quinta-feira, 28 de abril de 2011

"A Crise Portuguesa" [reblogado do Facebook]




O sociólogo e filosofo francês, Jaques Amaury, professor na Universidade de Estrasburgo, publicou recentemente um estudo sobre "A crise Portuguesa". Aqui fica um cheirinho e.... que cheiro...

"Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrar crescentes tensões e consequentes convulsões sociais.

Importa em primeiro lugar averiguar as causas. Devem - se sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela CE para o esforço de adesão e adaptação às exigências da união.

Foi o país onde mais a CE investiu "per capita" e o que menos proveito retirou. Não se actualizou, não melhorou as classes laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou a esmo actividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo.

Os dinheiros foram encaminhados para auto estradas, estádios de futebol, constituição de centenas de instituições publico - privadas, fundações e institutos, de duvidosa utilidade, auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício, pagamento a agricultores para deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações, apoios estrategicamente endereçados a elementos ou a próximos deles, nos principais partidos, elevados vencimentos nas classes superiores da administração publica, o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na Banca, na especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção especialmente persecutória junto dos pequenos comerciantes e população mais pobre.

A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram, já que os partidos cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam, transformando - se num enorme peso bruto e parasitário. Assim, a monstruosa Função Publica, ao lado da classe dos professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas dispendiosas e caducas, tornaram - se não uma solução, mas um factor de peso nos problemas do país.

Não existe partido de centro já que as diferenças são apenas de retórica, entre o PS (Partido Socialista) que está no Governo e o PSD (Partido Social Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado. Mais à direita, o CDS (Partido Popular), com uma actividade assinalável, mas com telhados de vidro e linguagem publica, diametralmente oposta ao que os seus princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade. À esquerda, o BE (Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma linguagem difícil de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido comunista) vilipendiado pela comunicação social, que o coloca sempre como um perigo latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e portanto longe das realidades actuais.

Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré - fabricada não encontra novos instrumentos.

Contudo, na génese deste beco sem aparente saída, está a impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono, nesse fulcral e determinante aspecto. Mal preparada nos bancos das escolas, no secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema deste pequeno país; as TVs as Rádios e os Jornais, são na sua totalidade, pertença de privados ligados à alta finança, à industria e comercio, à banca e com infiltrações accionistas de vários países.

Ora, é bem de ver que com este caldo, não se pode cozinhar uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o "chefe" recomenda. Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente distância entre ricos e pobres.

A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e Tv oficiais, está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento dos sociais democratas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e calar quem levanta o mínimo problema ou dúvida. A selecção dos gestores, dos directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já descritos e ainda pelos contratos a prazo determinantes para o posto de trabalho enquanto, o afastamento dos jornalistas seniores, a quem é mais difícil formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes, foi notória.

Não há um único meio ao alcance das pessoas mais esclarecidas e por isso, "non gratas" pelo establishment, onde possam dar luz a novas ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da apregoada democracia.

Só uma comunicação não vendida e alienante, pode ajudar a população, a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras, enfim, a ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios."




[Imagem extraída com a devida vénia de duasigrejassatao-dot-blogspot-dot-com]

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Vitorino Magalhães Godinho [1918-2010]



Era uma referência da historiografia nacional, como lhe chamou o "Expresso". Foi, também, um nome maldito durante o antigo regime para quem a História era, sobretudo, um instrumento conveniente e dócil de glorificação e confirmação da natureza supostamente "providencial" do 'regime', natureza essa bem patente no restauro dos painéis de S. Vicente, onde Salazar "aparece" pessoalmente anunciado, como se sabe.

Vitorino de Magalhães Godinho como Sérgio devolveram à História o carácter distanciadamente científico e fenomenologicamente objectivo que a singularíssima historiografia do 'regime' desconheceu por completo.


Um texto de V. Magalhães Godinho transcrito de harmonia do mundo-dot-blogspot-dot-com



A República contra o analfabetismo

«A República nunca foi verdadeiramente aceite por um grupo de privilegiados que se sentia confortável com uma monarquia que era um regime liberal de fachada, mas que ocultava uma coligação de interesses. Isto num país em que a esmagadora maioria da população era analfabeta e sofria uma influência extrema do pároco local. Não estamos a falar da Igreja Católica de hoje, mas da que vivia uma fase de reacção ultramontana.
(...)
A República criou o Instituto Superior Técnico, Escolas Superiores de Comércio e Indústria, Faculdades de Letras (na Universidade de Coimbra substituiu a Faculdade de Teologia por uma de Letras, o que criou, como seria de esperar, muita reacção nos sectores mais conservadores) e desenvolveu um sistema organizado de Ensino Superior.
(...)
No ideário de 1910, Pátria aparece sempre associada a República. Esta é uma forma de Estado, mas é também uma forma de sociedade construída sobre a cidadania e em que o povo tem acesso à civilização moderna, caracterizada pelo espírito científico e pela livre criação artística»

Fonte: Jornal de Letras, Artes e Ideias JL, nº 1044, 6/10/2010.


[Reblogado de Harmonia do Mundo]



terça-feira, 26 de abril de 2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011

"Leopard Man" de Jacques Tourneur






No fim de semana sem Net ["courtesy of" Zon TV CAbo, quwe me vendeu um contrato de Net móvel num sítio onde não chega!...] ocupei-me a re/ver clássicos de cinema em DVD: De suma asentada: "Yellow Sky" de W. Wellman, uma espécie de "Johnnie Guitar" em potência, "Leopard Man" de Tourneur, "Birth of a Nation" de Grifith e, por fim" O Arrependido/"Out of the Past" de Tourneur.



Foi premeditadamente um fim de semana Tourneur.



Claro que "Birth of A Nation" é um clásssico absoluto, um monumento, repugnante como é e tudo---mas confesso que de todos, o meu preferido é o Tourneur com Robert Mitchum e Kirk Douglas, "Out Of The Past", um filme espantoso onde Tourneur capta muito bem uma certas atmosfera "negra", muito Raymond Chandler ou James Cain e lhe confere uma expressão plástico muito pessoal jogando magistralmente com a analogia noite/angústia, algo que desenvolve com irrecusávem maestria no cinematograficamente menos considerável "The Leopard Man", um filme onde Tourneur se revela algo convencional em termos de conteúdo latente: a luta do Bem contra o Mal mas inovador exaxctamente no modo como usa ss ferramentas do cinema, concretamente a iluminação, as sombras a fim de conferir expressão visual e especificamente plástica aos conceitos sobre os quaisios trabalha.


Não sendo um filme extraordinário, "Leopard Man" é um objecto cinematográfico interessante que faz lembrar Henry James e "The Turn Of the Screw" no sentido em que para sugerir o medo recorre sistematicamente ao vazio, neste caso, à sombra sobre a qual cada um é livre de projectar os seus próprios fantasmas e terrores pessoais, 'entrando' desse modo ssubtil, um pouco mais no próprio filme.


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Incompl.

"I Am Legend", adaptação cinematográfica de uma novela de Richard Matheson, uma alegoria da solidão e da hostilidade urbanas modernas.






Estou correntemente a escrever um texto onde me debruço sobre o que entendo poder ser um novo 'genre' cinematográfico a que chamei "caopic" ou seja, uma mistura de "epic" e de "caos". Trata-se a meu ver, de um tipo de narrativa à clef que utiliza formas aparentemente "inocentes" de quialquer sentido profundo ou conteúdo latente", como diria Freud, para além daquele que é sde forma óbvia o respectivo conteúdo patente.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Benfica...



...e a preparação da nova época!



[Imagem ilustrativa "generosamente cedida" por por abrantes-dot-blogs-dot-sapo-dot-pt]

quarta-feira, 20 de abril de 2011

25 de Abril

A liberdade é uma coisa cada vez mais virtual

[Do Facebook"


Freedom House ha pubblicato il rapporto Freedom on the Net 2011, che illustra lo stato della libertà di espressione in rete a livello globale. Le conclusioni non sono molto diverse da quelle ottenute da Reporters Without Borders nelle ultime due edizioni: «un crescente numero di governi si sta indirizzando verso la regolamentazione o la restrizione della libera circolazione dell’informazione in rete»



Negli stati autoritari, che «stanno bloccando e filtrando in maniera crescente siti associati all’opposizione politica», «obbligando i proprietari di siti a rimuovere contenuti politicamente e socialmente controversi» e «arrestando blogger e utenti che postino informazioni contrarie al punto di vista del governo». Ma anche in paesi più democratici, dove «molestie legali, procedure censorie opache e una maggiore sorveglianza» mettono sempre più a rischio la libera espressione.




Insomma, la tendenza è l’aumento del blocco di contenuti politici (in 15 paesi sui 37 esaminati), e in modo tutt’altro che trasparente; l’intensificazione di cyberattacchi contro i dissidenti;l’aumento dell’intervento statale per rallentare o bloccare l’accesso alla rete, specie nei momenti di sollevazione e rivolta politica.



Questa la mappa dei paesi coinvolti e il loro grado di libertà secondo l’indice di Freedom House:



sexta-feira, 15 de abril de 2011

Nella Morte di Vittorio Arrigoni


Pasquale Di Carlo 15/4 às 20:02 Vittorio Arrigoni L’ASSOCIAZIONE CULTURALE CASA ROSSA CONDIVIDE IL DOLORE DI CHI CON LA MORTE DI VITTORIO ARRIGONI SA DI AVER PERSO UN EROICO COMPAGNO CHE HA DEDICATO E SACRIFICATO LA PROPRIA VITA PER UN POPOLO MARTORIATO, IL POPOLO PALESTINESE. CIAO VITTORIO GRANDE CUORE, GRANDE UOMO.Palestinesi in lutto. Cerimonie ovunque nei Territori, un popolo dice addio a Vittorio I palestinesi di Gaza e della Cisgiordania si uniscono oggi per commemorare Vittorio Arrigoni, l'attivista italiano rapito e ucciso da un gruppo di sedicenti salafiti a Gaza City. Alle 16, come riferiscono dall'International Solidarity Movement, sono previsti due cortei: il primo partirà dalla piazza Al Manara di Ramallah (Cisgiordania) e l'altro dal parco del milite ignoto (Al Jundi al Majhull) a Gaza City. I partecipanti saranno accolti dagli attivisti dell'Ism, la stessa organizzazione in cui militava Arrigoni.Altri eventi sono in programma in tutti i Territori palestinesi, e un corteo spontaneo ha avuto luogo dopo le preghiere del venerdì nelle strade adiacenti al quartier generale dell'Onu di Gaza città. I villaggi di Bil'in e Al Masara hanno dedicato le loro celebrazioni settimanali a Vittorio ( fonte l'Ism ). Comunicato congiunto dei cooperanti italiani in PalestinaSembra di vivere in un incubo. Come spesso succede in Palestina, quando sembra che il peggio sia già accaduto - ci riferiamo all'inspiegabile uccisione di Jiuliano Mer Khamis a Jenin - il limite dell'orrore si sposta ulteriormente in avanti. Esprimiamo tutta la nostra sincera vicinanza alla sua famiglia, ai compagni dell'International Solidarity Movement e a tutti coloro che hanno avuto modo di conoscere Vittorio, soprattutto nel corso degli ultimi anni, in cui nella Striscia di Gaza è stato un costante riferimento per tutti noi.Nel dicembre 2008, unico italiano, decise di rimanere al fianco della popolazione di Gaza durante l'operazione Piombo Fuso, il massacro perpetrato dall'esercito israeliano che ha provocato circa 1.400 morti in meno di un mese. A questo si è aggiunto un lavoro quotidiano di responsabilità e grande umanità, accanto alla popolazione di Gaza, sottoposta alla punizione collettiva e ad un assedio illegale e brutale da parte del governo di Israele. Vittorio si è anche distinto per un eccezionale lavoro di documentazione delle quotidiane violazioni dei diritti umani della popolazione palestinese, oltre alle attività d'interposizione fisica e di accompagnamento dei pescatori e dei contadini di Gaza, impossibilitati a pescare e a lavorare le proprie terre.Oggi in diverse città della Cisgiordania e nella Striscia di Gaza sono in corso manifestazioni pubbliche per ricordare Vittorio e per chiedere che la legalità venga riportata nella Striscia di Gaza, per una giusta pace e per la liberazione della popolazione dal brutale assedio a cui è sottoposta ormai da quattro anni.Siamo accanto ai palestinesi di Gaza e li ringraziamo della commossa solidarietà che ci hanno dimostrano in queste ore, loro prime vittime e spettatori sgomenti dell'accaduto e primi orfani di questa voce che negli ultimi anni è stata la loro voce e la loro piu' diretta testimonianza.Invitiamo l'opinione pubblica a non operare la solita banale equazione, fuorviante e controproducente tra palestinesi, terroristi, islàm e fondamentalismi. Che questo sforzo di comprensione e di analisi dell'accaduto sia anche un segnale di dovuto rispetto alla memoria di Vittorio stesso, che con il suo lavoro di solidarietà incondizionata ha dimostrato come il sentimento di umanità non ammetta discriminazioni legate alle fedi religiose o alle appartenenze culturali e politiche.Facciamo appello alle autorità responsabili nella Striscia di Gaza perché facciano luce sull'accaduto. Ci aspettiamo che la comunità internazionale eserciti pressioni affinchè questa ennesima tragedia non serva a giustificare un ulteriore accanimento sulla popolazione civile di Gaza da parte delle autorità israeliane. Chiediamo anzi che oggi piu' che mai la popolazione di Gaza non venga abbandonata al suo isolamento, vittima inerme delle aggressioni militari, ma anche delle faide interne tra fazioni che assolutamente non la rappresentano. Le Ong italiane continueranno a garantire il loro impegno nella Striscia di Gaza, come fanno ormai da tanti anni, per sostenere le necessità della popolazione, per rafforzare le componenti della società civile impegnata quotidianamente nella difesa della dignità e dei diritti umani, per promuovere i principi della pace e della solidarietà internazionale, come ha fatto Vittorio negli ultimi anni della sua vita. RESTIAMO UMANI.L’ASSOCIAZIONE CULTURALE CASA ROSSA CONDIVIDE IL DOLORE DI CHI CON LA MORTE DI VITTORIO ARRIGONI SA DI AVER PERSO UN EROICO COMPAGNO CHE HA DEDICATO E SACRIFICATO LA PROPRIA VITA PER UN POPOLO MARTORIATO, IL POPOLO PALESTINESE. Da Associazione Culturale CASA ROSSA.


Ripublicato dal Facebook


[Imagem ilustrativa extyraída com a devida vénia de city-data-dot-com

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Se quisermos perceber algo da génese do cristianismo como teoria geral para a realidade [não tanto da realidade, como, sobretudo, diria eu, para ela] torna-se, a meu ver, necessário recorrer a Freud, o Freud de "Totem e Tabu" e ao que a psicanálise diz sobre a mecânica da formação do próprio pensar religioso primitivo, como tal. Para Freud, com efeito, o refetido Freud de "Totem e Tabu", o acto fundador do pensar religioso primitivo consiste na execução do Pai autoritário, ulteriormente devorado pelos respectivos filhos que, desse modo, simbólico, assimilam o próprio poder do assassinado. O cristianismo reinventa, sofisticando-o, este acto fundador, criando todo um temário de natureza cosmogónica e histórica que passa pela morte e ressurreição de Deus/Jesus, assassinado por inimigos e não já pelos seus. Gere, assim a culpa que, segundo Freud sobrevive à execução edípica, convertendo o acto neurotiforme de concelebrar com os outros executantes do crime o próprio acto libertador, num ritual de celebração da vítima idealmente apaziguada por ese mesmo acto redentor que é o sacrifício da missa e, no limite, numa genuina ética para toda a comunidade--uma ética baseada na ideia do clássico "amai-vos uns aos outros" .

Mais: vai ao ponto de des-fazer simbolicamente o próprio crime recorrendo a uma "complexificação significada" da percepção dos ritmos naturais, de acordo com a qual a natureza "morre" no inverno para ciclicamente renascer na primavera, que se acha, a meu ver, na origem do motivo da Ressurreição: o Pai devolvido ulteriormente à vida, no imaginário ritual dos que começaram por executá-lo e devorá-lo.


Tudo isto [a morte do Pai e o banquete totémico que se lhe segue] está, com efeito, ainda hoje muito claro no ritual da missa.


A verdade é que este esforço de abtractização ou terciarização operado pelo criatianismo no motivário religioso ritual se faz, a meu ver, acompanhar de uma caracteística que ainda hoje se mantém e que corresponde a uma certa perda de contacto do ctristianismo com a realidade. D


e facto, perda relativamente aos fundamentoas funmcionais pragmáticos da religião primitiva que faz com que

domingo, 10 de abril de 2011

"Não Aos câes de Guerra!"



“No pediremos perdón por el ataque.


No nos compete a nosotros mejorar la comunicación con los rebeldes.” -Russell Harding, vicecomandante de la OTAN-


Parece que lo de Libia se complica, por la falta de colaboración tanto de los rebeldes como de Gadafi. Los primeros, porque no son la infantería que la OTAN esperaba para seguir sobre tierra el camino que abriesen desde el aire. Ponen mucha voluntad y celebran con entusiasmo las victorias, pero son incapaces de aguantar una plaza conquistada más de una tarde. Y encima, no desaparece el recelo sobre quiénes son los llamados rebeldes.


En cuanto a Gadafi, tampoco está ayudando mucho al éxito de la misión.


Se queja la OTAN de que el libio coloca sus tanques en zonas pobladas, en vez de alinearlos en el desierto para que los aviones puedan practicar el tiro al blanco a placer.


No sabemos si los rebeldes están arrepentidos de haber llamado a la OTAN, pero sí declaran ya su decepción.


Ni les dan las armas esperadas, ni les despejan el terreno lo suficiente, y encima están negociando con el dictador bajo la mesa. Además, la operación no ha puesto fin a los ataques de los leales a Gadafi.


Y para rematar, el fuego amigo, pues distinguir desde el aire a los buenos de los malos siempre es complicado, y pasa lo que pasa.En lo único que se han dado prisa los atacantes extranjeros es en organizar la salida de petróleo de la zona oriental. Oficialmente es para garantizar ingresos a los rebeldes, pero nadie explica cómo se va a comercializar.


Ahora se entiende que se dieran tanta prisa en reconocer a los rebeldes como representantes legítimos de Libia, para evitar la irregularidad que supondría disponer de los recursos de un país soberano.No sabemos cómo saldrá la OTAN de este callejón sin salida.


Tampoco sabemos si Gadafi caerá, le facilitarán una salida digna o le permitirán seguir en el poder, aunque sea con medio país. Por ahora, lo único cierto es que los rebeldes no van a ganar, no como esperaban. Si Gadafi sigue, ellos pierden. Pero si el dictador es expulsado, o si el país se divide y se quedan con la zona oriental, no será por méritos propios sino por la ayuda extranjera, y estarán en deuda con sus salvadores.


Y tengan por seguro que se cobrarán la deuda.Por: Isaac Rosa [no Facebook]


[Imagem ilustrativa "gentilmente cedida" por charroquedaprofundura-dot-blogspot-dot-com]

sexta-feira, 8 de abril de 2011


Uma circunstância que, devo dizer, me interessa especialmente na Bíblia é o modo como ela evidencia a circunstância cosmovisional da péssima relação entre Cristianismo e realidade.

À maneira das formas de religiosidade que a antecederam, incluindo as mais primitivas, a Bíblia é, sobretudo, um tratado sobre como ignorar causal e organizadamente o real.

Não há no discurso bíblico uma teoria da realidade: há uma teoria [ou uma teorização para essa mesma realidade.

A questão da morte, por exemplo. É típico do modo de pensar do homem primitivo [que demonstravelmente o projecta nas representações religiosas que lhe são próprias] tentar intervir sobre o real, apoderando-se dele para negá-lo enquanto objecto, situado para além do desejo tornado, mais ou menos arbitrária e aleatoriamente um logos.

Quando vemos o modo como os egípcios, por exemplo, mas não só. "alimentavam" e "armavam" os seus mortos, percebemos como, para eles, a morte não existia, de facto.

Ora, o que, a meu ver, faz o cristianosmo é admitir implicitamente o mesma inexdistência da morte só que, mais uma vez, como sucedia relativamente ao motif do tabu, sofisticando e complexificando o à sua maneira o motif original.

A Bíblia dá-se, como disse, muito mal com a realidade.

Não nega já a morte daquelas formas cruaas de algumas religiosidades que a antecederam: continuando a dar de comer aos [não] mortos, por exemplo.

Recorre à ideia de milagre para fazê-lo.

Na verdade é um pensamento reconhecivelmente neurótico o que se plasma na miraculogia crística. É a tentativa de subverter, fazendo-o reverter, o curso natural da realidade, isto é recolocando a realidade, à revelia da dimensão tempo, no ponto exacto onde ocorreu uma "crise". Como as crianças que recorrem, muitas vezes, ao expediente do sonho para evitarem aceitar o que ass inquieta e/ou assusta, a Bíblia confere dinmensão cognicional e moral ao próprio delírio.


Como em certas formas tópicas de neurose, verifica-se um virar a cara ao objecto-realidade, e um refazê-lasimbólica ou simbologicamente a posteriori num código autónomo comandado pelo desejo, um código alienado do real, no exacto sentido em que deixa este objectualmente intocado, agindo segundo uma i/lógica caracteristicaamente mágica, sobre imagens suas.

O milagre, tal como o vejo, configura, em última mas real instâsncia, um sintoma da 'neurose organizada' que é o "Conhecimento" mágico-religioso.

Por todo o lado, como sucede no episódio de Marta e Maria achamos sinais desta aversão ao real, que irá fundamentar o dualismo maniqueizante corpo vs. alma que demonstravelmente marcará toda a "civilização moral" do Ocidente.

Na sessão da Casa Fernando Pesssoa, a propósito de Françoise Dolto, falou-se, de forma abundante, no cristianismo como integrador do Eu logo como "cura" em termos especificanmente psicanalíticos. Eu vejo-o muito mais como sintoma e como neurose geradora de sintomas que ele tente reconstituir e a esses sim, reintegrar num discurso que é acima de tudo, como digo, "neurose organizada". Claro que celebrando o triunfo da esperiritualidade o pensar crístico visa reintegrar ou "curar" fornecendo um sentido moral ao seu drama o Eu dividido entre pulsões e opções que o dilaceram. Mas essa suposta "cura" é sempre conseguida com o "empochement" o "pôr entre parênteses" de uma parte substantiva do real, no que ele tem de mais sensível, imediato, próximo e concreto. Na realidade o que se passa é que Deus criou um ser naturalmente inconciliável consigo próprio que está condenado a auto-mutilar-se para se tornar possível


É esta a leitura que faço de algum motivário crístico básico, depois plasmado numa teoria vastíssima de representações culturais laicas que copiam ponto por ponto o discurso e a cosmovisão crísticos. De facto neste, a morte não existe: é um mero argumento ou expediente imaterial, meramente teórico , de Deus, algo insubstantivo e insubstancial de que Deus se serve para testar a própria Criação. Como sucedeu com Cristo na cruz. Não conheço melhotr forma de evidenciar o contencioso entere pensar crístico e a realidade do que a ressurreição, ou seja, a negação total do tempo como lei do real e por conseguinte deste enquanto objecto com "leis" e um funcionamento próprios.

Quando Deus através de de Cristo cura os enfermos e ressuscita os mortos, desiobedece às leis naturais, descaulalizando todo oedifício funcional e funcionante do próprio real enquanto tal:é ainda uma vez, o tal pensar mágico-neurótico impondo o seu peso à realidade, alienando-a de si mesma ao transformar-se um símbolo e/ou ideia de si.

Hegel de em seguida Marx, debruçaram-se classicamente sobre este quadro dialectizante entre objecto e ideia sendo que, à sua maneira, Berkeley e os idealistas se deram conta também do conflito possível de ser gerado entre ambas.


Ilustração "Religion in a Rapidly Changing world/Body and soul", colagem sobre papel de Carlos António Machado Acabado]


Ainda a sessão na Casa Fernando Pessoa sobre a bíblia vista pelos olhares cruzados de teólogos e psicanalistas. Indescritivelmente incómodo! Sala cheia.

Sessão passada numas escadas íngremes de costas para a mesa. Iniciativa estimulante e proveitosa para o trabalho que estou a elaborar, o textro do meu "Portugal Diatópico". Discordâncias várias, porém impossibilidade de manifestá-las pelo incómodo da situação...


Como debater o qwue quer que seja, ir com um interlocutor que se advinha mas se não vê? Discordância: relativa ao motivo de Adão e Eva.


Negado pelo teólogo interveniente a propósito a sua natureza "normativa" e especificamente "moral".


Discordo frontalmente! E a discordância não é só minha. Alguém, na sala, referiu o fundo edipiano do motivo. Em meu entender, Adão e Eva são a tentativa de explicar a dor, de situá-la num percurso em busca do sentido para ela.


Isso é óbvio! Também o defende o teólogo interveniente.


Agora, o que eu acho também é que a Bíblia não é algo historicamente isolasdo e, chamemos-lhe assim: espontâneo. Tal como o vejo o discurso bíblico, surge como a intelectualização de um pensar religioso ou mágico primitivo que ele intelectualiza e sofistica.


O motivo do tabu, por exemplo. O que o texto bíblico faz com Adão e Eva é sofisticar o motivo primitivo do tabu que a tragédia grega, ela própria retoma no motif da hybris.


Em que sentido e com que forma se opera a sofisticação em causa? Num sentido e de uma forma que aponta, diria eu se fosse crente. para a dignificação da ideia de indivíduo, de pessoa--o que representa um passo em frente no sentido da humanização do pensamento religioso. Quando lemos o "Rei Édipo", ficamos com uma ideia muito clara do modo como se [des] articulam entre si, a ideia de acto e de acção, nas teogonias primitivas, digamos assim.


Ou seja, como ao indivíduo é recusado o direito à própria culpa. Édipo, com efeito, não é senhor da sua. O casamento com Jocasta como o parricídio são cometidos na relativa mas real Inocência dos verdadeiros contornos do crime. Claro que há crime! Assassínio e usurpação.


Mas é impossível não ver como Édipo não possui uma imagem total da realidade que lhe possibilitasse uma provável opção moral alternativa, i.e. indo no sentido oposto ao que tomaram os seus actos, praticados na ignorância da verdadeira identidade de ambos os seus comparsas no mito, designadamente da da sua vítima, Laio. Algo de impessoalmente semelhante ocorre no tabu que pode ser violado, desencadeando as mais terríveis consequências, sem que a identidade do violador seja efectivamente relevante.

Ou seja, há nestas formas pré-bíblicas de causalidade objectual com asdmissíveis ou extrapoláveis reflexos no plano "moral", ou, pelo menos ,da responsabilidade humana uma des-pessoalização e uma demonstrável e tópica des-dignificação do papel da acção humana na transformação e, por conseguinte, na construção de realidade.

O que o discurso bíblico, em meu entender, traz é precisamente a dignificação do papel do indivíduo nessa mesma transformação/construção.

Não se trata de dualismo, como foi dito. De ver o homem como um rival de Deus. Trata-se de vê-lo como verdadeira e integral pessoa.

Deus não fez o mundo para si. Fê-lo para o homem. Não faria sentido que continuasse a deliberar por este porque nesse caso, este nunca verdadeiramente existiria. Permaneceria fatalmente como um reflexo ou um eco fragmentar do próprio Deus!

por isso, diria para concluir, creio firme e creio que fundamentadamente na natureza moral do motivo adâmico.


[Na imagem: "Paradise Lost", colasgem sobre papel de Carlos António Machado Acabado]

terça-feira, 5 de abril de 2011

Martin Luther King "I have a dream"

El asesinato de Martin Luther King (4-4-1968) fue un acto de terrorismo de Estado, ejecutado por los servicios secretos de los Estados Unidos, encabezados por J Edgar Hober. King fue una víctima más de la brutal purga de opositores que el régimen capitalista yanqui práctico durante los años 60 (Malcom X, líderes de los Panteras Negras, etc.)Martin Luther King destacó, además de por su lucha contra la disgregación racial, por su ferrea oposición a la guerra de Vietnan y su apoyo a las luchas de los trabajadores (negros y blancos), por sus derechos laborales.La enorme influencia que estaba ejerciendo el Dr. King entre las masas trabajadoras, era algo que la oligarquía gobernante en Estados Unidos no podía permitir. Como dijo un íntimo amigo suyo "King estaba organizando la campaña de la gente pobre y eso era algo que no podían permitir". [Do Facebook enviado por Luisana Medina]
El asesinato de Martin Luther King (4-4-1968) fue un acto de terrorismo de Estado, ejecutado por los servicios secretos de los Estados Unidos, encabezados por J Edgar Hober.

King fue una víctima más de la brutal purga de opositores que el régimen capitalista yanqui práctico durante los años 60 (Malcom X, líderes de los Panteras Negras, etc.)Martin Luther King destacó, además de por su lucha contra la disgregación racial, por su ferrea oposición a la guerra de Vietnan y su apoyo a las luchas de los trabajadores (negros y blancos), por sus derechos laborales.La enorme influencia que estaba ejerciendo el Dr. King entre las masas trabajadoras, era algo que la oligarquía gobernante en Estados Unidos no podía permitir.

Como dijo un íntimo amigo suyo "King estaba organizando la campaña de la gente pobre y eso era algo que no podían permitir".


[Do «FAcebook» enviado por Luisana Medina

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Beckett's "Voidotopy: "En Attendant Godot""




"Hamlet" or "À La Recherche d'Un Langage Commun"


"La Cerisaie" de Tchekov or "the slumber of XiXth century Russian bourgeoisie" ,


Colagens sobre papel impresso de Carlos Machado Acabado
hekov

Domenico Schietti no FAcebook

Domenico Schietti Ciao a tutti, come va?Dopo il bastone, la carota, tendiamo nuovamente la mano al governo mondiale cercando il dialogo, rilanciamo le nostre proposte:Approfondimenti sulle mie 7 proposte al governo mondiale, fate largo, devo parlare!http://www.facebook.com/note.php?note_id=210688788942229Abbiamo il governo mondiale in pugno, abbiamo le prove del complotto globale:Scala reale, le 5 prove del complotto globale: acqua, antiparassitari, cellulosa, fibre tessili ed energia gratis!http://www.facebook.com/note.php?note_id=206868469324261Abbiamo le prove che a Fukushima si tratti di un attentato:Bastava aprire la porta per fare uscire l'idrogeno: Fukushima, attentato NWO, stategia del terrore!http://www.facebook.com/note.php?note_id=208548882489553Siamo pronti a colpire, come vi abbiamo dimostrato inducendo il suicidio ai nuclearisti, spezzando la vita ai leader del governo mondiale, ma siamo anche pronti al dialogo.Grazie dell'attenzione!Domenico Schiettihttp://domenico-schietti.blogspot.com/


[Republicado do Facebook]

domingo, 3 de abril de 2011

"Portugal Diatópico": algumas breves notas sobre a "Tanatopia ou pensar tanatópico nacional"


Do trabalho que tenciono elaborar tendo em vista um possível mestrado suberidinada ao tema da "Tanatopia Nacional", hipoteticamente designado por "Portugal Diatópico", consta um capítulo dedicado à ditadura de Salazar, na qual vejo claramente uma modalidade de fascismo. Não simplesmente de ditaduira política mas especificamente de fascismo. Convém, com efeito, como faz Fernando Piteira dos Santos [*] distinguir entre ambas as circunstâncias ou vategorias do viver comum. A ditadura é claramente um conceito político. Falar de ditadura situa-nos inequivocamente na Política. Mas falar de fascismo naquele sentido históricamente circunscrito que remete para os anos 20 e 30 do século passado é, na realidade, falar de economia.


Ou seja, para se estudar o fenómeno dos fascismos é necesário como faz Álvaro Cunhal quando questiona [e desautoriza!] o método de abordagem histórica dos historiadores burgueses, como Gama Barros e o próprio Al. Herculano, que acusa de possuirem uma visão socialmente redutora da História e das suas dinamias estruturais de natureza económica, social e política [**] a propósito da ascensão da burguesia comercial portuguesa na Idade Média; para estudar o fascismo, dizia, é absolutamente imprescindível em meu entender também, possuir um ângulo de abordagem dialéctico [i.e. não-fenoménico ou casuisticamente "fenomenalizador" da realidade, algo que não escapa, por exemplo, a Palmiro Togliatti ou ao grande Gramsci [***] os quais não se deixaram iludir pela aparência política do fenómeno fascista, fazendo-o, antes remontar do ponto de vista da respectiva génese e essência, a um estádio de desenvolvimento preciso e perfeitamente identificável do capitalismo industrial moderno. Estamos, neste ponto concretamente, perante a "distopia" envolvendo o conceito de [para remeter a uma paráfrase de Luddendorf [****] "capitalismo total" ou "totaler Kapitalismus" uma distopia alimentada pelo grande capital infustrial, ou seja, a projecção [ou a 'contaminação'] da Política por um determinado modo de entender e realizar historicamente a economia--especificamente o paradigma económico piramidal e violentamente expansionista nascido na [e da!] usina industrial saída da revolução industrial inglesa.

Começa aí, aliás, o que chamo o paradigma economocrático contemporâneo, assente na ideia de que existe um paradigma de relações de produção que se fixou firmemente à História [tão firmemente que passou, a dado momento teórico, pelo menos, a identificar-se com ela] paradfigma esse que todas as formas situadas na super-estrutura cultu[r]al do modelo [da Artee à própria Política] são chamadas a forçosa e forçadamente "demonstrar". Trata-se, pois, de usar a Política como um "argumento da Economia" e é por isso, impossível debater o fascismo sem lhe penetrar na estrutura até chegar ao respectivo núcleo que é, volto a insistir, económico e não político. Consiste, de resto nisto mesmo a economocracia: na utilização abusiva e disfuncional [completamente alienada] da Política, convertida, pois, num mero revestimento politiforme in-fixo e in-substantivo das formas de poder económico [económico -financeiro].
Os fascismos surgem a meu historicamente como a tentativa de encontrar na Política os instrumentos capazes de manterem a História económica e social dos povos compltamente imóvel, conferindo a posteriori a essa "ideal" imobolidade, o carácter vinculativo de lei.
O fascismo representa, pois, para as classes desprovidas de poder económico, social e político uma doença--uma infecção---da economia, não exactamente da Política que se deixou, neste contexto, aprisionar e até apropriar pela primeira. É o que perceberam os já referidos Gramsci e Togliatti [*****] e que, pelo contrário, desperceberam muitos dos que intervieram ainda não há muito numa polémica sobre a questão de saber se o salazariasmo e a ditadura foram ou não um fascismo genuíno, polémica em larga mediuda lançada por uma observação de J. Hermano Saraiva que defendia a suingularíssima tese de que Salazar foi um "antifascista" porque asim se terá, a dado passo declarado.


Escreve Togliatti [citado por F. Piteira Santos ******] que "o fascismo é o sistema de reacção integral mais conseqwuente que jamais erxistiu até hoje nos países em que o capitalismo alcançou um certo grau de desenvolvimento. Esta afirmação (...) é motivada pela supressão sistemática total de qualquer forma de organização autónoma das massas".


Em sociedades industrializadas como a alemã e a italiana dos anos 20 do século passado, onde a organização de massas alcançou formas particularmente eficazes e operantes, o fascismo atinge o objectivo em causa de esterilizar a organização autónoma dessas mesmas massas, através do recurso ao direccionamento tutelado da actividade das massas, especialmente [et pour cause...] proletárias.



É este facto que leva, a meu ver, que alguns não reconheçam primeiro ao sidonismo e, em seguida ao salazarismo, essa natureza tópica ou ortoxamente fascista.



Tudo [ou quase tudo] na relação entre o salazarismo e as massas vai, ao contrário do que ocorre com o regime imposto à Itália pelo truculento Mussolini ou pelo fácil demagogo Hitler, no sentido da discrição e do cinzentismo oratório e sócio-político mas isso, corresponde, a meu ver, a um traço essencial da sociedade portuguesa, adaptando-se o projecto do grande capital, sobretudo agrário, nacional a um paradigma de sociedade onde inexistiu sempre até ao século XIX um movimento operário unitário e actuante, devido Ao modo como se organizou economicamente a sociedade portuguesa: fora das grandes unidades industriais, topicamente substituidas por uma rede dispersa onde predominavam os núcleos atesanais dificilmente indutores de formas de intervenção social e de organização política unida e consistente.


O 28 de Maio, efectivamente, porta de entrada histórica [e especificamente política para o salazarismo] vem, como é sabido, pôr forçadamente termo a um período de agitação política resultante dos conflitos entre várias facções republicanas, i.e. ele vem ocorrer numa sociedade cansada de guerras sociais que muita da população não entende de tal modo, são os extractos mais escalrecidos da burguesia republicana quem os desencadeia, não na forma de revolução popular genuína mas muito mais na de golpe ou intentona militares.


É precisamente isso que explica, a meu ver, que o salazarismo chegue ao poder dispensando-se de fazer o que fizerem Mussolini em Itália e especialmente Hitler, na Alemanha: desviar ou ter de "recuperar" para si, ganhando-o à esquerda revolucionária, um movimento operário pré-existente e asctivo.


Ou seja: aquilo a que os líderes nazi-fascistas aspiram, a saber: o ordem social e política nos exactos termos em que a concebe e deseja o grande capital financeiro, vai o salazarismo encontrar de mão beijadsa na medida em que a portuguesa da época é uma sociedade sedente de acalmia social e predisposta a submeter-se a um líder que a assegure ou, no mínimo, a prometa.


Daí, diria eu, não se pôr ao 'regime' a necessidade de "vir para «a rua»", inexistindo no salazarismo esse tipo de movimentação "callejera" que sem dificuldade reconhecemos na Alemanha hitleriana e pré-hiteriana assim como na Itália de Mussolini.


Se nos colocarmos no tal ponto de vista fenoménico ou fenomenalizador que não é o de Gramsci e Togliatti [ou Dimitrov, que também analisou o fascismo sobre ele produzindo reflexões hoje clássicas] tendemos a deixar, como sucedeu com alguns intervenientes na polémica que atrás refiro, envolvendo a [in] admissível natureza fascista do salazarismo, que aspectos realmente circunstanciais como este da [quase] inexistência de movimentos de massas à [erxtrema] direita, como o que na Alemanha foi liderado pelos S.A. de Röhm, nos iludam.


Mais do que a forma circunstancial, está em causa para uma definição ou identificação consistente do fascismo, aquilo que nele é projecto económico-político determinante e profundo, aquilo que nele é programa teórico de articulação entre a Economia e a Política---entre os "deveres# históricos de cada uma delas, um quadro no qual vigora primariamente um conceito perfeitamente reconhecível que poderá ser identificado pelo lema "politica ancillae economiae". A política é uma projecção institucionalizável [mais tarde: institucionalizada no paradigma corporativo] da economia, do modelo de relação vertical-funcional vigente na fábrica cabendo à política a missão primária de conferir feição operativa obrigatória ao referido modelo.


E isso, o salazarismo consegue fazendo-se alfaia funcionante dos grandes interesses agrários que numa sociedade eminentemente rural como a portuguesa representam as forças do capital plutocrático.


A portuguesa é, pois, uma sociedade estruturalmente disponível para a ordem, que não é, ao demagogo necessário pacificar porquanto ela está mentalmente predisposta, ou seja, a aceitar sacrificar uma autonomia de intervenção siocial e política que lhe é, por razões históricas precisas, estranha, à passividade e à percepção da História como uma mera étapa [quasi-sacrificial, em muitos casos] no caminho de uma perfeição que, muito mais do que política é de natureza metafísica e, portanto, essencioalmente contemplativa.


Até um "socialista" como Antero não parece hesitar em discorrer, aliás com característica eloquência poética, num soneto ["Nirvana"] dedicado ao republicaníssimo Guerra Junqueiro sobre "um vácuo tenebroso aberto para além do Universo luminoso" o qual, uma vez atingido pelo "pensamento absorto" faz com que este veja "com tédio [...] tudo quanto fita".


Até um "socialista" pode, pois, colocar-se nessa posição, em meu entender, cultu[r]almente estabilizada e tópica, de situar o horizonte natural do pensamento humano para além da realidade concreta, num ponto nebuloso só atingível pela supressão ou suspensão da vontade , situado para além da própria existência física dos indivíduos.


Mas Antero é apenas um dos escritores e poetas que conferem dignidade intelectual a um modo de abordar a realidade que visa sempre a respectiva superação ou "empochement" não-dialécticos. De facto, toda uma plêiade de ultra-românticos faz gala em existir fora e já para aklém da realidade, numa espécie de «circuito cosmovisional» não apenas não interrompido e não detido pela Morte como até, ao invés purificado por ela que é usada para testar a consistência desse amor perfeitro porque naturalmente desmaterializado.

Possuem esta natureza, por exemplo, os amores, os "noivados do sepulcro" descritos por Soares de Passos em algumas das suas melhores e mais populares poesias, onde a Morte [Thanathos] aparece sinvariavelmente como a entrada iniciática num além-mundo completamente espiritualizado cujos limites [ou ausência deles] ela, como disse, experimenta e testa, sendo daquela a pedra de toque literalmente essencial.




sexta-feira, 1 de abril de 2011

Strategia del terrore: la nave affonda, ognuno salva se stesso, e loro si fregano il malloppo elimin [Do Facebook]


Domenico Schietti 1/4 às 11:51


Ciao a tutti, come va?


Spaventati, terrorizzati? Avete le crisi panico?

Non sapete più cosa pensare?


Guerre, catastrofi nucleari, attentati, profughi, scandali?

Cosa sta succedendo?


La nave affonda, "si salvi chi può", ognuno pensa a salvare se stesso, e intanto loro si fregano il malloppo senza che nessuno li disturbi.


Tutte le ricchezze sono nelle loro mani, tutte le donne finiscono nelle loro mani, tutti fanno quello che decidono loro, nessuno si ribella e tutto procede così da migliaia di anni.


Ordo ab chaos, divide et impera, panem et circensem, il nemico esterno, sono tutti trucchi antichissimi per governare il mondo.


Da migliaia di anni i governi esercitano il potere e sanno tutte le reazioni possibili della gente. Sono stati fatti esperimenti di ogni genere.


Il governo mondiale crea dei desideri collettivi, degli insogni, delle necessità di massa, in modo da poter governare con il consenso orientando facilmente i popoli a proprio piacimento.


Sono trucchi vecchi come il mondo.


Prima danno uno spintone di nascosto ad un popolo poi lo aiutano a rialzarsi guadagnando la sua riconoscenza.Prima lasciano i popoli in povertà così le ragazze sognano tutte il principe azzurro che le liberi dal male, e poi si scopano migliaia di donne per pochi euro e si sposano la preferita scegliendo tra milioni di candidate.


Prima fanno litigare fra loro due fazioni alimentando l'odio, poi quando la situazione precipita intervengono a portare la pace dall'esterno facendo bella figura.Prima instaurano un dittatore che col tempo diventa pazzo e poi intervengono a salvare i popoli dalla follia e dal genocidio speculando sulle armi, la ricostruzione, appropriandosi delle materie prime.


Prima non curano il territorio, poi quando avviene la catastrofe danno i fondi per la ricostruzione speculando sui danni.Prima con la pubblicità creano desideri rozzi materialisti e poi retribuiscono milioni di agenti del sistema che per denaro compiono missioni bastarde, svolgendo qualsiasi mansione anche illecita, pur di avere in cambio denaro per drogarsi, andare con prostitute, accumulare oggetti.E così via, prima lasciano che ci siano ladri e delinquenti di ogni genere, poi intervengono con la polizia, le prigioni e i tribunali salvando i derubati, arrestando i colpevoli, giustificando le spese pubbliche in sicurezza.


E così via.In questa fase il NWO deve instaurare il governo mondiale con il consenso dei popoli e in base al piano delle tre guerre mondiali sta creando crisi progressivi per giustificare la nascita dell'ONU, di istituzioni internazionali, l'esercito mondiale, la polizia mondiale, i tribunali internazionali, le unioni regionali come l'UE, la lega araba, la lega africana.


Però io voglio far riflettere i tecnici che consigliano il potere, ne ho già parlato a lungo, ma ne voglio riparlare ancora.Non è vero che la situazione è sotto controllo, stanno vivendo tutti male, anche i ricchi capitalisti dietro le quinte, i leader dei poteri occulti, e anche le persone più intelligenti.Sarebbe tutto giustificabile se i padroni del mondo vivessero bene e anche i più intelligenti in qualche modo se la riuscissero a cavare bene, ma se vivono tutti male, perde tutto di senso.Non voglio discutere con qualche stronzino capitalista di merda che crede di vivere bene perchè beve champagne, si tromba qualche troia, ha 7 Pagani Zonda e 5 Mercedes Mclaren, e gli sembra di poter fare quello che vuole perchè può soddisfare ogni sua compulsione isterica perdendo gradualmente la coscienza diventando il riflesso degli impulsi del proprio sistema nervoso, una bestia della peggior specie, in balia di tensioni sempre più forti che non riesce più a distendere dovendo ricorrere a droghe, cure riabilitative, dottori, consiglieri.


La vita è un altra cosa, bisogna sapersi elevare, trascendere, compiere imprese, atti coraggiosi, dare un senso alle proprie azioni, costruire un futuro per sè e per gli altri, divertirsi in modo genuino, stare bene, riflettere, istruirsi, conquistarsi sincera riconoscenza dagli altri, amore vero dalle donne, contribuendo a far vivere meglio tutti, lasciando una buona scia dietro di sè.Io voglio discutere del fatto che col terrore alla fine ognuno pensa solo a salvare se stesso e diventano tutti stronzi, egoisti, menefreghisti, opportunisti e i migliori vengono eliminati o si autoeliminano.


Ok, così lo scopo del potere è raggiunto, se ognuno pensa solo a stesso e se ne frega, e svolge mansioni specifiche senza senso in cambio di denaro, nel frattempo chi controlla il mondo può appropriarsi senza ostacoli di tutto, delle materie prime, dei luoghi migliori, delle donne, del futuro, delle anime.Da migliaia di anni i migliori, quelli che amano il nostro pianeta, il genere umano, le donne, i bambini, gli altruisti, gli ecologisti, quelli che guardano oltre se stessi al bene comune, vengono eliminati.Ok avete fatto una razza di idioti così potete procedere indisturbati ad impossessarvi di tutto, ma come si fa a vivere circondati di idioti?


A me sembra meglio procedere con una selezione razziale dove gradualmente si eliminino gli idioti e rimangano solo i migliori in modo che si viva tutti da Dio in maniera intelligente.A me non sembra così meglio vivere in un mondo di idioti devastato dal caos.


A me sembrerebbe che sia meglio vivere in un mondo di persone intelligenti in pace, lavorando, divertendosi, godendo, felici, aiutandosi.Fatemi parlare con sti stronzi che governano il mondo.Non serve manovrare gli insogni della gente per governare con il consenso delle masse senza che nessuno si accorga delle reali intenzioni del governo mondiale.


Serve selezionare persone intelligenti in modo che con il consenso di tutti venga fatta ogni volta la scelta più ragionevole garantendo ad ognuno il massimo della felicità possibile.Invece le persone in gamba da migliaia di anni si rifiutano di vivere in un mondo fatto così, non si riproducono, si isolano, si emarginano, non partecipano e quando si ribellano li torturate, li uccidete, li eliminate.


Non sono d'accordo, fatemi parlare col governo mondiale che gli spiego bene la gravità del problema.Non è più possibile avere un amico, non è più possibile essere amati da una donna, non è più possibile condurre vita contemplativa nella natura, non è più possibile svolgere un lavoro onesto, rimangono solo scelte infelici che generano sofferenza, anche per i leader occulti del mondo e i loro figli. Le scelte sagge vengono represse.


Per rimanere coerenti bisogna arrampicarsi sui vetri a testa in giù bendati o essere degli idioti totali, dei cretini senza speranza, degli opportunisti senza orizzonte temporale, con la coscienza ridotta ad un lumicino della serie che come una gallina in gabbia è sufficiente mangiare, cagare, scopare, ruttare, sedersi comodi, e poco altro.


E' uno schifo, bisogna selezionare i migliori, non i peggiori, fatemi parlare col governo mondiale che vi faccio degli esempi chiari che non posso dire in pubblico per non sminuire troppo la gente che legge.


Non c'è più nessuno che parli con gli spiriti, che riconosca gli odori, che si emozioni, che riconosca in base alle sensazioni una persona, che sappia pescare, cacciare, sopravvivere nell'ambiente naturale, svolgere mansioni pratiche faticose e pericolose, che dia un senso alla propia vita che non termini in se stesso.


Un cane, o un leone, o una gazzella sono mediamente molto più intelligenti di un umano perchè non sono disadattati all'ambiente, sanno orientarsi, sopravvivere, riconoscere le intenzioni, reagire.


Non è possibile vedere cani che portano in giro i loro padroni, cerchiamo di capirci, mentalmente un cane è più forte di un umano medio e lo guida, gli fa fare tutto quello che vuole lui, al punto che ormai è riconosciuto che i cani vivano meglio dei loro padroni.


Quando un bambino va a scegliere un cane, il cane si impossessa della sua mente e lo guida, è più forte un cane di una persona media, gli umani si adattano alle esigenze dei cani e non il contrario.


Fate la strategia del terrore con i cani in modo che facciano tutto quello che vogliono i loro padroni, non con gli umani in modo che poi facciano tutto quello che vogliono i loro cani!Ci sono dei problemi seri, e i primi ad averli siete voi se non vi rendete conto che preferite delle masse sempre più idiote da dover governare con metodi sempre più subdoli perchè sono in preda ad impulsi corporei incontrollabili e non sono in grado di capire niente salvo funzioni specifiche, imparare a memoria, eseguire degli ordini, meno di un cane, meno di un cavallo.


Per una dose di cocaina, per una troia, milioni di persone distruggerebbero il mondo fregandosene degli amici, del bene comune, dei familiari, dell'ambiente.Se oltre metà della popolazione fuma, beve, si impasticca, è sovrappeso, vuol dire che stanno male, non capiscono niente e non sanno fare niente e l'unico modo per manovrarli è prenderli per il culo con la strategia del terrore.


E' evidente, state facendo una selezione razziale al contrario perchè credete che sia meglio un mondo di idioti per poter fare i vostri porci comodi. Ma è meglio selezionare i migliori, quelli che riescono ad elevarsi, a migliorare, ad aiutarsi, a vivere in armonia con l'ambiente, con intenzioni evolutive e che riescono ad essere felici nei limiti delle possibilità umane applicando regole sagge di vita e che mentalmente e fisicamente sono più forti delle altre specie costruendo un mondo degno anche per loro.Invita tutti al nostro gruppo contro il nucleare con l'opzione "suggerisci agli amici" sul lato a destra a questo link




[Imagem extraída com a devida vénia de tamburina-dot-tumblr-dot-com