Estou demasiado cansado para escrever o que quer que seja minimamente original---ou sequer para concluir as diversas 'entradas' que ficaram ultimamente por concluir: traduzi (abominável vocábulo, perturbador conceito...) Beckett, toda a tarde.
Chega para deixar qualquer um "interiormente derreado", literalmente vazio.
Deslumbrado mas vazio.
Limito-me, por isso (exausto exorcismo!) a deixar aqui (ainda!) um novo "sinal" becketiano---desta vez, dessa coisa imensa e definitiva---final, terminal!---que se chamou "Nacht und Träume", o Beckett definitivo, "the ultimate Beckett", um Beckett que se prepara serenamente para a Morte e que já abandonou, por completo, o manto inútil de palavras com que sempre (e de forma quase sempre genial e genialmente inquietante!) se desencontrou da Vida e de uma espécie de Sentido último das coisas que a sua escrita sempre determinadamente lhes vedou...
O Beckett sem palavras ou "para além das palavras"---"jenseits der Wörter", como diria Nietzsche: o Beckett definitivo e perfeito, pois, aquele para onde converge, desde o início, todo o seu prodigioso e único 'esforço textual'...
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