sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011


Estou a pensar nos neo-"revolucionários" do CDS do PSD e do PS que, depois de terem feito o que puderam para sabotar a sua própria Revolução, se esganiçam, agora, a aopoiar o que entendem ser as das outros. Contra os poderes opressores que ajudaraqm a eternizar-se no poder. Leia-se o "Monde" de 18 de Fevereiro no aetigo "Les Liasons dangereuses entre la France et la Tunisie de Ben Ali". Aí se fala das negociatas entre a família da ministra do trabalho francesa e o autocrata recentemente deposto com o apoio do chamado "Ocidente". Uma desvergonha e uma hipocrisia que agora ameaça fornecer um ensejo para que a Grécia volte a pegar fogo.

Não-hão-de faltar quando o dominó começar a cair peça a peça os guinchinhos histéricos de acusação aos comunistas e aos "militantes anti-globalização" que têm, nestas coisas, como se sabe, as costas bem largas. Acho divertido que quantos internamente apontam o dedo à moção de censura ao governo, acusando-a abrir a porta a um governo de duireita radical dando de barato que é ele que vai surgir sobre os despojos de um dos económica, social e politicamente mais desprezíveis governos que o País já conheceu [e conheceu vários de Salazar e Caetano a Cavaco!]; acho imensamente divertido, dizia, que essa gente apoie hoje as revoltas que surgiram na esteira da tunisina e abra assim, senão a porta, ao menos a ja nela a um poder islamita radical quando não a um contra-ataque diplomático-militar restauracionista norte-americano-judaico com o beneplácito [e o dinheiro] das grandes petrolíferas interessadas no status quo agora ameaçado de ruptura. Claro que, para os cristãos-novos da "revolução", no Egipto como na Líbia como no Portugal de 75, esse é decididamente um mal menor. They know they will soon come up with a new handyman to do do the dirty work for them...
Pessoalmente, confesso, são decididamente sempre muito mais estes que eu temo.

Sem comentários: