O titular deste blogue pretende tornar pública a expressão veemente da sua total e sempre activa solidariedade para com toda e qualquer manifestação de rejeição da política orçamental do governo português que, mais uma vez, faz assentar o peso maior do que chama o "combate ao défice" resultante de erros e vícios sucessivos de um regime estruturalmente injusto e, por definição, económica, social e politicamente disfuncional---o capitalismo neo-liberal de que o governo vigente representa a expressão alegadamente humanizada e muito supostamente "de esquerda"---nas classes e sectores sociais que já eram, antes das medidas ora tomadas, os mais sacrificados e os mais penalizados pelo funcionamento normal do próprio sistema.
Um sistema que as referidas medidas de "combate" nada fazem para sanear e tornar histórica, social, económica e politicamente mais humano e mais tolerável antes pelo contrário, como acabo de dizer: enquanto, com efeito, as classes económica e socialmente mais sofredoras da sociedade portuguesa se mantiverem no gozo de um só que seja do conjunto de direitos que tanto lhe custaram a alcançar [muitos apenas surgidos graças ao 25 de Abril] e estes continuarem, como até aqui, a ser, uma a um, apropriados unilateralmente pelo poder e usados como moeda de troca na remediação puramente imediatista e meramente casuística, pontual, das várias disfunções geradas pelo sistema, este, em vez de, como é desejável [e até, em mais de um sentido, inevitável] dar lugar a um outro, essencialmente norteado pela consideração e defesa do interesse legítimo dos indivíduos e das sociedades por eles formadas pode, pelo contrário, à revelia desse mesmo legítimo interesse, ir sobrevivendo e continuando impunemente a gerar as injustiças e as perversidades de toda a ordem [de que as actuais medidas são mais um exemplo e um exemplo bem preocupante!] que constituem a sua expressão económica, social, política e, em geral, histórica inevitável e normal.
Um sistema que as referidas medidas de "combate" nada fazem para sanear e tornar histórica, social, económica e politicamente mais humano e mais tolerável antes pelo contrário, como acabo de dizer: enquanto, com efeito, as classes económica e socialmente mais sofredoras da sociedade portuguesa se mantiverem no gozo de um só que seja do conjunto de direitos que tanto lhe custaram a alcançar [muitos apenas surgidos graças ao 25 de Abril] e estes continuarem, como até aqui, a ser, uma a um, apropriados unilateralmente pelo poder e usados como moeda de troca na remediação puramente imediatista e meramente casuística, pontual, das várias disfunções geradas pelo sistema, este, em vez de, como é desejável [e até, em mais de um sentido, inevitável] dar lugar a um outro, essencialmente norteado pela consideração e defesa do interesse legítimo dos indivíduos e das sociedades por eles formadas pode, pelo contrário, à revelia desse mesmo legítimo interesse, ir sobrevivendo e continuando impunemente a gerar as injustiças e as perversidades de toda a ordem [de que as actuais medidas são mais um exemplo e um exemplo bem preocupante!] que constituem a sua expressão económica, social, política e, em geral, histórica inevitável e normal.
[Imagem ilustrativa extraída com a devida vénia de albforumi-dot-com]
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