quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Johann Sebastian Bach Orchestral Suites BWV 1066-1069,Jordi Savall

Francisco Louçã [texto em construção, incompl.]


                    
É com profunda apreensão que vejo o afastamento parlamentar daquele que continuo a considerar um dos espíritos  mais lúcidos e das mais fulgurantes inteligências da sociedade portuguesa que tão precisada anda de "apocalípticos", ela que é uma sociedade de "integrados", para utilizar uma semântica e uma imagética célebre de Umberto Eco...
O País precisa "como pão para a boca" de gente capaz de pensá-lo de uma forma independente no sentido de não directa e exclusivamente sujeita a móbeis pessoais de carreira [leia-se: carrerismo] político ou estratégia de poder partidário, como sucede com os ultrafamosos e verborreicos Rebelo de Sousa ou o minúsculo Marques Mendes.
   

MOCIDADE MOCIDADE

sábado, 13 de outubro de 2012



Parece-me francamente significativo da confusão que se encontra instalada em Portugal no que à vida política nacional diz respeito, resultante em larga medida, a meu ver, da inexistência de uma verdadeira inteligentsialúcida, serena, séria e isenta [temos, para usar uma linguagem “à Eco” na ausência global de uma elite actuante de apocalípticos de qualidade, óbvio excesso de “integrados” i.e.gente dos partidos a formar opinião nos média disfarçados de analistas independentes e falta de uma sociedade civil como a que parecia poder ir emergir do período de fecundo laboratório social que foi o que mediou entre Abril de 1974 e Novembro de 1975, depreciativamente chamado de PREC pelos sequazes e epígonos do novembrismo triunfante] parece-me, ia dizendo, francamente significativo da confusão que se encontra instalada em Portugal no que à vida política nacional concerne, que até já a improbabilíssima reposição de um regime historicamente abortado e intrinsecamente contra-natura que entre nós caiu pura e simplesmente de podre [2] como o regime monárquico é susceptível de aparecer a alguns como solução e saída credível [senão mesmo providencial…]para a criseem que, como sociedade política, económica e mental nas últimas décadas, objectivamente desde o primeiro governo constitucional, nos achamos manifestamente mergulhados.


Ou seja, a “choldra” do rei D. Carlos, perante a choldra actual, filha dilecta do nacional-porreirismo reposicionista encarnado pelo ideológica e politicamente escorregadioMário Soares pode já aparecer a alguns, pelo menos, como um mal menor quando não mesmo na forma do próprio Bem encarnado.

O Bem encarnado, um regime que, de acordo com José Manuel Sardica [1] possuía uma esperança de vida de uns meros 40 anos, com um fluxo migratório médio anual de 30.000 pessoas “fugindo da pobreza”, uma sociedade em que 67% da população era composta por rurais, “com escassas bolsas de indústria (localizadas nas nascentes cinturas operárias de Lisboa e Porto)”, com um rendimento médio per capitaequivalente a menos de metade [45%] dos países desenvolvidos, atraso este resultante “de um sistema educativo elitista e restrito”com uma taxa de analfabetismo a rondar os 75%, configurando todo este quadro de atraso estrutural e consistente, um país pobre, rural, analfabeto e subdesenvolvido, onde a multidão camponesa era governada por uma pequena elite culta e cosmopolita, e onde potências sócio-ideológicas como a Igreja católica, a Coroa e as forças armadas tinham ainda uma enorme influência?

Falam alguns [ou têm-na implícita nas respectivas lucubrações] uma espécie de natural “superioridade moral” da monarquia em relação à república, uma suposta superioridade que, mesmo onde a primeira vigora como é o caso da Inglaterra ou da Espanha de hoje não logrou evitar a emergência de autênticos trapaceiros e embrulhões como Blair e/ou Aznar, indivíduos que mentiram descaradamente aos seus povos, tendo-os mesmo arrastado, em especial no caso do primeiro, com recurso à intrujice mais ignóbil para uma mortífera guerra de pilhagem, que as respectivas cabeças coroadas não souberam ou não quiseram evitar.

Eu creio que com o 25 de Abril o nosso país abriu efectivamente a porta a uma «via original» para a Democracia e para o Socialismo, via essa cortada cerce pela emergência do novembrismo de matriz pseudo-social-democrata que era, na realidade um marcelismo retardado e sem guerra.

Fonteda imagem Pedro Palma

Heloísa Apolónia - educação

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

John Lee Hooker - Grinder Man

The Platters -Wagon Wheels by Tony Williams

The Platters -Wagon Wheels by Tony Williams

Benfica: Refundação! Já!

                  
Só um Clube com uma estrutura futebolística consistente poderia alguma vez sonhar competir [REALMENTE competir!] na Champions..Um Clube que na perspectiva de ir perder um Witsel e um Javi Garcia não se tivesse levianamente permitido dispensar um Ysmael Yartey sem sequer experiimentar integrá-lo, como seguramente teria feito um Bella Guttman, que não era propriamente famoso--nem querido!--por dar oportunidades aos reservistas [que o digam o talentoso "Puskas do Candal-António Peres ou o Mendes-"Pé Canhão!...]. Um Clube que, tendo formado um talento verdadeiramente fora-de-série, um verdadeiro neo-Rui Costa, como o Miguel Rosa o não mantivesse a dar shows regulares de classe na "Liga do Pirolito", passando a vida "oh tio! Oh! Tio!" a improvisar numa zona fulcral do jogo, um Clube que tendo contratado um ponta de lança de nível mundial como o Mora pareça estar sempre mortinho por se ver livre dele, fazendo com ele como com Urretavisaya, "experiências" pró-forma com resultado [negativo] previamente conhecido e anunciado! O Benfica nãp perdeu com o Barcelona [apenas] por erros desta natureza mas perdeu dos anos «do» Eusébio e do Coluna para cá, seguramente, o «seu» lugar entre as maiores equipas do mundo por não ter uma gestão consistente e «educadamente ousada», que lhe perrmitisse não depender do enfraquecimento sistemático [mais do que sistemático: SISTÉMICO!] do plantel que é como quem diz: de receitas extraordinárias que estão longe de fazer justiça ao seu imenso potencial económico-financeiro, único em Portugal, potencial que obriga formações menores como o Sporting de hoje ou o Oporto, no fundo, de sempre a ter de "vender regularmente os móveis e as pratas de família" para simularem uma rentabilidade e uma existência [leia-se: um mercado] que, na realidade, nenhum deles tem! O Benfica, que conheci imponente e esmagador está velho e trôpego, desactualizou-se, ele que soube sempre "refundar-se" com Ted Smith, com Otto Glória, com Guttman, até um pouco com Eriksson e que hoje, mantendo teimosamernte a velha e obsoleta estrutura de poder monopresidencial, se obstina em não abrir o capital ao investimento privado estrangeiro, como fazem os clubes ingleses, italianos e até pelo menos um francês com o sucesso que se reconhece!

Vemos ouvimos e lemos....