sábado, 14 de abril de 2012

quarta-feira, 11 de abril de 2012


Divertem-me
francamente, tenho de confessar, as profundas lucubrações de um mandarinato de eruditíssimos
“socialistólogos” como recentemente
fez Alfredo Barroso numa obra acabada de publicar no sentido tentar explicar a
óbvia e generalizada perda de credibilidade dos partidos a que [por uma razão qualquer
que tenho de reconhecer me escapa] teimam em designar por “socialistas”.
Tão
estimulante exegese só encontra, diria eu, paralelo na profusão de “europólogos” cuja actividade exegética
se centra na complexa “explicação”… teórica dos motivos que conduziram uma
verdadeira aberração democrática como a tal “Europa” tivesse ela própria caído miseravelmente
em desgraça a ponto de se ter transformado numa espécie de “disaster área” ou território
contaminado—económica, social e politicamente contaminado—de cuja infecção, se
fosse tumor, se pode dizer que metastatiza paulatinamente de país para país, um
pouco mais a cada novo dia.
A
verdade é que o descredito dos “pê-ésses” por esse Ocidente fora tem origem na
atmosfera mental e política que se gerou nesse mesmo Ocidente após a queda do
muro de Berlim e que levou alguns cérebros
iluminados a decretar o famoso “fim da História” que todos conhecemos defendido
pelo reaganiano Francis Fukuyama.
No
contexto dessa atmosfera de “fim” que além do mais era não sô “fim” mas
cumulativamente “natural”, às forças políticas “sobreviventes” da debâcle
comunista apenas restaria gerir um universo [politico, económico e social].
Tudo
se resumiria, segundo os analistas, “independentes” ou partidários, em geri-lo “à
direita”, isto é, como se a frustre experiência comunista institucional nunca
tivesse existido ou, em alternativa, supostamente “à esquerda”, ou seja,
visando alcançar exactamente os mesmos propósitos da direita mas de forma circunstancial
ou aparentemente “humanizada” “soft”.
Deste
imenso embuste que levou conhecidas “borboletas políticas” como Freitas do Amaral
a decretar o fim, não já da História como o já citado Fukuyama, mas da
fronteira entre esquerda e direita; foi,
pois, dizia, deste imenso embuste que emergiram não apenas o tenebroso e inefável
Blair ou, entre nós, o dificilmente qualificável e ainda muito “fresco” Sócrates
mas, de igual modo, já antes, desde os “arqueológicos” tempos da divisionista
CEUD, o conhecido nacional-populista Soares que à míngua de uma ideologia
definida, uma característica distintiva desta gente que surgiu na História como
a “esquerda da direita”, era, segundo o próprio e nas suas palavras, à falta de
melhor e mais substantivo, ”fixe”…
O
que eu quero muito claramente afirmar é que não são outras razões senão o
oportunismo e a venalidade dos pê-ésses por esse mundo fora [desde as “trapalhadas”
de um tal Bernstein, que nos idos de 20 e 30 com a sua tão sórdida quanto
desastrada colaboração com o grande capital financeiro germânico, abriu as
portas ao ascenso de Hitler ao poder que permitem explicar por que motivo os
diversos eleitorados europeus, fartos da cópia ou genérico [a falsa esquerda] optaram
por dar o seu apoio ao incomparavelmente mais transparente produto de marca [a
direita pura e dura].
Curiosamente,
é o próprio Soares quem, por mais de uma vez aponta a Blair e à sua mais do que
fraudulenta terceira via um dedo que ao próprio Soares e ao seu “projecto” que começou por ser “de inspiração marxista” para acabar “de centro esquerda” [seja lá o que for que isso signifique—ou não…] deveria em bom rigorser apontado na descredibilização generalizada da esquerda à qual nem Soares nem Blair ou Sócrates alguma vez pertenceram

Mercedes Sosa • "Todo Cambia" - Lyrics

Jerry Orbach - Try to Remember [From the Fantasticks] (1962)

domingo, 8 de abril de 2012

Dana - All kinds of everything (In HIGH QUALITY!!!) [Ireland Eurosong 2010]

"Estamos outra vez em Abril: já repararam?"


Nunca nutri, confesso, especial simpatia pelo P.S., que considero, aliás, nada mais do que uma mandrongada espertalhona inventada à pressa pela social-democracia alemã [a mesma que com a sua cobardia e venalidade havia aberto--de facto: escancarado!--as portas da Alemanha à besta nazi] para cumprir, aproveitando oportunisticamente a boleia de um golpe militar para o qual não meteu, de resto, "prego nem estopa" e cujo espírito de lúcida ousadia e admirável generosidade, esse mesmo P.S. engendrado "a partir de fora" traíu miseravelmente logo que lhe deram essa possibilidade a boa fé e a generosidade dos militares progressistas assim como a ingenuidade popular que em aliança [militares progressistas e povo] derrubaram a ditadura. A verdade é que o papel histórico dos pê-ésses sempre foi o de se intrometerem entre os povos e o seu legítimo desejo [e direito!] no sentido de serem eles a conduzir os seus próprios destinos. Só quem não quis ou não foi capaz não se deu conta disso mesmo no caso português, logo em 74 e 75, a partir das primeiras cenas do psico-drama encenado por essa suposta ala esquerda do captalismo que são os pê-ésses onde quer que as suas práticas quinta-colunistas metastatizam e enquistam entre as sociedades desprevenidas e iludidas pelo conto do vigário "humanista"... Nunca tive por este tipo de infiltrado, pois, a mais remota simpatia nem neles depositei o que quer que seja de confiança; não me surpreendeu, por isso, nem a pouca-vergonhice socrática nem o nacional-porreirismo boçal que o antecedeu corporizado nessa fantochada vazia que foi o "Soares é fixe", parlenga campónia destinada a substituir uma ideologia desoladoramente inexistente por aquelas bandas e ho0je-por-hoje, autêntica figura totémica do nacional-facilitismo luso. Tão pouco me surpreendeu, aliás, o recente "episódio" envolvendo a deputada independente Isabel Moreira acusada de violar uma verdadeira aberração ético-política ou simplesmente intelectual, chamada "disciplina de voto". Custou-me, confesso, foi ver o objecto da censura pê-ésse, defender-se argumentando com o precedente criado pelo improvável Seguro quando líder da respectiva bancada parlamenrtar. Ora, com todo o respeito, como dizia o outro, a questão não é se o pomposo e desagradavelmente víscido Seguro, foi "indisciplinado" no seu tempo e nestas matérias. A questão é se é legítimo a quem nos massacra diariamente com éticas republicanas e democráticas limitar de forma soez a liberdade de cada um violando aí sim, a respectiva consciência ética e política. Para m,im, não é; pelos vistos para os pê-ésses representa a ess~encia mesma ou o «suco-suco da barbatana» democrática--o que tem, pelo menos, o mérito de explicar os Soares os Sócrates é toda essa tralha que nos trouxe, como País, afinal até aqui: às garras ou presas de um tubarão voraz chamado capitalismo liberal vulgo "Europa", "União europeia" para os amigos...
Imagem ilustrativa extraída com a devida vénia de Nunca tive especial simpatia pelo P.S., que considero, aliás, nada mais do que uma mandrongada inventada à pressa pela social-democracia alemã [a mesma que com a sua cobardia e venalidade havia aberto--de facto: escancarado!--as portas da Alemanha à besta nazi] para cumprir, aproveitando oportunisticamente a boleia de um golpe militar para o qual não meteu, de resto, "prego nem estopa" e cujo espí...rito de lúcida ousadia e admirável generosidade, esse mesmo P.S. engendrado "fora" traíu miseravelmente logo que lhe deram essa possibilidade a boa fé e a generosidade dos militares progressistas assim como a ingenuidade popular que em aliança [militares progressistas e povo] derrubaram a ditadura. A verdade é que o papel histórico dos pê-ésses sempre foi o de se intrometerem entre os povos e o seu legítimo desejo [e direito!] no sentido de serem eles a conduzir os seus próprios destinos. Só quem não quis ou não foi capaz não se deu conta disso mesmo no caso português, logo em 74 e 75, a partir das primeiras cenas do psico-drama encenado por essa suposta ala esquerda do captalismo que são os pê-ésses onde quer que as suas práticas quinta-colunistas metastatizam e enquistam entre as sociedades desprevenidas e iludidas pelo conto do vigário "humanista"... Nunca tive por este tipo de infiltrado, pois, a mais remota simpatia nem neles depositei o que quer que seja de confiança; não me surpreendeu, por isso, nem a pouca-vergonhice socrática nem o nacional-porreirismo boçal que o antecedeu corporizado nessa fantochada vazia que foi o "Soares é fixe", parlenga campónia destinada a substituir uma ideologia desoladoramente inexistente por aquelas bandas e ho0je-por-hoje, autêntica figura totémica do nacional-facilitismo luso. Tão pouco me surpreendeu, aliás, o recente "episódio" envolvendo a deputada independente Isabel Moreira acusada de violar uma verdadeira aberração ético-política ou simplesmente intelectual, chamada "disciplina de voto". Custou-me, confesso, foi ver o objecto da censura pê-ésse, defender-se argumentando com o precedente criado pelo improvável Seguro quando líder da respectiva bancada parlamenrtar. Ora, com todo o respeito, como dizia o outro, a questão não é se o pomposo e desagradavelmente víscido Seguro, foi "indisciplinado" no seu tempo e nestas matérias. A questão é se é legítimo a quem nos massacra diariamente com éticas republicanas e democráticas limitar de forma soez a liberdade de cada um violando aí sim, a respectiva consciência ética e política. Para m,im, não é; pelos vistos para os pê-ésses representa a ess~encia mesma ou o «suco-suco da barbatana» democrática--o que tem, pelo menos, o mérito de explicar os Soares os Sócrates é toda essa tralha que nos trouxe, como País, afinal até aqui: às garras ou presas de um tubarão voraz chamado capitalismo liberal vulgo "Europa", "União europeia" para os amigos...
[Imagem ilustrativa extraída com a devida vénia de Nunca tive especial simpatia pelo P.S., que considero, aliás, nada mais do que uma mandrongada inventada à pressa pela social-democracia alemã [a mesma que com a sua cobardia e venalidade havia aberto--de facto: escancarado!--as portas da Alemanha à besta nazi] para cumprir, aproveitando oportunisticamente a boleia de um golpe militar para o qual não meteu, de resto, "prego nem estopa" e cujo espí...rito de lúcida ousadia e admirável generosidade, esse mesmo P.S. engendrado "fora" traíu miseravelmente logo que lhe deram essa possibilidade a boa fé e a generosidade dos militares progressistas assim como a ingenuidade popular que em aliança [militares progressistas e povo] derrubaram a ditadura. A verdade é que o papel histórico dos pê-ésses sempre foi o de se intrometerem entre os povos e o seu legítimo desejo [e direito!] no sentido de serem eles a conduzir os seus próprios destinos. Só quem não quis ou não foi capaz não se deu conta disso mesmo no caso português, logo em 74 e 75, a partir das primeiras cenas do psico-drama encenado por essa suposta ala esquerda do captalismo que são os pê-ésses onde quer que as suas práticas quinta-colunistas metastatizam e enquistam entre as sociedades desprevenidas e iludidas pelo conto do vigário "humanista"... Nunca tive por este tipo de infiltrado, pois, a mais remota simpatia nem neles depositei o que quer que seja de confiança; não me surpreendeu, por isso, nem a pouca-vergonhice socrática nem o nacional-porreirismo boçal que o antecedeu corporizado nessa fantochada vazia que foi o "Soares é fixe", parlenga campónia destinada a substituir uma ideologia desoladoramente inexistente por aquelas bandas e ho0je-por-hoje, autêntica figura totémica do nacional-facilitismo luso. Tão pouco me surpreendeu, aliás, o recente "episódio" envolvendo a deputada independente Isabel Moreira acusada de violar uma verdadeira aberração ético-política ou simplesmente intelectual, chamada "disciplina de voto". Custou-me, confesso, foi ver o objecto da censura pê-ésse, defender-se argumentando com o precedente criado pelo improvável Seguro quando líder da respectiva bancada parlamenrtar. Ora, com todo o respeito, como dizia o outro, a questão não é se o pomposo e desagradavelmente víscido Seguro, foi "indisciplinado" no seu tempo e nestas matérias. A questão é se é legítimo a quem nos massacra diariamente com éticas republicanas e democráticas limitar de forma soez a liberdade de cada um violando aí sim, a respectiva consciência ética e política. Para m,im, não é; pelos vistos para os pê-ésses representa a ess~encia mesma ou o «suco-suco da barbatana» democrática--o que tem, pelo menos, o mérito de explicar os Soares os Sócrates é toda essa tralha que nos trouxe, como País, afinal até aqui: às garras ou presas de um tubarão voraz chamado capitalismo liberal vulgo "Europa", "União europeia" para os amigos...

sábado, 7 de abril de 2012

"Quem sabe?..."

...se não fui eu próprio um dia por volta de 1972 o "wattman" deste mesmo "tram", levando-o, como este a passar diante das visualmente medonhas "casernes" de Scarbeek?
[Ou será a tenebrosa mas incomparavelmente mais familiar Barrière de St. Gilles"?]

The Seekers - A World of our Own (1968 - Stereo, HQ video)

http://youtu.be/I1lqm5g4RsA