Matinée dedicada aos famosíssimos "Bonecos de Sto. Aleixo", em Évora, manipulados pela "rapaziada" do Cendrev.
Tinha sobre eles--sobre os "Bonecos", claro--a informação de que eram "engraçados" e "populares".
Tenho, agora que os vi, outra--muito mais fidedigna e sentida: são, sim, uma verdadeira maravilha!
Um modelo de ingenuidade pícara, uma festa para todos os sentidos--incluindo alguns criados no momento para o efeito deslumbrante de fruir daquele borbulhante espectáculo de singelíssimas travessuras--físicas mas também (e num certo sentido muito específico, sobretudo) verbais.
Um regresso à inocência, candidamente maliciosa (ou maliciosamente cândida) da infância--de todas as infâncias pela "mão" infinitamente engenhosa e sanguínea, vital, do espumante linguajar alentejano, uma das grandes figuras (senão mesmo uma das principais 'personagens'...) do fabuloso espectáculo...
Na sala, adultos e crianças partilharam deliciados durante cerca de uma hora/uma hora e tal a festa deslumbrante da energia bruscamente libertada de indesejáveis peias e de todo o tipo de entraves à pura espontaneidade copiada escrupulosamente da própria vida.
Se tivesse de descrever através de um único termo o que vi e ouvi e saboreei inimaginavelmente deleitado durante a hora-e-tal do espectáculo, creio que não precisaria de muito tempo para achar a expressão perfeita para a ele me referir: um verdadeiro presente de... Reis!
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