Profissão de fé
Detesto [abomino!] tão incondicional quanto instintivamente, confesso—sempre abominei de modo verdadeiramente visceral e intuitivo—essa espécie de estalinismo esbranquiçado de direita; de autismo [ou de “cruzadismo”<"Cruzada"] intolerante e sonso, apenas decorativamente piedoso; estéril; víscido, retoricamente mole e moralmente espapaçado, peganhento; pendente [como os testículos inférteis dos auto/castrados e dos impotentes por opção de vida ou por inata vocação]; delambido, ínvio, tortuosamente farisaico e mal-disfarçadamente 'maricas'—esse 'despotismo instintivo e profissional' de perigosa criatividade [e ferocíssima intolerância!] a que alguns se obstinam, ainda hoje, em chamar “virtude” e eu a própria estupidez em estado natural e [im] puro, 'traduzida literalmente para crueldade' e erigida, por fim, triunfalmente, em modo ou “programa” definitivo [sempre obsessivamente impositivo: im-positivo!...] de vida, cada vez mais obstinado em contaminar [em infectar e violar! ] a esfera mais íntima e privada de cada um de nós, se [mesmo por brevíssimos instantes apenas!...] nos distraimos, “nos enganamos com seu ar sisudo” e caimos na suprema [invariavelmente fatal!...] esparrela de “lhe franquear as portas à chegada”, como escreveu o Poeta...
E não digo mais nada que o meu tio padre ainda me deserda...
[Imagem extraída com a devida vénia de proudatheists.wordpress: "hony soit..."]
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