Uma ideia ou princípio básicos que venho, há muito, argumentando e que constitui, assumidamente, um dos pontos essenciais do modo como abordo a realidade, em geral e especificamente a História é a de que um 'bom' conceito de "Civilização" deve assentar sempre num iguamente bom plano de "culturalização" e de "cultualização" da informação que chega à consciência "vinda da" Natureza.
Vinda da própria realidade como tal, portanto.
Uma 'boa' civilização é, neste quadro, aquela que, de episteme, em última [que, tratando-swe de um posicionamento de episteme, a primeira!] instância, "regressa---sempre!---críticamente" à realidade [à Natureza, desde logo]; a que assume, cumulativamente, perante aquela nas suas várias formas uma atitude cognoscente [e activa] humilde e tão despida de pré-juízos quanto o permite o próprio modo como 'opera cognicionalmente' em condições próprias e naturais a consciência humana e, portanto, a que consegue com maior exactidão, eficácia e rigor chamemos-lhee metodológico, obter uma 'tradução operativa' consistente e competente da "Natureza" em "Cultura".
Da "Natureza" como matéria-prima a [o termo é mau mas é o que uso geralmente nas reflexões que sobre a matéria faço] a ser "desmodelada" numa "Cultura" final: num paradigma, num modelo qualquer teórico---teoricamente sustentável---de "cultura" e de "civilização.
Fala-se hoje muito em "sociedade do Conhecimento" a propósito daquela em que vivemos e que, pelas razões que aponmto, "tem [como dizer?] tudo para não sê-lo".
Exactamente porque, no modelo de "cultura" seguido, em geral, no 'Ocidente' se partiu de episteme do posicionamento teórico errado---que foi o de privatizar nuclearmente a "cultura" privatizando e convertendo numa espécie de "capital original" ou de "capital-mãe", como forma determinante de organização da máquina social institucional [económica, social, etc.] básica não apenas o conhecimento como,sobretudo, as formas básicas efectivas de obtê-lo e gerá-lo.
Um aspecto onde se pode, a meu ver, perceber com muita clareza como e onde "se enganaram" na via que escolheram para a "cultu(r)alização"---para se "civilizarem"---as sociedades que vieram dar as sociedades "democapitalistas" ocidentais ["where they went wrong"] está configurada no que chamo a "questão da propriedade".
De facto, ao privatizarem-na, as sociedades ainda ditas 'primitivas' mas cuja organização essencial assenta, no essencial, já na sedentarização das suas formas de existência grupal não souberam ver [era provavelmente impossível que pudessem ver, por razões que são, de resto, por diversos motivos, óbvias] como operava estruturalmente a "propriedade", i.e. as formas móveis e operativas que dela circulavam entre os indivíduos e as comunidades não-conscienciados ou não-conscienciais, na sua relação com a 'Vida' em geral.
Com aquilo que, à falta de uma terminologia pré-existente e rigorosa chamo a "Bios" ou a "vitacionalidade" e/ou a "dinâmica vitacional" como grande sistema orgânico global.
Na natureza, chamemos-lhe 'original', i.e. pré-consciencial, não-mediada, ainda, pela intervenção nuclear da "consciência" [cuja "gravidade cognoscente" específica, veio, com efeito, inteferir---e secundarizar definifinitivamente---os modelos básicos de "vitação" ou de "vitacionalidade" já existentes, a propriedade não se prende estruturalmente aos indivíduos e/ou aos grupos mais ou menos estáveis e funcionais por eles formados mas à própria função que eles originalmente desempenhavam que era, na essência, a de "existir".
O processo de "individuação funcional" original, com efeito, tinha essa lógica e esse fundamento básicos: o de operativizar ulteriormente a função básica da matéria que é "ser".
[Pessoalmente, prefiro expressar-me deste modor: recorrendo à expressão alternativa "esser" termo no qual vejo muito mais objectividade e rigor do que na expresão, incomparavelmente mais argumentativa e interpretativa "ser".
Na minha semântica pessoal, "ser" representa, pois, já um ponto de vista "consciencial" e, portanto, de uma forma ou de outra, secundário e crítico sobre o "esser" que configura, por seu turno, na essência, uma espécie de "objecto natural em si" com o qual se defronta a "consciência" para gerar, então sim, o "conceito abstracto" ou o "juízo" de um modo ou de outro, "teórico" envolvido no termo "ser"].
Voltando, porém, ao ponto onde nos encontrávamos antes do parênteses: é preciso dizer que eu vejo o fundamento efectivo , a verdadeira "explicação" da realidade---a chave que permite "entendê-la" e à sua lógica operativa"---na dissipação ou des-integração contínua básica da matéria.
Se a realidade e a matéria tal como as "conhecemos" [ou julgamos conhecer; ou julgam conhecê-la as nossas ciências humanas] se originou num ponto mais ou menos teórico original que veio, em seguida, a matericizar-se e expandir-se de forma contínua, dissipando-se, a conclusão teórica só pode ser a de que a essência última ou "explicação" efectiva do real não é sdeja-me permitida a liberdade de exprimir-me deste modo sinntaticamente bizarro...] dirigir-se para um "futuro" de facto, em si mesmo inexistente ou "in-existível" a não ser nma forma secundária num certo sentido, puramente teórica de 'ideia' e/ou 'conceito' "puros" [isto é, imprevisível no próprio modo como se des/estrutura e des/organiza a realidade, logo a partir da maneira como se forma e se des/organiza e des/estrutura, na base, a própria matéria como tal] mas vir de um passado que é, assim, de algum modo o verdadeiro futuro do real, o verdadeiro futuro de quanto "existe".
[Pessoalmente, devo dizer que me permito mesmo falar de uma "propriedade continuacional básica e pura" da matéria em geral que conceptualizo como uma desmodelação da própria dinâmica expansional subjacente ao funcionamento específico e particular da realidade, existente na base e como fundamento ou chave última desta---"propruiedsade essa de onde se gera, por exemplo, a nossa "impressão" ou "hipótese teórica" puramente "secundária", de "causalidade", desde logo].
"realicidade"
ões de ão
] de e que, por conseguinte, ]
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