus truculentos arroubos iconoclastas que tanto me marcaram pela vida fora!] Soares de Passos cujo "Noivado do Sepulcro, a minha avó cantava, com uma melodia suturna a condizer com o conteúdo do próprio poema! Mas entre os livros emprestados figuravam tambném uns deliciosoamente arcaicos "Almanaques Betrand" pelos quais, devo dizer, se formou, por sua vez, o meu gosto em matéria de humor. Havia lá cavalheiros de casaca, senhoras de vestido até aos pés et al gente estranha que contava ou simplesmente protagonizava "estórias" fabulosamente divertidas, algumas das quais pela sua natureza 'picante' me escapavam mas que, ainda assim, me deslumbravam. E falo em sentido literal, ham?! Havia uma, então, que nunca mais esqueci e que me acode mesmo regularmente ao espírito desde que fomos todos, como país, amaldiçoados com uma praga chamada "socialismo democrático" ou "de rostio humano", como dizia "o outro" [o que nos meteu nesta imensa e dispensável alhada de uma "europa" onde nunca passámos da 2ª divisão ou "liga dos últimos"]. Era o caso de um pobrezinho, criança ainda, pernitas escanzeladas enfiadas em calções rasgados como saído de um desenho do Stuart ou de um romance do Dickens [que também li, na altura] que dizia a um familiar: "Pai! Carne assada é tão bom!!" E o outro, tipo famélico de operário da Revolução Industrial inglesa [muitas destas anedotas eram extraídas do velho "Punch", se bem me lembro...] intrigado: "Por quê, filho? Já comeste?" "Não!" respondia com triunfal , típica , infantil candura o inocente, "mas já vi comer!" Recordo-me sempre da imagem de patética miséria doas bonecoas do "Bertrand" e da frase que podia ser irónica e sarcástica mas que, na circunstância, era apenas inocente, quando me falam de "europas", "efe-éme-is" e das lorpas "socratices" que se sucederam, nessa matéria às não menos lorpas "soarices" de outros tempo. "A Europa é tão bom!" "Por quê? Vocês, portugueses, fazem parte dela?" Não! Mas já vimos fazer!"
Pergunto eu: Querem melhor retrato da saloíce nacional na sua versão-largo do Rato, para nosso mal, ainda em vigor?
[Imagem extraída com a devida vénia de history-dot-powys-dot-org-dot-uk]
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2 comentários:
Esta "Europa" francamente acho que já não tem ponta por onde se pegue... Para mim não há qualquer interesse de os países da "Liga dos Campeões" quererem a subida da "2ª divisão" de alguns países. Basta vermos o que acontece já há mais de uma ano com a Gréia e a estagnação da sua economia desde as medidas do FMI. Aqui deverá ser ainda pior em relação a isso e se fosse em Espanha seria um desastre. Tenho a convicção de que actualmente se está a viver uma nova situação de colonialismo por parte dos países líderes que através do Banco Central e da especulação
feita nos mercados estão a sugar os nossos impostos para o pagamento de uma dívida que todos têem mas só alguns é que obrigados a pagar com a vergonhosa colaboração do Governo e Presidente (outra coisa não era de esperar vindo de quem vem) além dos partidos de direita que foram negociar com a troika.
Mas em relação aos partidos de esquerda PC e Bloco não estou de acordo que queiram uma negociação da dívida, aliás da Esquerda penso que a posição mais correcta foi a defendida por Garcia Pereira de que deviam ter a tal reunião mas para manifestar o desagrado com a presença das instituições em Portugal já que se tratava de intromissão num Estado sobreano com o Governo próprio.Há outra posição semelhante de um dirigente penso que da FER que estando inserida no BE discorda dessa posição do partido e acho que com razão. Inicilamente o Bloco tinha uma posição contra o FMI e agora talvez por motivos eleitorais defende a negociação do juro da dívida.
Falando agora de um assunto que nada tem a ver com o texto, fiquei muito desiludido com dois actores que considero serem dos melhores que há actualmente por participarem no programa "O último a sair", casos do Gonçalo Waddington e do Miguel Guilherme que o apresenta.
Terá a nossa Cultura batido já no fundo para que estes valores façam parte do programa por questões financeiras só pode, um reality-show para concorrer com os concursos do género dos canais privados que devia ser proibido de passar na televisão Pública, mas já estaremos assim tão mal?
Que vivemos hoje tempos de "endocolonialismo" "europeu" parece-me uma evidência dificilmente ignorável.
Trata-se de um estado de coisas em que os países ditos 'periféricos' ocupam hoje o lugar das antigas colónias, no sentido em que os grandes interesses geo-económicos e geo-políticos conseguiram já através de uma legislação específica, desactivar os diversos aparelhos produtivos, de modo a conseguir que os referidos "periféricos" possam no contexto das novas formas pós-coloniais de divisão internacional do trabalho, agir como fornecedores de matérias-primas e dócil mercado. Há, a meu ver, uma recorporativização, agora "democrática", das sociedades de que o "fascismo caviar" à la Passos-Portas que se anuncia, caracterizado pelo amarrar da política a objectivos economicistas muito específicos e desiguais representa um sinal profundamente inquietante de que o eleitorado só agoora vai dar-se conta.
Concordo igualmente consigo sobre aquele outro ponto envolvendo o Bloco de Esquerda. a grande teagédia dos partidos de Esquerda é hoje, mais do que nunca, como digo noutro lugar, o de tetrem aceite funcionar como uma das bandas do casaco capitalista-liberal que tão bem serve a essa "Europa" decretada de Berlim via Bruxelas...
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