domingo, 6 de fevereiro de 2011

Carmen - Habanera


A des-operoperização da ópera numa revisitação magnificamente transgres
sora de Francesco Rosi com uma Migenes-Johnson verdadeiramente cintilante , física e vocalmente.

2 comentários:

Ezul disse...

Muito bonita! Gosto muito da sensualidade da dança, que me parece muito bem conseguida, sobretudo quando comparo esta encenação com aquela a que assisti, há alguns meses atrás, no Coliseu.

Carlos Machado Acabado disse...

Eu digo que Migenes-Johnson e Rosi "des-operizam" a ópera porque, para mim, esta deve ser sobretudo um trabalho de sugestão e de indução de imagens mentais fortemente intwelectualizadas. A Carmen até pode ser uma respeitabilíssima matrona de cabelos brancos sem que isso impeça que nas nossas cabecinhas ressurja exactamente como Migenes-Johnson a corporiza aqui. Uma cantora negra, Dorothy Dandrige, foi Carmen num filme de Preminger "Carmen Jones". Na ópera mais talvez do que em qualquer outra forma de expressão artística "reality is in the eyes of the beholder". Opera and realism whatever that means do not mix. It's all about music and an intellectuallized revision of the real world, not the real world. Nasturalism opera-wise is definitely a four letter wor[l]d.
Rosi's "Carmen" is indeed a beautiful film with a marvellous woman, shot at a fantastic place: La Ronda in the South of Spain, but a very imperfect opera.
Of course Rosi is a moviemaker not an opera director. And as a movie his version of Bizet's clasic is indeed sparkling deliciously intoxicating moments.
As an opera it is an act of violence though as it grossly deprives the viwer of the intellectual unique pleasure of re-constructing every buit of the the action freely in his mind.

13 de Fevereiro de 2011 13:52